Há jogos que conquistam primeiro pelos olhos, e Stars in the Trash é um caso emblemático. Desenvolvido pelo estúdio espanhol Valhalla Cats, o título promete uma experiência narrativa com o charme das animações clássicas. Nesta análise de Stars in the Trash, vamos explorar se a experiência vai além da superfície bela, avaliando sua jogabilidade, narrativa e o impacto de sua mensagem central.
Para quem acompanha o Caixa de Pixels, sabe o quanto valorizamos narrativas para além do jogo. E esta análise de Stars in the Trash confirma que o jogo tem uma: a conscientização sobre o maltrato e abandono animal, um tema nobre e necessário.
Antes de detalharmos nossas impressões, confira o trailer oficial que captura perfeitamente o visual e o tom de Stars in the Trash:
Um Conto de Animação que Ganha Vida (e é seu Maior Trunfo)
Não há como começar esta análise de Stars in the Trash sem elogiar seu visual. O trabalho da Valhalla Cats, que inclui artistas com passagem por estúdios como Disney e Warner, é notável. Os desenvolvedores desenharam o jogo à mão com técnicas de aquarela, resultando em cenários que realmente parecem saídos de um filme. É, sem dúvida, o aspecto de maior impacto.
A jogabilidade, por sua vez, é acessível. Esta análise de Stars in the Trash deixa claro que se trata de uma combinação de plataforma, combate e puzzles leves, mas com uma curva de dificuldade bastante suave. Eu levei pouco mais de 1 hora para concluir os 9 capítulos desta curta aventura . É uma proposta que prioriza a narrativa e a experiência relaxante.
Gameplay e Controles: Onde a Simplicidade Encontra Problemas
No entanto, é importante deixar claro: a jogabilidade é bastante simples. Para jogadores veteranos, a experiência pode parecer superficial. O combate e os puzzles não evoluem muito, funcionando mais como elementos para quebrar a rotina de exploração.
Somado a isso, encontramos um ponto mais crítico durante os testes no PC pela Steam com um controle DualSense: os controles deixaram a desejar em precisão. Em momentos que exigiam um pouco mais de agilidade, a imprecisão nos comandos era perceptível, levando a frustrações que poderiam ser evitadas. É um aspecto que esperamos seja corrigido com atualizações e antes do lançamento para o Nintendo Switch.
Por outro lado, a implementação do feedback tátil foi um acerto. Assim como em Stray e no cativante Copycat – cuja análise já publicamos aqui no site –, sentir o controle vibrar suavemente quando Moka ronrona é um detalhe de imersão muito bem-vindo e que os donos de gatos vão reconhecer imediatamente.
O Coração do Jogo: Uma Mensagem que Ressoa
O grande trunfo de Stars in the Trash está na mensagem de sua. A história de Moka, um gato mimado que aprende a valorizar o que tem após fugir de casa, é uma boa ilustração sobre responsabilidade e amizade.
A mensagem é reforçada pelo compromisso da desenvolvedora, que já doou milhares de euros para abrigos de animais.
Veredito Final: Para Quem é Este Jogo?
Esta análise de Stars in the Trash conclui que este é um jogo indie que não é para todo mundo. Eu o recomendo para:
- Fãs de animação tradicional e arte feita a mão.
- Jogadores que buscam histórias curtas e emocionantes (cerca de 1-2 horas).
- Pais que desejam apresentar games de plataforma para crianças.
- Quem valoriza títulos com uma causa nobre e uma mensagem positiva.
Apesar da jogabilidade simples e dos problemas de controle, Stars in the Trash cumpre seu papel como uma história interativa. Ele é uma opção interessante para uma tarde tranquila, desde que você esteja interessado em sua beleza visual e sua mensagem, e não por desafios de gameplay.