Tag: Aventura

  • Pirates VR Jolly Roger – Pirata do Caribe

    Pirates VR Jolly Roger – Pirata do Caribe

    Você acaba de chegar a uma remota e assustadora ilha do Caribe para tentar encontrar o lendário tesouro de Davy Jones. Pirates VR Jolly Roger promete entregar uma aventura pirata emocionante com tesouros, armadilhas, inimigos, mistérios e muito mais.

    A desenvolvedora Split Light Studio lança no dia 14 de Janeiro Pirates VR Jolly Roger para PC VR via Steam. E já confirmou que há uma versão do game para PSVR2 em desenvolvimento, prevista para chegar entre abril e junho deste ano.

    Em Pirates VR nossa missão é sobreviver a todos os perigos que a jornada em busca do tesouro em uma ilha amaldiçoada irá trazer.

    Pirates-VR-Jolly-Roger-Praia Pirates VR Jolly Roger - Pirata do Caribe
    Pirates VR Jolly Roger – Praia

    Felizmente temos a companhia de nosso papagaio pirata, que não perde uma oportunidade para fazer piada nossa cara, mas também dá dicas úteis ao longo da campanha.

    Ao chegarmos a praia o game começa a inserir suas mecânicas básicas. O detalhe aqui é que a primeira impressão é muito boa, porque visualmente falando o game agrada.

    A ilha caribenha é convincente e os gráficos estão nítidos no headset. Os visuais no geral são bons, eventualmente encontrei uma ou outra textura que deixou a desejar, mas não compromete a experiência.

    Aventura diversa

    Eu levei 4hs para terminar a campanha que é bem linear. No entanto ela é diversa porque mistura coisas como quebra cabeças, escaladas, combate, luta contra chefe e exploração de baixo da água.

    O game oferece também dois desafios: de escalada e arremesso de machado. Para desbloquear ambos é necessário ter moedas de ouro e objetos preciosos o suficiente.

    Estes podem ser encontrados espalhados pelos cenários e são um incentivo para abrir todos baús, quebrar vasos, abrir tumbas e explorar cada canto do game.

    O início da campanha foca em explorar a praia em busca de um caminho para as cavernas onde o tesouro está escondido. No inicio só escalamos, nadamos, aprendemos a usar o inventário e a juntar partes para criar ferramentas úteis.

    Pirates-VR-Jolly-Roger-Prisao Pirates VR Jolly Roger - Pirata do Caribe
    Pirates VR Jolly Roger – Prisão

    Ao avançarmos para dentro da caverna somos apresentados à lanterna que além de iluminar o caminho tem poderes mágicos. Ela pode mostrar símbolos ocultos e não visíveis a olho nu e também atacar mortos vivos que habitam as áreas mais escuras da ilha.

    Só mais para a metade do game é que finalmente encontramos um revolver antigo. Temos apenas um tiro antes de precisar recarregar a arma. Foi um pouco estranho no começo, mas depois de um tempo eu já estava acostumado.

    Felizmente os desenvolvedores simplificaram o processo e basta levar o revolver a região da cintura em que estão armazenadas as munições para recarregar.

    Falando em armazenamento, ao segurar o botão do controle ele abre nosso inventário, que inclui os espaços de acesso rápido em que armazenamos a arma e lanterna.

    Guardando itens

    Além dos coldres nas laterais da cintura, também podemos acessar itens de forma rápida sobre os ombros.

    Apesar de Pirates VR Jolly Roger ter implementado bem a mecânica de escalar. Eu fiquei com a sensação de que para todo o restante a coisa é um pouco desengonçada.

    Pirates-VR-Jolly-Roger-Caverna Pirates VR Jolly Roger - Pirata do Caribe
    Pirates VR Jolly Roger – Caverna

    Demorei um tempo para me acostumar com o disparo da arma que para mim parecia ter um certo atraso. Além disso, a posição em que era preciso segurar o controle para mirar o disparo é pouco usual.

    Ao longo do game a interação com alavancas e o simples ato de coletar objetos também são desengonçados. No entanto, eles não comprometem a experiência, dado que esse tipo de coisa é de alguma forma esperada para jogos indies.

    O que me causou alguma frustração nesta área foi o combate corpo a corpo. Usei o machado e mais tarde uma espada de um inimigo e coisa não fluiu muito bem. Tanto que acabei ficando nas armas de fogo para resolver os combates que surgiram.

    Como uma boa jornada de Pirata do Caribe, ela conta também com armadilhas, enigmas e quebra cabeças. E no geral achei o nível de dificuldade nesta área adequado.

    A luta contra o chefe é legal, o encontramos em dois momentos e seu desafio é moderado. Para ser sincero não acho que este seja um game difícil. Mesmo optando pelo combate com arma de fogo na maior parte do game, não faltou munição. Assim como não faltaram maçãs para recuperar vida e óleo para a lanterna.

    A narrativa aqui se resume a clássica história de pirata, não tem nada de novo. Por isso, a ausência de legendas em nosso idioma não deve fazer tanta falta.

    Papagaio “quinta série”

    Pirates-VR-Jolly-Roger-Camaras Pirates VR Jolly Roger - Pirata do Caribe
    Pirates VR Jolly Roger – Papagaio de pirata nas câmaras

    As interações e menus são de alguma forma intuitivos para quem já joga vídeo game há algum tempo. No entanto, algumas dicas e piadas do papagaio são uma perda importante, já que o áudio do jogo está apenas em inglês.

    Falando em áudio ele cumpre o necessário, mas notei que deu uma escorregada quando o som de passos na areia se manteve enquanto eu caminhava num terreno coberto de água no inicio do jogo.

    Eu gostei do ritmo do jogo, ele vai introduzindo complexidade aos poucos. Mas confesso que no início a coisa está mais para um walking simulator que um game de ação.

    O combate demora para aparecer e é inserido em camadas, primeiro com a lanterna, depois com a arma de fogo. Acho que isso pode frustrar os jogadores mais ávidos por ação.

    Eu joguei a versão de PC VR via Steam usando meu PSVR2 e não pude deixar de notar a ausência do feedback tátil dos gatilhos adaptáveis e na cabeça. Espero que os desenvolvedores incluam estas adições na versão de Playstation VR 2, porque elas elevam a imersão.

    Pirates-VR-Jolly-Roger-Templo Pirates VR Jolly Roger - Pirata do Caribe
    Pirates VR Jolly Roger – Combate no templo

    Vale a pena?

    Pirates VR Jolly Roger é uma aventura pirata emocionante que mistura ação, quebra cabeças, combate e exploração em VR em um universo muito bonito.

    As quatro horas de campanha foram agradáveis e mesmo que o jogo seja um pouco desengonçado para algumas coisas, eu o recomendo.

    Pirates VR Jolly Roger é sem dúvidas a forma mais rápida e divertida que conheço de me colocar na pele de um pirata do Caribe.

    Eu realizei a análise do game com um cópia de avaliação gentilmente enviada pelo estúdio. Agradeço a confiança em nosso trabalho.

  • MiceGard – entre lendas, ratos e sapos

    MiceGard – entre lendas, ratos e sapos

    Em MiceGard somos convidados a explorar o simpático mundo de Rodentholm, e damos vida à saga de Micel, um roedor guerreiro de seu vilarejo. Somos imersos em lendas nórdicas e brigas entre ratos e sapos.

    O jogo, uma aventura desenvolvida pela Game Dynasty Studio, foi lançado no começo de 2024 para Windows , e no final do mesmo ano para Playstation 5.

    Apesar de apresentar visual fofinho, MiceGard possui história com reviravoltas, traições, mortes de ratinhos crianças e afins. É digno de sua raiz nórdica.

    No começo da trama somos levados ao campo de batalha com outros ratos de seu vilarejo. Movimentamos todos os ratinhos de uma só vez, fazendo com que cada ação tomada envolva todo o squad.

    Modos de batalha simples, mas convidativos

    Em batalha temos três opções de formações para o grupo, e cada escolha pode fazer a diferença a depender da situação e dos inimigos do jogo.

    No primeiro modo de batalha, os roedores se perfilam em formato de triângulo, atirando flechas, além de ser capazes de dar um dash para atingir os inimigos que se aproximam. A habilidade é especialmente útil em momentos que o combate à longa distância é a melhor alternativa.

    No outro modo os ratos se colocam em círculo, formando um eficaz cinturão defensivo, que me ajudaram muito em momentos que os inimigos surgiam de todos os lados ao mesmo tempo.

    A terceira possibilidade é a que dá liberdade aos dentuços para partirem para a porrada individualmente. Esse modo torna o grupo miais vulnerável, mas pode ajudar em situações igualmente caóticas.

    O modo de batalha e a mecânica são simples assim. Os inimigos não são variados e não há grandes alterações nos mapas (além de dois modos diferentes que visitamos brevemente). Ah, a barra de vida é única para o grupo todo, então se um ratinho toma dano, todos se machucam.

    Ao terminar cada etapa, os ratos voltam ao vilarejo, onde temos a oportunidade de reconstruir a estrutura do local (destruída no meio da trama). É, inclusive, como podemos melhorar os atributos do grupo.

    São treze mapas no total, além do chefe final, o sapo gigante Toadon, que cá entre nós, não exige grandes esforços para que possamos derrotá-lo.

    Vale a pena?

    Fiz a gameplay toda do jogo em aproximadamente 4 horas, que foram mais que suficientes para explorar toda a história, me ambientar com a jogabilidade simples e, principalmente, me divertir.

    O jogo acerta naquilo que ele entrega de mais evidente: é despretensioso – e nasceu para isso – mas proporciona momentos agradáveis e divertidos.

    É o típico jogo que eu indicaria para um amigo entediado que quer passar o tempo e esquecer os problemas da vida cotidiana. MiceGard nos presenteia com uma jogatina leve e descomplicada, que, em tempos de complexos jogos AAA altamente competitivos, nos faz lembrar que a essência de um título deve ser a de entreter, e isso o jogo faz bem.

    É bacana nos reconectarmos com jogos assim, o que, inclusive, me fez levantar o seguinte questionamento: por que não dar chance a games que buscam única e exclusivamente me divertir? Quero ter mais experiências assim.

    MiceGard video review

    Tivemos o acesso ao jogo cedido pela desenvolvedora. Agradecemos a oportunidade.