Categoria: acabou e ai?

Acabou, e ai? é a categoria em que dou as impressões sobre um game após a conclusão do modo história / principal.

  • Yasha Legends of the Demon Blade: Roguelike que Encanta e Desafia

    Yasha Legends of the Demon Blade: Roguelike que Encanta e Desafia

    Após jogar a demo há três meses, finalmente mergulhei na versão completa de Yasha Legends of the Demon Blade. Desenvolvido pela 7Quark, este roguelike action RPG respira cultura asiática em cada detalhe – da trilha sonora envolvente às ilustrações estilo mangá que conduzem a narrativa repleta de mitos orientais.

    Minhas 10 horas de jogo confirmaram: Yasha Legends of the Demon Blade é uma experiência visualmente agradável, mas será que a repetição exigida compromete a jornada?

    Trailer Oficial: Veja Yasha em Ação!

    Trailer oficial de Yasha Legends of the Demon Blade: ação frenética, arte asiática e chefes épicos!

    Arte, Trilha e Cultura: Um Mundo que Encanta

    A ambientação em um Edo fantástico é o grande trunfo. Criaturas mitológicas, templos ancestrais e vilas tradicionais ganham vida através de uma direção de arte primorosa.

    A influência asiática vai além dos visuais: lámens (sim, macarrões!) servem como boosts de status, enquanto a trilha sonora com instrumentos tradicionais aprofunda a imersão.

    As ilustrações que contam a história parecem páginas de um mangá – um deleite para os olhos.

    Gameplay e Chefes: Combate Fluido com Altos e Baixos

    Com três personagens jogáveis (Shigure, Sara e Taketora), optei pela ágil Shigure em 80% do tempo. O combate é dinâmico, com esquivas precisas e habilidades especiais que exigem timing.

    Alguns chefes são memoráveis – destaque para a Raposa de Nove Caudas e seu padrão de ataques desafiador. Porém, a exigência de três runs completas para desbloquear o verdadeiro final pode frustrar.

    Como roguelike, a repetição é esperada, mas três ciclos inteiros forçam a paciência. Felizmente, a narrativa com reviravoltas surpreendentes me manteve engajado.

    Pontos Críticos: Localização e Progressão

    Apesar do suporte ao Português, a tradução está repleta de erros – desde diálogos truncados até descrições de itens confusas.

    Não quebra a experiência, mas quebra a imersão. Quanto à progressão, a estrutura roguelite é bem executada: Orbes da Alma oferecem builds variadas, e os buffs do Santuário Neko agregam camadas táticas.

    Joguei no PS5 sem bugs ou quedas de framerate.

    Veredito: Vale a Pena?

    Yasha Legends of the Demon Blade entrega um roguelike sólido com identidade visual única. A cultura asiática é o coração da experiência, os chefes impressionam e a trilha sonora cativa.

    Apesar da repetição excessiva e da localização falha, a narrativa e o combate fluido compensam. Recomendado para fãs do gênero que buscam algo além do convencional.

    Dica: Confira nossa análise da demo para comparar as evoluções!

  • Afterlove EP: Análise do Jogo de Narrativa Emocional

    Afterlove EP: Análise do Jogo de Narrativa Emocional

    Em nossa análise Afterlove EP, exploramos este comovente jogo indie que combina visual novel, ritmo e narrativa profundamente humana.

    Criado pelo falecido Mohammad Fahmi (Coffee Talk), a obra mergulha em temas como luto e saúde mental com rara honestidade – uma experiência que, como psicanalista e gamer, me tocou bastante.

    Sinta a atmosfera única de Afterlove EP no trailer oficial:

    Trailer Oficial – Afterlove EP: Uma história de amor, luto e música em Jakarta

    Narrativa e Temas Impactantes

    A análise Afterlove EP não pode ignorar como o jogo aborda dor, abandono e identidade de gênero sem clichês. Você controla Rama, um músico que ouve a voz de Cinta, sua falecida namorada, enquanto enfrenta os desafios da elaboração do luto.

    Como profissional de saúde mental, valorizei a representação realista da busca por terapia – rara em games.

    O desfecho emocionante (confesso: chorei!) reforça por que esta é uma narrativa obrigatória.

    After-Love-EP-saude-mental Afterlove EP: Análise do Jogo de Narrativa Emocional
    Momento terapêutico: uma das cenas mais realistas do jogo sobre elaborar o luto (minha impressão como psicanalista!)

    Gameplay e Visual

    Com visuais inspirados em HQs e trilha sonora imersiva, o jogo mescla diálogos textuais com mini-games de ritmo como nas cenas de ensaio da banda por exemplo.

    A jogabilidade é acessível, mas cativante – especialmente quando você “entra no fluxo” das músicas.

    After-Love-EP-mini-game-de-ritmo Afterlove EP: Análise do Jogo de Narrativa Emocional
    Modo ritmo: acerte os comandos para avançar nas músicas! Visual estilizado que lembra HQs (e é viciante!)

    Apenas Cinta é dublada (em inglês), enquanto o restante da história depende de textos.

    Localização: O Grande Porém

    Nesta análise Afterlove EP, preciso alertar: a falta de localização para português do Brasil é um obstáculo sério.

    Como 90% do conteúdo é textual, jogadores não fluentes em inglês podem ter dificuldades. Uma falha significativa para o público brasileiro.

    Técnica e Fator Replay
    Joguei no PS5 (6h de gameplay) com zero problemas técnicos. O cenário de Jakarta é vivo, e os caminhos românticos com diferentes personagens sugerem múltiplos finais – motivo para rejogar!

    After-Love-EP-dialogos-e-relacionamento Afterlove EP: Análise do Jogo de Narrativa Emocional
    Cenas sociais em Jakarta: suas escolhas afetam finais e revelam histórias secundárias cativantes

    Conclusão
    Esta análise Afterlove EP confirma: é uma joia narrativa que respeita a inteligência do jogador e aborda temas difíceis com uma sutileza impar.

    Apesar da barreira linguística, recomendo para fãs de histórias sensíveis e indie games com personalidade. Uma homenagem digna ao talento de Fahmi.

  • Please, Touch the Artwork: Uma Obra-Prima Interativa Onde Tocar na Arte Nunca Foi Tão Literal

    Please, Touch the Artwork: Uma Obra-Prima Interativa Onde Tocar na Arte Nunca Foi Tão Literal

    Inspirado pela minha visita à exposição de Monet no MASP, mergulhei em Please, Touch the Artwork (lançado no dia 23/05 para Nintendo Switch). E que descoberta fascinante! Este jogo transforma a relação entre espectador e obra com uma proposta ousada: tocar na arte nunca foi tão literal.

    Arte Que Exige Interação

    Com tom descontraído e cheio de personalidade, você controla uma caveira de terno que viaja por pinturas icônicas.

    Diferente de museus tradicionais, aqui é preciso tocar na arte — com toques na tela (via touchscreen no modo portátil) revelo objetos escondidos, resolvo puzzles e avanço a história.

    É meio que um “Onde Está Wally?” artístico, homenageando o visionário James Ensor.

    Portabilidade e Jogabilidade Relaxante

    O Switch brilha no modo portátil: segure o console e toque literalmente na arte para explorar telas. Perfeito para tardes preguiçosas!

    A trilha sonora suave e os visuais pintados à mão criam um clima acolhedor. Sua missão? Encontrar itens solicitados por personagens excêntricos — uma caça ao tesouro que prova que tocar na arte pode ser divertido.

    Gameplay em Vídeo

    Feito por Um Único Artista-DEV

    Me surpreendi ao saber que um único desenvolvedor criou o jogo, celebrando os 75 anos da memória de James Ensor.

    Essa paixão transborda: do humor irreverente às mecânicas precisas. Para amantes de arte e indies criativos, tocar na arte nunca foi tão literal — e significativo.

    Veredito Final

    Please, Touch the Artwork é uma experiência única. Une educação artística, puzzles leves e um charme que cativa. Comprovando que tocar na arte nunca foi tão literal — e tão encantador.

    Ideal para maiores de 12 anos e quem busca jogos relaxantes!

  • Ashen Arrows: Estratégia Divina em Realidade Virtual

    Ashen Arrows: Estratégia Divina em Realidade Virtual

    Lançado em 20 de fevereiro de 2025 para Steam VR e Meta Quest, Ashen Arrows conquista jogadores com uma mistura única de tower defense, roguelike e narrativa envolvente. Em nossa análise, destacamos como o jogo entrega uma estratégia divina em realidade virtual, combinando desafio tático, personalização e mitologia nórdica em uma experiência imersiva.

    Gameplay Inovador: Tower Defense com Toque Divino

    A estratégia divina em realidade virtual começa na jogabilidade: defenda sua base com arco, flechas especiais, armadilhas e modificadores aleatórios, típicos de roguelikes. Cada rodada traz habilidades e inimigos diferentes, exigindo adaptação constante. Os bônus concedidos pelos deuses (como efeitos aleatórios) adicionam camadas de profundidade, enquanto mapas inspirados em mitos nórdicos apresentam criaturas épicas, como dragões e guerreiros lendários. A dificuldade é equilibrada – desafiadora, mas recompensadora para quem planeja cada movimento.

    Visual Estilizado e Dublagem Marcante
    Apesar dos gráficos simplificados, o estilo artístico de Ashen Arrows é agradável, especialmente em VR. Cenários como florestas nevadas e fortalezas em ruínas ganham vida com detalhes atmosféricos. Destacam-se alguns personagens dublados em inglês e chinês apenas, dando personalidade à jornada, ainda que a falta de opções em outros idiomas seja perceptível.

    Exploração e Puzzles: Potencial Não Totalmente Atingido
    As fases de exploração e puzzles são um respiro criativo entre as ondas de combate, mas lamentamos sua curta duração. Momentos como decifrar runas ou navegar por templos antigos prometiam mais – esperamos que updates futuros expandam essas mecânicas, já que o conceito é promissor.

    Co-op e Customização: Viking com Estilo

    No modo co-op para até 3 jogadores, a estratégia divina em realidade virtual brilha: coordenar armadilhas, ataques e defesas com amigos é caótico e divertido. A customização de banners e aparência do personagem permite criar um Viking único, reforçando a identidade nas partidas multiplayer.

    Conclusão: Uma Jornada que Vale a Penna
    Ashen Arrows é uma aposta arriscada que funciona. Mesmo com gráficos modestos e fases de exploração curtas, a estratégia divina em realidade virtual se sustenta na variedade de builds, desafio tático e atmosfera única. Ideal para fãs de roguelikes e mitologia nórdica que buscam uma experiência cooperativa inovadora.

    Ashen Arrows já está disponível na Steam VR, Meta Quest e Pico. Prepare seu arco e prove seu valor aos deuses!

  • Carry Onward Análise: Um Retrato Íntimo do luto nos Games

    Carry Onward Análise: Um Retrato Íntimo do luto nos Games

    Carry Onward é um jogo que mergulha fundo nas complexidades emocionais do luto, e é tema desta análise. Na pele de Thomas, um arquiteto que perdeu a esposa em um acidente, o jogador é convidado a explorar não apenas uma casa repleta de memórias, mas também os meandros de uma mente em processo de elaboração da perda.

    Desenvolvido para PS5, Nintendo Switch e PC (via Steam), o título combina narrativa sensível e mecânicas simbólicas para criar uma experiência que ressoa além da tela.

    Freud, o Luto e a Jornada de Thomas

    Logo nos primeiros minutos de Carry Onward, a conexão com a obra de Sigmund Freud “Luto e Melancolia” (1917) se torna inevitável.

    Como psicanalista, reconheci na jornada de Thomas uma representação quase literal do que Freud descreve: 

    “O luto, via de regra, é a reação à perda de uma pessoa querida ou de uma abstração que esteja no lugar dela, como a pátria, a liberdade, um ideal, etc.”

    É exatamente nesse cenário que encontramos Thomas: após perder a esposa em um acidente, ele se vê incapaz de seguir em frente. Sua recusa em entrar no quarto do casal, a dependência do álcool como escape e a imersão obsessiva no trabalho são reflexos do que Freud define como: 

    “O luto profundo […] contém o mesmo estado de ânimo doloroso, a perda do interesse pelo mundo externo […] o afastamento de qualquer atividade que não esteja ligada a memória do morto.” 

    O jogo não apenas ilustra essa estagnação, mas também explora a “resistência emocional” descrita por Freud: 

    “O homem não abandona de bom grado uma posição libidinal, nem mesmo quando um substituto já se lhe acena.”

    Thomas, mesmo diante da oportunidade de restaurar o farol (símbolo de um novo começo), hesita — um conflito que Carry Onward traduz com sensibilidade nas escolhas do jogador. 

    Gameplay e Escolhas que Moldam a elaboração do luto

    A maior parte de Carry Onward se passa na casa que Thomas está prestes a deixar. Interagir com objetos cotidianos — uma foto, um casaco, um projeto de arquitetura — desencadeia reflexões e memórias.

    A escolha do jogador influencia diretamente o desfecho da história, com cinco finais possíveis que de alguma forma refletem a singularidade do processo de elaboração do luto.

    carry-onward-thomas-foto-jardim-analise Carry Onward Análise: Um Retrato Íntimo do luto nos Games
    Thomas observa a foto da esposa no jardim: um lembrete de que o luto pode abrir espaço para recomeços. (Fonte: Captura de tela do jogo feita pelo autor)

    Em uma cena marcante, Thomas encontra uma foto de sua esposa cuidando do jardim — um símbolo de vida em meio ao vazio. A imagem, como o jogo sugere, lembra que ‘cada fim pode ser um caminho para um novo começo.”

    Em minha primeira jogada (cerca de 30 minutos), o final surpreendeu pela direção inesperada. Na segunda, as escolhas alinharam-se melhor às minhas expectativas, reforçando como a “elaboração do luto é singular”.

    Essa mecânica não apenas aumenta a rejogabilidade, mas também ilustra a complexidade emocional que o tema exige.

    Narrativa, Estética e Limitações

    O visual estilizado, embora simples, serve bem à proposta introspectiva. A trilha sonora melancólica e a dublagem competente (disponível apenas em inglês) complementam a atmosfera. Pontuo, porém, que os controles desengonçados em certos momentos podem quebrar a imersão, ainda que não comprometam a experiência geral.

    Para Quem é Carry Onward?

    Recomendo Carry Onward a jogadores que buscam reflexão sobre saúde mental e narrativas densas. Quem espera ação frenética ou desafios complexos deve evitar. Mas para quem se identifica com títulos como The First Tree ou Adios, citados como inspiração pelo desenvolvedor, esta análise reforça: vale cada minuto.

    Conclusão da Análise

    Carry Onward cumpre sua proposta de ser um “recorte sobre o processo de luto”, usando interatividade para humanizar uma jornada dolorosa. Como Freud descreve em Luto e Melancolia, o processo exige que o enlutado enfrente a “prova de realidade” — aceitar que o objeto amado não existe mais e retirar a libido das ligações com ele. O jogo traduz essa resistência emocional (“o homem não abandona de bom grado uma posição libidional“) nas escolhas ambíguas de Thomas, equilibrando esperança e melancolia.

    Se você está em um momento introspectivo ou se interessa por games que exploram a psique humana, esta análise conclui: Carry Onward é uma experiência necessária.

  • Röki: Uma Jornada Sensível Entre Quebra-Cabeças e Folclore Nórdico

    Röki: Uma Jornada Sensível Entre Quebra-Cabeças e Folclore Nórdico

    Análise de Röki: um puzzle game nórdico sobre trauma e família

    Röki, lançado em 2020, chegou ao meu radar recentemente por indicação e vi que estava na PS Plus. Por isso decidi mergulhar nesse universo melancólico que mistura puzzles complexos, mitologia escandinava e temas profundos como trauma, luto e reconciliação familiar. Desenvolvido pela Polygon Treehouse, o jogo é uma experiência única, que equilibra desafios mentais exigentes com uma narrativa poética e visualmente deslumbrante.

    Narrativa e Temáticas: Um Conto de Fadas para Adultos

    Inspirado no folclore nórdico, Röki acompanha Tove, uma jovem em busca de salvar sua família em um mundo repleto de criaturas mágicas e paisagens gélidas. A história aborda traumas familiares e perdas com uma delicadeza rara nos games, usando metáforas visuais (como florestas sombrias e monstros “assustadoramente fofos”) para simbolizar processos emocionais. A localização em português do Brasil é um acerto que aproxima o público, embora a ausência de dublagem deixe certas cenas menos impactantes.

    Gameplay: Puzzles que Exigem Paciência (e Muito Cérebro)

    Se você ama puzzles de múltiplas etapas, Röki é um prato cheio. Os desafios são complexos e interconectados, muitas vezes exigindo backtracking e experimentação. Um exemplo marcante é a interação com Trollhilde, uma troll que precisa de ajuda para remover uma adaga encravada em seu ombro – um quebra-cabeça que envolve coleta de itens e compreensão da lore do jogo. Prepare-se para gastar horas explorando ambientes meticulosamente detalhados – minha campanha durou 12h, com alguns momentos de frustração, mas sempre recompensados por descobertas narrativas.

    Técnica e Performance: Suave como a Neve Nórdica

    Joguei no PS5, e o desempenho foi impecável: carregamentos rápidos, texturas nítidas e uma trilha sonora atmosférica que amplia a imersão. A arte em low-poly estilizada é um destaque, transformando florestas e cavernas em cenários que parecem saídos de um livro ilustrado.

    Veredito da análise de Röki: Um Jogo Necessário (mas Não para Todos)

    Röki é uma experiência emocional disfarçada de puzzle game. Apesar da dificuldade elevada em certos pontos, sua narrativa sobre cura e resiliência familiar ressoa profundamente. A decisão de priorizar texto escrito em vez de dublagem pode afastar alguns, mas a localização em português e a originalidade temática fazem dele um título indispensável para fãs de aventuras narrativas.

    Destaques de Röki:

    • Exploração de um mundo inspirado no folclore escandinavo.
    • Interação com criaturas como Trollhilde, que mistura desafio e storytelling.
    • Puzzles interconectados e baseados em itens.
    • Arte low-poly e trilha sonora atmosférica.
    • Acessibilidade para todos os públicos (jogo não violento).


    Já jogou Röki? Conte nos comentários como foi sua experiência com os puzzles e qual criatura folclórica mais te marcou!

  • MACROSS -Shooting Insight-: Uma Jornada Multidimensional que Une Tiros, Música e Nostalgia

    MACROSS -Shooting Insight-: Uma Jornada Multidimensional que Une Tiros, Música e Nostalgia

    Uma Explosão de Nostalgia e Inovação no Universo Shoot ‘em Up

    Quando iniciei MACROSS -Shooting Insight- no PlayStation 5, fui imediatamente transportado à era dourada dos shoot ‘em ups. O jogo me fez reviver a intensidade de clássicos como Radiant Silvergun (Sega Saturn) e Sine Mora (OUYA), mas com um diferencial irresistível: o peso de uma das maiores franquias de anime japonesas. Desenvolvido para PS5, PS4, Nintendo Switch e PC (Steam), este título é uma homenagem aos fãs de tiros espaciais e da saga MACROSS.

    História Original e Personagens que Ganham Vida
    A campanha, dividida em 10 partes desafiadoras, une pilotos e cantoras de cinco séries distintas (MACROSS Plus, 7, Zero, Frontier e Delta) em uma trama inédita. As ilustrações impecáveis e a dublagem em japonês (com legendas em inglês) mergulham o jogador em um conflito interdimensional, onde cada decisão afeta o destino da galáxia. A narrativa é tão envolvente quanto os visuais, reforçando que estamos diante de um produto com DNA de anime.

    Gameplay Dinâmica: De Tiros Clássicos a Rotação 360°
    O que mais me surpreendeu foi a variedade de estilos de jogo em uma única fase. Em um momento, enfrentamos hordas de inimigos em scroll horizontal, como nos arcades antigos; no seguinte, a tela gira 360°, exigindo reflexos precisos. Essa alternância mantém a experiência fresca e desafiadora, especialmente com a dificuldade elevada — perfeita para quem busca superar limites.

    Shoot ‘em Up com músicas

    Música como Arma: A Alma de MACROSS
    Assim como na série animada, as canções não são apenas trilha sonora: são estratégia. Ative músicas icônicas para ganhar buffs como aumento de poder de fogo ou redução da velocidade dos projéteis inimigos. A sincronia entre gameplay e trilha é genial, e a versão ocidental trouxe ajustes inteligentes, como maior duração das faixas das Divas.

    Melhorias para o Ocidente: Mais Acessível, Sem Perder a Essência
    A edição ocidental inclui upgrades cruciais:

    • Dificuldade ajustada: Recuperação de PV mais rápida, ideal para quem quer focar na ação sem frustrações.
    • Continuação flexível: Retome fases após o “Game Over” quantas vezes precisar.
    • Controles sempre visíveis: Ajuda novos jogadores sem atrapalhar os veteranos.

    Para Quem É Este Jogo?
    Fãs de MACROSS encontrarão fanservice de qualidade, desde personagens queridos até músicas marcantes. Já os amantes de shoot ‘em ups clássicos vão se divertir com a mecânica multidimensional e a influência de títulos como Radiant Silvergun. Apesar da campanha curta, o desafio e a rejogabilidade compensam — cada fase é uma prova de habilidade.

    Conclusão: Uma Homenagem que Respeita o Passado e Inova
    MACROSS -Shooting Insight- não é apenas um jogo de tiros: é uma celebração da franquia e do gênero. Com gráficos vibrantes, trilha sonora poderosa e gameplay que oscila entre o nostálgico e o inovador, ele merece um lugar na coleção de qualquer fã. Se você curte ação frenética, histórias épicas e desafios que exigem dedicação, este é seu próximo jogo.

    Plataformas: PlayStation 5, PlayStation 4, Nintendo Switch e PC (Steam).

    MACROSS-Shooting-insight-ps5 MACROSS -Shooting Insight-: Uma Jornada Multidimensional que Une Tiros, Música e Nostalgia

    Eu realizei essa análise de MACROSS -Shooting Insight- com uma cópia de avaliação gentilmente cedida pelo estúdio. Agradeço a confiança em nosso trabalho.

  • Análise de Arken Age que chega PSVR2 e PCVR

    Análise de Arken Age que chega PSVR2 e PCVR

    A Vitruvius VR lança hoje seu mais novo game para o PSVR2 e PCVR via Steam. Nesta análise de Arken Age a gente vai descobrir se a excelente primeira impressão que publicamos na semana passada se mantem para toda a obra.

    Em Arken Age você encontrará uma aventura em realidade virtual para um jogador. O game tem legendas e menus em português do Brasil, o áudio está só em inglês.

    Nesta jornada você irá explorar um mundo chamado Abismo biológico, que foi criado pelo grande Arborista. Sua missão é enfrentar os inimigos Hyperion e entender o que está por trás do desaparecimento do criador.

    A gente encontra neste universo uma interessante mistura de ficção científica e fantasia. E por conta da sua conexão com a natureza e de seus habitantes meio alienígenas meio humanos, a coisa toda tem um toque de Avatar para mim.

    Esta análise de Arken Age me fez pensar no quanto é difícil explicar o quão bom Arken Age é para quem nunca jogou VR. Porque uma das melhores partes do game é sobre como nossos movimentos na vida real se traduzem no jogo.

    Arken Age é um desses casos em que é preciso experimentar, é preciso sentir para entender o quão imersiva a experiência é.

    Extraindo o melhor da plataforma

    Os desenvolvedores utilizam muito bem as características do PSVR2 para elevar a imersão. Um exemplo disso é o rastreamento ocular que não só ajuda a garantir a excelente apresentação visual do game, mas também é usado no combate com o machado e no rifle de precisão.

    Já que passamos pela questão visual, vamos lembrar que este game é um dos poucos que oferecem dois modos gráficos para o jogador. O modo desempenho que roda a 90FPS nativos e o modo Qualidade que em uma resolução maior roda a 120 FPS reprojetados.

    Arken-Age-Modos-Graficos Análise de Arken Age que chega PSVR2 e PCVR
    Arken Age – Modos Gráficos no PSVR2

    Durante a análise de Arken Age eu não encontrei uma diferença relevante entre os dois modos, e acabei ficando com o modo Desempenho mesmo.

    No geral o universo do jogo é muito bonito e fazemos a maior parte desta jornada na natureza. Em meio ao verde das árvores e o azul da água.

    Começamos o game na Torre da Guardiã Celestial, onde recebemos uma pequena introdução daquele universo e do nosso personagem, o Desvinculado.

    É nesta mesma torre que fazemos todo o tutorial, que é relativamente longo, mas nos ensina a maior parte do que será necessário em nossa jornada.

    Escalando novos patamares

    Enquanto aprendemos as mecânicas e interações básicas do jogo fica claro o quanto o estúdio se empenhou para entregar uma experiência imersiva.

    A forma como escalamos é absolutamente satisfatória. Com um movimento do punho uma picareta é ejetada de nosso equipamento na região de nosso pulso. Convenientemente em nossas mãos, nos deixando prontos para escalar.

    Escalar é um dos exemplos do porque muito de Arken Age é sobre o que sentimos quando o jogamos. Não é só sobre os movimentos que fazemos para usar as picaretas de escalada. É também sobre o feedback que o game te dá, pelo visual, pelo som e também pela vibração dos controles.

    Assim como Alien Rogue Incursion e Skydance’s Behemoth utilizamos um tablet para várias funções. Aqui ele serve para coisas como acompanhar o progresso da missão, acessar o inventário, saber mais sobre o universo, controlar os colecionáveis, acessar configurações, salvar o jogo, etc…

    Uma parte legal do uso do tablet foi inseri-lo como ferramenta útil na exploração. Todas as fases, incluindo o tutorial, possuem pequenas piramides verdes espalhadas que são os colecionáveis.

    Ao encontrarmos o corpo do cartógrafo e absorvermos os dados o tablet passa a mostrar a direção e a distância em que estão os colecionáveis.

    A exploração é incentivada na busca pelo fruto das árvores que pode ser usado para recuperar vida ou ainda transforma-lo em seringas que tem um poder de recuperação ainda maior.

    Há também as memórias que nos dizem mais sobre o universo e a obtenção de arkenite, que é energia necessária para as armas do game.

    Armas para o combate

    Por falar em armas, o jogo nos dá acesso a três tipos básicos: uma arma de combate corpo a corpo, uma arma leve e uma arma pesada. Todas elas podem ser customizadas esteticamente ou com modificações funcionais que compramos ou encontramos pelo caminho.

    Todas essas modificações nas armas ajudam a deixar o combate interessante ao longo de toda a campanha. Especialmente porque ele é baseado em física e as mudanças nas armas impactam significativamente a forma como as usamos.

    Tomemos como exemplo a primeira modificação que instalei na espada. Eu a transformei em um machado em que ao manter o gatilho pressionado a cabeça do machado é lançada para onde eu estiver olhando. E para chama-lo de volta basta pressionar o mesmo gatilho novamente.

    As modificações para as armas tendem a seguir essa mesma linha. Eu passei um tempo me divertindo como sniper e usando a arma pesada como um rifle de precisão.

    Aqui temos outro exemplo do bom uso do rastreamento ocular. A mira de precisão aparece ao levarmos nosso punho próximos ao rosto e fecharmos um dos olhos.

    Depois que passei a enfrentar inimigos mais resistentes decidi migrar para uma metralhadora pesada com maior poder de dano e frequência de tiro.

    O feedback tátil aqui é um espetáculo! A sensação nos gatilhos e nos controles é muito boa e passa muito bem a sensação que trocamos de arma.

    Desafio Hyperion

    Eu gosto dos inimigos apresentarem um repertório variado, alterando sua abordagem de acordo com o meu comportamento. Sempre buscam cobertura ou recuperam vida quando possível e tendem a reduzir a distância para iniciar o combate corpo a corpo.

    No geral apresentam um bom desafio. Mas confesso que eu gostaria que eles enxergassem um pouco mais distante e me identificasse com mais facilidade. Porque isso me obrigaria a ter mais cautela nas minhas abordagens.

    O jogo tem algumas boas e divertidas lutas contra chefes. Mas nada que se compare ao último chefe, essa batalha é memorável. O nível de desafio é outro e o design do personagem e o seu repertorio me surpreenderam um bocado.

    Eu levei 14 horas para terminar a campanha com todos os colecionáveis e todos os modificadores de arma, no nível normal. Arken Age oferece o modo “novo jogo +”, no qual farei questão de testar assim que conseguir.

    Apesar de Arken Age oferecer diversas opções de acessibilidade, eu considero a intensidade da experiência alta. Por isso o game pode não ser a melhor opção para os iniciantes em realidade virtual.

    Vale a pena?

    Sim, Arken Age é muito competente sobre o que sentimos ao jogar. As interações em VR são excelentes e o feedback tátil é bem explorado, tanto nos gatilhos quanto nos controles e na cabeça.

    Os desenvolvedores utilizaram o rastreamento ocular não só para manter os excelentes visuais nos dois modos gráficos de jogo, mas também na gameplay de algumas armas.

    O game nos convida a explorá-lo e nos recompensa constantemente por isso, seja com pedaços da narrativa, seja com modificações para armas, ou ainda informações sobre o universo obtidas na busca pelos colecionáveis e pelo cartógrafo.

    O jogo brilha porque várias de suas características trabalham juntas para elevar a experiência e manter o alto nível de imersão ao longo de toda a campanha.

    Além disso, a Vitruvius VR conseguiu um feito raro ao entregar um game sem nenhum problema de performance ou bug, mesmo antes do lançamento.

    E é surreal pensar que um time de apenas quatro pessoas alcançou esse alto nível de qualidade. Mandaram bem demais!

    Eu realizei essa análise de Arken Age com uma cópia de avaliação gentilmente cedida pelo estúdio. Agradeço a confiança em nosso trabalho.

  • Pirates VR Jolly Roger – Pirata do Caribe

    Pirates VR Jolly Roger – Pirata do Caribe

    Você acaba de chegar a uma remota e assustadora ilha do Caribe para tentar encontrar o lendário tesouro de Davy Jones. Pirates VR Jolly Roger promete entregar uma aventura pirata emocionante com tesouros, armadilhas, inimigos, mistérios e muito mais.

    A desenvolvedora Split Light Studio lança no dia 14 de Janeiro Pirates VR Jolly Roger para PC VR via Steam. E já confirmou que há uma versão do game para PSVR2 em desenvolvimento, prevista para chegar entre abril e junho deste ano.

    Em Pirates VR nossa missão é sobreviver a todos os perigos que a jornada em busca do tesouro em uma ilha amaldiçoada irá trazer.

    Pirates-VR-Jolly-Roger-Praia Pirates VR Jolly Roger - Pirata do Caribe
    Pirates VR Jolly Roger – Praia

    Felizmente temos a companhia de nosso papagaio pirata, que não perde uma oportunidade para fazer piada nossa cara, mas também dá dicas úteis ao longo da campanha.

    Ao chegarmos a praia o game começa a inserir suas mecânicas básicas. O detalhe aqui é que a primeira impressão é muito boa, porque visualmente falando o game agrada.

    A ilha caribenha é convincente e os gráficos estão nítidos no headset. Os visuais no geral são bons, eventualmente encontrei uma ou outra textura que deixou a desejar, mas não compromete a experiência.

    Aventura diversa

    Eu levei 4hs para terminar a campanha que é bem linear. No entanto ela é diversa porque mistura coisas como quebra cabeças, escaladas, combate, luta contra chefe e exploração de baixo da água.

    O game oferece também dois desafios: de escalada e arremesso de machado. Para desbloquear ambos é necessário ter moedas de ouro e objetos preciosos o suficiente.

    Estes podem ser encontrados espalhados pelos cenários e são um incentivo para abrir todos baús, quebrar vasos, abrir tumbas e explorar cada canto do game.

    O início da campanha foca em explorar a praia em busca de um caminho para as cavernas onde o tesouro está escondido. No inicio só escalamos, nadamos, aprendemos a usar o inventário e a juntar partes para criar ferramentas úteis.

    Pirates-VR-Jolly-Roger-Prisao Pirates VR Jolly Roger - Pirata do Caribe
    Pirates VR Jolly Roger – Prisão

    Ao avançarmos para dentro da caverna somos apresentados à lanterna que além de iluminar o caminho tem poderes mágicos. Ela pode mostrar símbolos ocultos e não visíveis a olho nu e também atacar mortos vivos que habitam as áreas mais escuras da ilha.

    Só mais para a metade do game é que finalmente encontramos um revolver antigo. Temos apenas um tiro antes de precisar recarregar a arma. Foi um pouco estranho no começo, mas depois de um tempo eu já estava acostumado.

    Felizmente os desenvolvedores simplificaram o processo e basta levar o revolver a região da cintura em que estão armazenadas as munições para recarregar.

    Falando em armazenamento, ao segurar o botão do controle ele abre nosso inventário, que inclui os espaços de acesso rápido em que armazenamos a arma e lanterna.

    Guardando itens

    Além dos coldres nas laterais da cintura, também podemos acessar itens de forma rápida sobre os ombros.

    Apesar de Pirates VR Jolly Roger ter implementado bem a mecânica de escalar. Eu fiquei com a sensação de que para todo o restante a coisa é um pouco desengonçada.

    Pirates-VR-Jolly-Roger-Caverna Pirates VR Jolly Roger - Pirata do Caribe
    Pirates VR Jolly Roger – Caverna

    Demorei um tempo para me acostumar com o disparo da arma que para mim parecia ter um certo atraso. Além disso, a posição em que era preciso segurar o controle para mirar o disparo é pouco usual.

    Ao longo do game a interação com alavancas e o simples ato de coletar objetos também são desengonçados. No entanto, eles não comprometem a experiência, dado que esse tipo de coisa é de alguma forma esperada para jogos indies.

    O que me causou alguma frustração nesta área foi o combate corpo a corpo. Usei o machado e mais tarde uma espada de um inimigo e coisa não fluiu muito bem. Tanto que acabei ficando nas armas de fogo para resolver os combates que surgiram.

    Como uma boa jornada de Pirata do Caribe, ela conta também com armadilhas, enigmas e quebra cabeças. E no geral achei o nível de dificuldade nesta área adequado.

    A luta contra o chefe é legal, o encontramos em dois momentos e seu desafio é moderado. Para ser sincero não acho que este seja um game difícil. Mesmo optando pelo combate com arma de fogo na maior parte do game, não faltou munição. Assim como não faltaram maçãs para recuperar vida e óleo para a lanterna.

    A narrativa aqui se resume a clássica história de pirata, não tem nada de novo. Por isso, a ausência de legendas em nosso idioma não deve fazer tanta falta.

    Papagaio “quinta série”

    Pirates-VR-Jolly-Roger-Camaras Pirates VR Jolly Roger - Pirata do Caribe
    Pirates VR Jolly Roger – Papagaio de pirata nas câmaras

    As interações e menus são de alguma forma intuitivos para quem já joga vídeo game há algum tempo. No entanto, algumas dicas e piadas do papagaio são uma perda importante, já que o áudio do jogo está apenas em inglês.

    Falando em áudio ele cumpre o necessário, mas notei que deu uma escorregada quando o som de passos na areia se manteve enquanto eu caminhava num terreno coberto de água no inicio do jogo.

    Eu gostei do ritmo do jogo, ele vai introduzindo complexidade aos poucos. Mas confesso que no início a coisa está mais para um walking simulator que um game de ação.

    O combate demora para aparecer e é inserido em camadas, primeiro com a lanterna, depois com a arma de fogo. Acho que isso pode frustrar os jogadores mais ávidos por ação.

    Eu joguei a versão de PC VR via Steam usando meu PSVR2 e não pude deixar de notar a ausência do feedback tátil dos gatilhos adaptáveis e na cabeça. Espero que os desenvolvedores incluam estas adições na versão de Playstation VR 2, porque elas elevam a imersão.

    Pirates-VR-Jolly-Roger-Templo Pirates VR Jolly Roger - Pirata do Caribe
    Pirates VR Jolly Roger – Combate no templo

    Vale a pena?

    Pirates VR Jolly Roger é uma aventura pirata emocionante que mistura ação, quebra cabeças, combate e exploração em VR em um universo muito bonito.

    As quatro horas de campanha foram agradáveis e mesmo que o jogo seja um pouco desengonçado para algumas coisas, eu o recomendo.

    Pirates VR Jolly Roger é sem dúvidas a forma mais rápida e divertida que conheço de me colocar na pele de um pirata do Caribe.

    Eu realizei a análise do game com um cópia de avaliação gentilmente enviada pelo estúdio. Agradeço a confiança em nosso trabalho.

  • Masters of Light – Liberte a luz dentro de você

    Masters of Light – Liberte a luz dentro de você

    A escuridão ameaça a galáxia e a única forma de forma de revidar é usando o poder da luz. Masters of Light no PSVR2 te coloca para liberar sua luz interior, e suar, na batalha contra as forças escuras do mal.

    A desenvolvedora Coven acaba de lançar Masters of Light no PSVR2, o seu primeiro game para Playstation. Este mesmo jogo chegou para Meta Quest 3, 3s, 2 e Pro em Maio de 2024.

    Masters of Light é um wave shooter em realidade virtual que vai te fazer suar enquanto tenta acabar com os inimigos. Para atacar é necessário realizar o movimento de soco segurando o controle para que seu ataque básico de luz seja disparado nos inimigos.

    Ao longo dos 36 fases da campanha novos inimigos e ataques são adicionados. E quanto mais inimigos na tela, mais você terá que se movimentar para garantir que a luz não seja engolida pela escuridão.

    Apesar de você ter que se movimentar um bocado para vencer as batalhas o jogo coloca os inimigos ao seu redor. Isso significa que não é preciso andar no ambiente virtual. Esta característica ajuda que o game seja mais palatável para os iniciantes na realidade virtual.

    Masters-of-Light-gameplay-VR Masters of Light - Liberte a luz dentro de você
    Masters of Light – gameplay VR

    Olho no alvo

    Masters of Light no PSVR2 aposta suas fichas em utilizar bem os atributos do headset de realidade virtual da Sony.

    O rastreamento ocular não só é usado para mirar os ataques nos inimigos de forma instintiva. Mas também para garantir que o jogo rode a 90fps, de forma nítida e agradável através da renderização dinâmica.

    Ainda na área visual, o universo místico do jogo ganha vida com o HDR do PSVR2. O contraste entre luz e escuridão fica ainda mais interessante e seus detalhes ficam ainda mais visíveis com o uso de texturas de maior resolução.

    Os desenvolvedores utilizaram bem o feedback tátil do Playstation VR 2. Tanto na resistência dos gatilhos adaptáveis e vibração dos controles, quanto nas vibrações sutis na cabeça em meio ao combate.

    Outra área em que o game acerta é a trilha sonora, ela tem uma pegada synthwave muito boa e ajudou a me manter firme nos combates durante as duas horas de campanha.

    O jogo também conta com placar de líderes que mostra o número de fases completadas, o tempo combinado e o nível de dificuldade. Eu confesso que brigar por posições neste tipo de coisa é sempre prazeroso.

    Masters-of-Light-Leaderboard Masters of Light - Liberte a luz dentro de você
    Masters of Light – Leaderboard

    Luz fraca

    Eu fiquei com um incomodo em relação ao comportamento dos inimigos e ele ficou mais evidente no decorrer da campanha.

    Tive a impressão de que mesmo com muitos inimigos presentes eles tendem a se comportar de forma demasiadamente coordenada.

    A minha sensação é que parece uma dança e nenhum deles age fora do “combinado”. Em outras palavras, eu encontrei inimigos perdendo janelas de ataque em mim sem motivo aparente. E isso derruba a imersão.

    O caso mais gritante dessa área é de um inimigo que tem escudo, e só é possível lhe causar dano logo após defender seu ataque. O problema é que ele só ataca quando está muito próximo do jogador. E inúmeras vezes tive que esperar ele fazer sua dança e percorrer toda a distância entre nós para retomar a batalha.

    Outra área que me poderia melhorar é que apesar de eu gostar da escolha estética e da nitidez entregue, a construção do universo aqui é simples demais.

    Ao invés de ter a sensação da imensidão do espaço, eu me senti dentro de um domo bonito. De alguma forma é como se eu olhasse um belo papel de parede com o tema do espaço e não que eu estivesse de fato em meio a sua imensidão.

    Masters-of-Light-gameplay Masters of Light - Liberte a luz dentro de você
    Masters of Light – gameplay

    Vale a pena?

    Masters of Light no PSVR2 explora bem as características do headset da Sony, como o rastreamento ocular e o feedback tátil nas mãos e na cabeça.

    A gameplay é de um tradicional wave shooter, o que a diferencia aqui são os movimentos que temos que fazer com nosso corpo para atacar. Isso garante que a gente gaste um boa energia combatendo a escuridão.

    O game pode ser um bom ponto de entrada para quem está chegando a realidade virtual agora, já que sua gameplay é simples e não há deslocamento no espaço virtual.

    No entanto se você é veterano em VR recomendo dosar suas expectativas. Excluindo o lance de termos de suar a camisa para nos tornar o mestre da luz. A gameplay aqui é simples demais e as vezes passa a sensação de um wave shooter da geração passada.

    Eu realizei a análise do game com um cópia de avaliação gentilmente enviada pelo estúdio. Agradeço a confiança em nosso trabalho.