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  • Kulebra and the Souls of Limbo: Uma Jornada Sensível e Colorida pelo Além

    Kulebra and the Souls of Limbo: Uma Jornada Sensível e Colorida pelo Além

    Quando um jogo começa te colocando no corpo de uma cobra esquelética no Limbo, você já sabe que a experiência será singular. Kulebra and the Souls of Limbo, título da pequena e talentosa Galla Games, transforma essa premissa peculiar em uma aventura cativante e visualmente encantadora.

    Em minhas primeiras horas com o game na Nintendo Switch, que compreendem toda a jornada do Capítulo 1, pude perceber que se trata de um projeto especial, que vai além da estética para tocar em temas complexos com uma maturidade admirável.

    Neste texto, compartilho minhas impressões sobre o que faz de Kulebra and the Souls of Limbo um jogo tão memorável.

    A Beleza de um Mundo de Papel Latino-Americano

    É impossível falar desse jogo sem começar por sua apresentação visual. O estilo papercraft é executado com um carinho e uma identidade próprios que saltam aos olhos. Os cenários são pop-ups tridimensionais cheios de vida, e os personagens, como folhas de papel animadas, se movem com um charme inegável.

    A grande sacada, porém, está na paleta de cores e na influência cultural. O jogo não apenas é colorido; ele respira a estética e o folclore latino-americano, com uma representação do pós-vida que lembra celebrações como o Día de los Muertos.

    No Nintendo Switch, o visual estilizado e colorido transita perfeitamente entre o modo portátil e o modo TV, reforçando seu apelo como uma experiência cozy.

    Antes de mergulharmos mais fundo, confira abaixo um trecho da gameplay do primeiro capítulo, que gravei para o canal, e veja o visual deslumbrante e a jogabilidade relaxante de Kulebra and the Souls of Limbo em ação!

    Gameplay de Kulebra and the Souls of Limbo mostrando o início do jogo e a exploração no estilo papercraft. Veja o protagonista Kulebra, uma cobra esquelética, ajudando outros personagens e o combate criativo contra o primeiro chefe.

    Narrativa que Abraça a Complexidade Humana

    Por trás dos cenários vibrantes, Kulebra and the Souls of Limbo apresenta uma narrativa que lida com assuntos surpreendentemente pesados, porém com uma sensibilidade notável .

    Em sua jornada como Kulebra, uma “Alma Brilhante”, seu papel é ajudar outros espíritos presos em um loop temporal a enfrentarem seus arrependimentos e traumas para, finalmente, seguirem em paz.

    O primeiro capítulo já deixa claro que o jogo não tem medo de abordar temas como luto, abandono e conflitos familiares. A forma como a história entrelaça o trauma de um personagem específico com sua transformação no chefe do capítulo é uma jogada narrativa brilhante.

    Como psicanalista, foi particularmente interessante ver o jogo explorando as causas e consequências do trauma de forma tão integrada, mostrando que a escuridão pode ser é um reflexo de uma dor não resolvida.

    Gameplay e a Surpresa dos Bosses

    A jogabilidade de Kulebra and the Souls of Limbo é majoritariamente relaxante, focada em explorar, conversar com os personagens e resolver pequenos quebra-cabeças de itens . A trilha sonora, com seus violões e trompetes, embala perfeitamente essa jornada, dando um tom cozy que acalma o jogador mesmo quando a narrativa aprofunda em temas sérios.

    Um dos momentos mais marcantes da jogatina, sem dúvida, é o confronto com o chefe no final do primeiro capítulo. Como você mesmo notou, as mecânicas são simples, mas extremamente eficazes e criativas.

    Diferente de uma luta tradicional, esse embate funciona como um teste de conhecimento sobre a história dos personagens que você encontrou, uma “prova” de que você prestou atenção em suas dores. É um sistema que recompensa a investigação e a empatia, e que cumpre perfeitamente seu papel de finalizar a fase com chave de ouro narrativa.

    Conclusão

    Kulebra and the Souls of Limbo é daqueles jogos que vai ficar na mente e no coração depois que você deixar o controle. Ele consegue a proeza de ser ao mesmo tempo vibrante e melancólico, simples em sua jogabilidade e profundo em seu tema.

    A Galla Games demonstrou, em sua estreia em grande estilo, um domínio incrível para contar histórias que importam, embaladas em um pacote visual absolutamente deslumbrante.

    Se você é fã de jogos narrativos, experiências cozy ou simplesmente aprecia um trabalho artístico com alma, Kulebra and the Souls of Limbo é uma recomendação fácil e uma jornada que vale cada minuto.

    Esta análise foi realizada com uma cópia de avaliação para Nintendo Switch, gentilmente cedida pelo estúdio Galla Games. Agradecemos a confiança depositada em nosso trabalho.

  • Dreams of Another Demo: Uma Jornada Onírica onde se Atira para Construir

    Dreams of Another Demo: Uma Jornada Onírica onde se Atira para Construir

    A Dreams of Another demo estava disponível, e mergulhamos de cabeça neste universo singular. Desenvolvido pela Q-Games e dirigido pelo talentoso artista multimídia Baiyon, o jogo promete uma experiência que subverte completamente a lógica dos shooters tradicionais. A premissa filosófica de “Não Há Criação Sem Destruição” não é apenas um slogan, mas a base de uma mecânica de jogo inovadora.

    Como psicanalista, a conexão imediata com a teoria dos sonhos de Freud é inevitável. A ideia de que os disparos materializam e criam o mundo, em vez de destruí-lo, ecoa os complexos processos de deslocamento e condensação que moldam nossos sonhos. É uma metáfora lúdica e poderosa que me fisgou desde o primeiro trailer.

    A demo, disponível na Steam por tempo limitado até 16 de setembro, ofere um vislumbre deste mundo onírico . Embora sem suporte VR nesta versão preliminar – um ponto que me deixa particularmente ansioso para a versão completa no PSVR2 – a experiência não perde seu impacto.

    Confira minha gameplay da demo e veja a criação pelo disparo em ação!

    Gameplay da demo de Dreams of Another, capturada no PC via Steam.

    Gameplay e Mecânicas: A Arte de Criar Atirando

    O cerne de Dreams of Another é sua jogabilidade única. Diferente de tudo que estamos acostumados, aqui pressionar o gatilho é um ato de criação. Cada disparo do personagem The Man in Pajamas (o Homem de Pijama) materializa o ambiente ao seu redor, dando forma a um mundo dreamlike e efêmero.

    • Inovação Pura: A mecânica principal desafia as convenções de gênero. Em vez de buscar inimigos para eliminar, você busca elementos para trazer à existência.
    • Narrativa Poética: A história, que envolve também o “Wandering Soldier” (Soldado Errante), é construída através de fragmentos de memória e interações com objetos peculiares, cada um com seus diálogos filosóficos e humorísticos.
    • Trilha Sonora Experimental: Assinada por Baiyon, a música complementa perfeitamente a atmosfera surreal, mergulhando o jogador ainda mais neste sonho interativo.

    Visual e Performance: A Beleza da Nuvem de Pontos

    O estilo visual de Dreams of Another é uma das suas maiores atrações. Utilizando uma tecnologia de point cloud rendering (renderização por nuvem de pontos), o jogo alcança uma estética voxelizada única, que se assemelha a um sonho vivo e em constante formação.

    Na minha experiência com a Dreams of Another demo na Steam, encontrei alguns stutters e problemas de performance. No entanto, é crucial contextualizar: conversei com outros jogadores que relataram uma experiência suave.

    Isso sugere que possa haver uma questão de otimização específica para certo hardware, algo comum em demos e que provavelmente será ajustado até o lançamento oficial, previsto para 10 de outubro de 2025.

    Dreams-of-Another-gameplay Dreams of Another Demo: Uma Jornada Onírica onde se Atira para Construir
    Dreams of Another PC demo – Steam

    A Psicanálise dos Sonhos em Pixel e Voxel

    Aqui, a análise transcende o técnico. A premissa do jogo é um campo fértil para reflexão. A mecânica de “atirar para construir” é uma analogia fascinante aos artifícios da construção onírica descritos por Freud.

    O conteúdo manifesto do sonho (o mundo que vemos no jogo) é construído através do trabalho do sonho, que transforma e reformula desejos e pensamentos latentes (os nossos disparos criativos).

    O jogo, assim, torna-se não apenas entretenimento, mas um exercício de interpretação e um possível espelho de nossos processos mentais mais profundos.

    Conclusão: Uma Aposta Arriscada e Lindamente Ambiciosa

    A Dreams of Another demo confirma que este é um dos jogos mais originais e ambiciosos no horizonte de 2025. Sua mecânica inovadora, seu bom e singular visual e sua profundidade temática oferecem uma experiência fresca e que convida a reflexão.

    Os problemas de performance que vivenciei são um ponto de atenção, mas não ofuscam o potencial colossal do projeto. A promessa de suporte ao PSVR2 na versão final é a cereja no topo do bolo, potencialmente elevando a imersão neste mundo estranho e maravilhoso a outro patamar.

    Para quem busca uma experiência fora do convencional e está disposto a refletir enquanto joga, Dreams of Another é, sem dúvida, uma jornada que merece uma chance. A demo pode ter saído do ar, mas a expectativa para o lançamento oficial em outubro só aumenta.

    Gostou da análise? Confira outros previews e reviews de games indie aqui no Caixa de Pixels!

  • Demo Lumines Arise Chega ao PS5 e PC: Minhas Primeiras Impressões

    Demo Lumines Arise Chega ao PS5 e PC: Minhas Primeiras Impressões

    A tão aguardada demo Lumines Arise foi lançada hoje para PS5 e PC, e eu, como um fã incondicional da série, corri para experimentar assim que foi possível.

    E que viagem sensorial! Minha sensação imediata é que os desenvolvedores capturaram a essência viciante do clássico Lumines e a mergulharam no espetáculo audiovisual imersivo do Tetris Effect.

    Sou um grande fã de Lumines desde os tempos do PSP, em que Lumines 2 me fisgou completamente. Anos depois, vivi a experiência transcendental com o Tetris Effect no primeiro PlayStation VR – estar imerso naquela fusão de música e luz é algo realmente memorável.

    A demo Lumines Arise parece ser a evolução natural dessa fórmula, e a espera pelo lançamento oficial em novembro ficou ainda mais difícil.

    Lumines Arise – trailer da demo | PS5, PC & PSVR2

    Assista ao trailer oficial da demo e veja a fusão hipnótica de luz e som que aguarda em Lumines Arise! A experiência fica ainda melhor em realidade virtual no PSVR2 no lançamento.

    A Experiência da Demo

    Na demo Lumines Arise, pude experimentar três fases fantásticas do modo Jornada (meu favorito no Tetris Effect) e também testar um dos modos do multiplayer, o Burst Battle.

    A jogabilidade clássica de limpar blocos 2×2 no ritmo da música está afiadíssima, e a trilha sonora é simplesmente eletrizante, me fazendo balançar a cabeça o tempo todo.

    A grande surpresa foi o multiplayer. Enfreitei outro jogador que estava no PC e perdi de lavada. Isso mesmo, a demo Lumines Arise já confirma o crossplay entre PS5 e PC, o que é uma excelente notícia para a comunidade.

    Uma pena que a demo não saiu com suporte ao PSVR2, minha plataforma preferida. No entanto, os desenvolvedores já garantiram que o modo realidade virtual estará pronto para o lançamento do game completo em 11 de novembro.

    Detalhes Oficiais da Demo de Lumines Arise

    Conforme anunciado pelos desenvolvedores no blog da PlayStation, a demo Lumines Arise está disponível até 3 de setembro. Ela inclui três estágios single-player e o modo multiplayer Burst Battle para testes de rede.

    A versão final do jogo chegará em 11 de novembro de 2025, e a pré-venda já está aberta na PS Store com 10% de desconto para assinantes do PS Plus.

    O jogo promete acessibilidade para todos os jogadores, com um tutorial interativo e opções como “No Stress Lumines” para quem quer apenas relaxar com a música.

    A Edição Digital Deluxe ainda trará avatares exclusivos baseados em Tetris Effect, Rez Infinite, Humanity e até o Astro Bot!

    A demo Lumines Arise é um aperitivo e tanto e solidifica o game como um dos jogos mais esperados do ano para mim. Não deixem de experimentar!

  • Análise: Sword of the Sea é um espetáculo visual, mas falta propósito?

    Análise: Sword of the Sea é um espetáculo visual, mas falta propósito?

    Desde seu anúncio, Sword of the Sea foi um dos jogos indies mais aguardados por fãs de experiências artísticas. Não é para menos: o game é dirigido por Matt Nava, uma das mentes visionárias por trás do aclamado Journey (2012).

    A expectativa era alta, e felizmente, o lançamento direto no catálogo da PS Plus foi uma jogada de mestre, permitindo que muitos jogadores, incluindo eu, experimentassem este aguardado título no PS5 sem custo adicional.

    Antes de detalharmos nossas impressões, confira o trailer oficial de Sword of the Sea que captura perfeitamente a atmosfera única do jogo:

    Trailer oficial de Sword of the Sea para PS5. Gameplay mostrando a mecânica de surfar nas dunas com a Hoversword, os visuais estilizados e os cenários vastos e misteriosos.

    As primeiras impressões são de absoluto deslumbramento. Sword of the Sea é, sem sombra de dúvidas, um espetáculo visual.

    Os visuais estilizados e a paleta de cores vibrante imediatamente remetem à herança de Journey, mas é inegável que a tecnologia atual elevou a ambição a outro patamar.

    A fusão constante de ambientes – como um deserto de areia que se encontra com um mar cristalino, ou montanhas gélidas sobre águas espelhadas – cria composições de tirar o fôlego, dignas de sonhos.

    A trilha sonora, assinada por Austin Wintory (o mesmo compositor de Journey), é a alma do projeto.

    As faixas elevam a experiência a um patamar quase transcendental, conectando o jogador a uma sensação de natureza, mistério e espiritualidade.

    A combinação de visual e som é o maior trunfo do jogo.

    Sword-of-the-Sea-gameplay Análise: Sword of the Sea é um espetáculo visual, mas falta propósito?
    Sword of the Sea gameplay

    No “flow”

    A jogabilidade central de Sword of the Sea é surpreendentemente agradável. A ideia de usar uma espada como uma espécie de “skate” para planar e realizar manobras sobre as dunas é tão única quanto divertida.

    A sensação de fluxo (“flow”) é conquistada com maestria, fazendo com que você se perca no puro prazer de deslizar, executar manobras e ganhar velocidade.

    É uma mistura feliz de surf, snowboard e sandboard que funciona perfeitamente.

    No entanto, é preciso falar sobre a jornada como um todo. E aqui, Sword of the Sea talvez não atinja o mesmo impacto emocional de sua inspiração principal.

    Enquanto Journey tinha uma narrativa ambiental sutil mas profundamente comovente, sinto que faltou um propósito maior aqui.

    A premissa de restaurar um oceano perdido é interessante, mas sua execução através de poemas textuais espalhados pelo mundo não me fisgou.

    Talvez algo tenha sido perdido na tradução para o português, mas os versos não conseguiram me conectar com a lore do jogo da maneira que eu esperava.

    Sword-of-the-Sea-gameplay-ps-plus Análise: Sword of the Sea é um espetáculo visual, mas falta propósito?
    Gameplay de Sword of the Sea e suas paisagens surreais

    Vale a pena?

    Resumindo, minha experiência com Sword of the Sea foi positiva, porém com um sabor agridoce. Foram algumas horas extremamente agradáveis, contemplativas e visualmente deslumbrantes.

    A jogabilidade é fluida e viciante. No entanto, a falta de uma conexão narrativa mais profunda ou de um clímax emocional significativo impede que o jogo atinja o status de obra-prima que seu visual promete.

    É uma recomendação fácil para assinantes do PS Plus que buscam uma experiência relaxante e única, mas talvez não seja o Journey desta geração que alguns esperávamos.

    O que achamos:

    • Pontos Fortes: Visual deslumbrante, trilha sonora sublime, jogabilidade fluida e viciante, sensação de “flow” incrível.
    • Pontos Fracos: Narrativa e lore pouco cativantes, falta de um propósito ou clímax mais impactante.

    Sword of the Sea está disponível exclusivamente para PS5 e PC, e está incluído no catálogo da PS Plus Extra e Deluxe no lançamento.

  • Sony libera novo trailer de God of War

    Sony libera novo trailer de God of War

    A Sony liberou um novo trailer de God of War durante a sua conferência na Paris Game Week. O trailer mostra mostra um curto trecho do gameplay em que Kratos e seu filho Atreus aparecem evitando uma criatura gigantesca e em seguida lutando contra vários oponentes em seu mundo mitológico.

    Confira o trailer:

    Durante a E3 em Junho deste ano a Sony já havia confirmado que God of War será publicado em algum momento de 2018, infelizmente durante o evento na França não foi divulgado nenhuma informação adicional a este respeito.

  • Os primeiros 90 minutos de Super Mario Odyssey no Nintendo Switch

    Os primeiros 90 minutos de Super Mario Odyssey no Nintendo Switch

    Finalmente colocamos as mãos em Super Mario Odyssey e as impressões iniciais não poderiam ser melhores. O game está muito bonito, a adição do Cappy me pareceu acertadíssima e aqueles desafios 2D numa pegada 8 bits se encaixam perfeitamente bem ao restante do game.

    O game recomenda o uso dos joy-cons separados, o único game que jogo desta forma é ARMS por conta do motion control , aqui precisei de algum tempo para me adaptar e mesmo tendo jogado mais de 90 minutos nem sempre acerto a sincronia do movimento com as mãos com o game na tela.

    Você pode conferir nossa gameplay com os primeiros 90 minutos de Super Mario Odyssey no YouTube.