O primeiro PSVR2 Day foi um baita histórico para os fãs de realidade virtual, e a sensação que fica é de pura euforia. A Flat2VR Studios e a Impact Inked não mediram esforços para transformar novembro no mês mais forte do headset da Sony, com uma enxurrada de anúncios que atendem a todos os gostos. Na minha opinião, o PSVR2 Day mostrou a que veio; foi uma declaração de força, mostrando que a plataforma tem um futuro brilhante e cheio de jogos de alta qualidade.
E, falando em qualidade, os maiores destaques para mim foram as tão aguardadas datas de lançamento. Mas vamos por partes.
Shadow Drop e Anúncios: As Grandes Surpresas do PSVR2 Day
O evento veio com tudo, teve um shadow drop (lançamento surpresa imediato) de VRacer Hoverbike. Sim, o jogo de corrida futurística inspirado em clássicos como WipeOut já está disponível para baixar e jogar agora mesmo no PSVR2. Isso já valeu o PSVR2 Day para os amantes de velocidade.
Mas as maiores revelações, na minha humilde opinião, foram as datas confirmadas para dois títulos aguardadíssimos. Primeiro, RoboQuest VR, o frenético roguelite shooter, tem seu lançamento confirmado para 20 de novembro. Segundo, a aventura em primeira pessoa Shadowgate VR: The Mines of Mythrok chega para fechar o mês com chave de ouro no dia 25 de novembro.
Esses três jogos sozinhos – VRacer Hoverbike, RoboQuest VR e Shadowgate VR – já justificam totalmente a existência do PSVR2 Day e representam uma injeção de ânimo e conteúdo diversificado para a biblioteca do headset.
Tudo o que rolou no PS VR2 Day
Além dos meus highlights, o PSVR2 Day apresentou um lineup completo:
Audio Trip: O famoso jogo de ritmo e dança chega ao PS VR2 no dia 11 de novembro, prometendo uma experiência de exercício e diversão com coreografias manuais.
RAGER: Revelado durante o evento, este jogo de combate com ritmo chega em 2026 e promete uma fusão única de ação corporal e sincronia musical.
Out of Sight VR: O intrigante jogo de quebra-cabeças e horror também foi confirmado para PS VR2 e Meta Quest em 2026.
Minha Opinião Sincera sobre o PS VR2 Day
Para mim, o PSVR2 Day foi um sucesso. Ele cumpriu exatamente o que prometeu: celebrar a comunidade e entregar informações concretas e empolgantes.
A estratégia de concentrar tantos lançamentos em um único mês, especialmente com títulos da qualidade de RoboQuest VR e Shadowgate VR, além do impacto surpresa de VRacer Hoverbike, demonstra um apoio sólido à plataforma.
Se este é apenas o primeiroPSVR2 Day, mal posso esperar para ver o que o futuro reserva. Novembro de 2025 será lembrado como um ótimo momento para nós, donos do PlayStation VR2.
Finalmente é possível mergulhar de cabeça no mundo de Dreams of Another. Após experimentar a campanha completa de aproximadamente 8 horas, tanto na TV do PS5 quanto na imersão total do PSVR2, chegou a hora de destrinchar esta que é uma das propostas mais ousadas do ano. Esta análise de Dreams of Another no PSVR2 não é apenas um recorte técnico, mas uma reflexão sobre uma obra que, como um sonho real, exige digestão e interpretação.
A premissa do jogo como uma “experiência de jogo filosófica” não é um mero artifício de marketing; é um aviso e um convite. Se você espera um jogo de tiro convencional, sairá frustrado. Mas se está disposto a adentrar um quebra-cabeça onírico onde atirar significa criar e onde o “sem sentido” é a lógica reinante, prepare-se para uma experiência singular.
Por que o PSVR2 é a Forma Definitiva de “Sonhar”
A primeira grande conclusão desta análise de Dreams of Another no PSVR2 é clara: o headset de realidade virtual da Sony é, de fato, a melhor maneira de experienciar o jogo. A afirmação vai além da imersão visual proporcionada pela tecnologia de point cloud. Trata-se de uma conexão mais direta com a proposta narrativa e filosófica.
Como apontado há 125 anos na obra seminal de Freud, “A Interpretação dos Sonhos”, o sonho é sempre sobre o sonhador. Jogar na TV é como assistir a alguém relatar um sonho. Jogar no PSVR2 é estar dentro do sonho. Você não está mais olhando para o Homem de Pijamas; você é ele, perambulando por cenários que se materializam e se dissolvem com seus disparos criativos.
O uso do feedback tátil no headset e nos controles, tanto no VR quanto no DualSense na TV, é competente e reforça a materialidade desse mundo onírico, conectando a tecnologia à mensagem.
É importante notar, porém, que a implementação no VR não é perfeita. A resolução no headset poderia ser mais nítida, fiquei com a impressão de que o jogo não utiliza plenamente recursos como o rastreamento ocular para uma resolução dinâmica mais nítida.
Durante minha sessão, os troféus também não apareciam no modo VR ( já tem correção a caminho! ). No entanto, esses detalhes técnicos não ofuscam o impacto importantíssimo da imersão, e é importante destacar que não sofri com quedas significativas de desempenho.
A Psicanálise dos Sonhos em Pixel: O “Sem Sentido” como Regra
Aqui, a minha perspectiva como psicanalista se funde com a de jogador. Dreams of Another é deliberadamente “sem sentido”, assim como são a maioria dos nossos sonhos. A genialidade do jogo está em abraçar essa característica, e não tentar explicá-la totalmente.
A ausência de detalhes nos NPCs – onde um soldado é apenas um soldado, um palhaço é apenas um palhaço – é uma escolha estética que remete a teoria freudiana. Nos sonhos, nem sempre as pessoas têm rostos nítidos. São representações, as vezes condensam mais de uma pessoa, ou são símbolos de desejos, traumas e conflitos.
A memória traumática do Soldado Errante sobre perder seu gatinho na infância, por exemplo, levanta a hipótese de este ser um fator determinante para sua personalidade que é revelada logo na abertura, o “soldado que não consegue atirar”. É uma bela ilustração de como o jogo constrói sua mitologia pessoal, sem impor respostas definitivas.
A narrativa não-linear, que nos joga de um bueiro com toupeiras em um rito de passagem para o fundo do mar e depois para um parque de diversões decadente, replica a lógica do trabalho do sonho: deslocamento e condensação. Os temas não se desenvolvem de forma linear, mas sim através de ecos e conexões que o jogador deve sentir, não apenas entender.
Reflexões, Não Respostas: O Legado de uma Experiência
Dreams of Another não é um jogo para ser consumido de uma só vez. A necessidade de pausas, muitas vezes forçada pelo retorno frequente à tela inicial do protagonista dormindo, é um recurso de design inteligente. Apertei “início” algumas vezes e pensei: “ok, vamos entrar em outro sonho”. Esse ritmo permite digerir as inúmeras questões que o jogo levanta.
O que é arte? O que é liberdade? Como lidamos com a ganância corporativa? Os “anjos angelicais” do parque de diversões, com seus diálogos curtos e ambivalentes – que sempre começam com algo positivo e, após uma pausa, revelam um contraponto as vezes perturbador – são mestres em semear dúvidas existenciais. Eles encapsulam o espírito do jogo: não há verdades absolutas, apenas perspectivas.
A recepção dentro da bolha do PSVR2 – a mídia e os influenciadores especializados neste nicho – parece ter sido, em geral, negativa. O hype por um novo título em uma plataforma com menos novidades pode ter atraído um público que não era o alvo. Comparo Dreams of Another a experiências como Before Your Eyes e Paper Beast – jogos que privilegiam a emoção e a reflexão sobre a ação pura. Dizer que é “o pior jogo de VR” é ignorar completamente sua intenção artística. É perfeitamente válido que o jogo “não fale” com você, mas é crucial reconhecer o que ele se propõe a fazer.
Veredito Final: Um Sonho que Vale a Pena Ser Sonhado
Esta análise de Dreams of Another no PSVR2 conclui que o jogo é um triunfo artístico. É uma obra corajosa, que entende que jogos podem ser veículos para ideias complexas e incômodas, assim como os sonhos o são para nosso inconsciente.
A experiência no PSVR2 é transformadora e alinha perfeitamente a tecnologia com a poesia da narrativa. Embora pequenos problemas técnicos possam existir, eles são insignificantes perto da grandiosidade da ambição e da realização deste projeto.
Dreams of Another não é para todos, e tudo bem. Mas para aqueles dispostos a se perderem em um sonho alheio, a refletir sobre questões profundas e a aceitar que nem tudo precisa fazer sentido imediato, esta é uma jornada inesquecível. É um jogo que, como um processo analítico, demanda seu tempo para ser compreendido e apreciado, mas que recompensa enormemente aqueles que se dedicam a explorar suas camadas.
E você, está preparado para sonhar? Deixe nos comentários suas impressões sobre jogos filosóficos!
Out of Sight VR: Jogo de terror em segunda pessoa com atmosfera aterrorizante chega à Steam em 22 de maio
A espera está quase no fim para os fãs de terror imersivo! Out of Sight VR, o intrigante jogo de que falamos durante o VR Showcase de março de 2025, acaba de ganhar data oficial de lançamento: 22 de maio de 2025 para Steam e Steam VR! Desenvolvido pela The Gang e adaptado para realidade virtual pela Flat2VR Studios, em parceria com a Starbreeze Entertainment, o título promete revolucionar a imersão em VR com sua perspectiva única em segunda pessoa e uma atmosfera que remete aos clássicos da franquia Little Nightmares.
Proteja Sophie em um mundo onde as sombras escondem o perigo
Em Out of Sight VR, você não é a protagonista, mas sim Teddy, um protetor de pelúcia mudo e costurado, responsável por guiar Sophie, uma garota cega presa em uma mansão assombrada. Enquanto ela avança por corredores decadentes e salas trancadas, cabe a você observar, planejar e intervir usando uma mecânica inovadora: sua visão é independente do corpo da personagem, criando uma conexão emocional única entre jogador e protagonista.
A premissa, que já chamou atenção no evento de março, ganha ainda mais força com a confirmação do lançamento. Como destacam os desenvolvedores:
“Você é a única linha de vida de Sophie. Cada sucesso é um suspiro de alívio. Cada erro parece pessoal.”
Assista ao trailer oficial de Out of Sight VR e sinta a tensão da mansão assombrada:
Trailer de Out of Sight VR - Terror em segunda pessoa na Steam
Terror psicológico, quebra-cabeças e perseguições em VR
Inspirado em Little Nightmares, o jogo mistura quebra-cabeças inteligentes, perseguições caóticas e fragmentos narrativos escondidos no ambiente. A mansão é um personagem vivo, com segredos que revelam uma história sombria de prisão e tragédia. Entre os destaques estão:
Cenas de perseguição com mudanças de perspectiva, onde o mundo gira de formas aterrorizantes graças à tecnologia VR.
Puzzles que exigem posicionamento estratégico para abrir caminhos seguros.
Horrores psicológicos que exploram a impotência e a tensão de proteger alguém que não enxerga as ameaças.
Out of Sight VR tem data de lançamento Steam e já está disponível para wishlist; versões para Meta Quest e PS VR2 chegam em 2025
Além da versão para Steam VR, o jogo também chegará posteriormente ao Meta Quest 3/3s e PlayStation VR2, ampliando o acesso à experiência. Enquanto isso, os jogadores já podem adicionar Out of Sight VR à lista de desejos na Steam e se preparar para mergulhar em uma narrativa emocionalmente intensa.
Por que acompanhar este lançamento? Se você é fã de jogos como Little Nightmares ou busca experiências inovadoras em VR, Out of Sight VR é um título obrigatório. A combinação de terror atmosférico, mecânicas de segunda pessoa e uma história envolvente promete colocar o jogo no radar dos principais títulos indie de 2025.
Leia mais sobre o anúncio inicial de Out of Sight VR no VR Showcase de março e não deixe de adicionar o jogo à sua wishlist na Steam!