Tag: PS5

  • Bridge the Gap – puzzle para saudosistas em pleno PSVR2

    Bridge the Gap – puzzle para saudosistas em pleno PSVR2

    Bridge the Gap é o novo jogo desenvolvido pela 3R Games e publicado pela Take It Studio lançado para Playstation PSVR2 na última sexta-feira, dia 17 de janeiro. O game transita entre o puzzle e ação e deve agradar os jogadores mais saudosistas que utilizam os óculos de realidade virtual da Sony.

    Você pode estar se perguntando: saudosista? Por qual motivo? Bem, ao colocar o VR e entrar no universo de Bridge the Gap senti que já estava familiarizado com a proposta, e não demorou muito para me localizar: o jogo é um filho bem diagramado do saudoso Lemmings, que joguei em Super Nintendo nos idos dos anos 90.

    Isso não significa que o jogo não traga sua marca. Bridge the Gap é desafiador e requer certa habilidade (que não possuo) para manejar todas as ações necessárias para os “monkies“, como são chamados, não se jogarem dos blocos para entrarem para a história.

    WhatsApp-Image-2025-01-22-at-18.05.39-1 Bridge the Gap - puzzle para saudosistas em pleno PSVR2
    Bridge the Gap VR

    Aliás, um parênteses interessante. A desenvolvedora do game nos disse que o jogo inicialmente se chamava “Monkies in the Brickland”, mas que alterou o título com o intuito de representar mais fielmente a gameplay, além de facilitar as buscas em sites como o Youtube, já que a palavra Monkies é corrigida pelo site, uma vez que sua grafia correta em inglês é Monkeys.

    Jogo de VR com cara de mobile

    Minha primeira impressão do game é que ele tem cara de jogo para celular. A razão para essa associação é que o método de passar de fases e conquistar de zero a três estrelas de acordo com sua performance me lembrou fórmula já consagrada pelos jogos de celular, como por exemplo em Angry Birds.

    Além disso, as fases são relativamente curtas, e é certamente um convite à jogatina despretenciosa. Sabe aquele jogo que você abre no celular enquanto espera o trem chegar à sua estação?

    O jogo tem visual simples, mas bonito. Certamente não precisaria ser lançado para PSVR2 para funcionar. Arrisco, inclusive, a dizer que se fosse restrito aos smartphones, Bridge the Gap faria até mais sucesso. Fórmula pra isso ele tem.

    Não leve minhas palavras como ofensa, por favor! Não há nada de errado em dizer que o jogo deveria ser feito para celular. A plataforma é diferente, mas o título pode ser apreciado por pessoas com objetivos diferentes aos habituais dos jogadores de realidade virtual.

    De toda forma, Bridge the Gap encontraria forte concorrência nos celulares, já que Lemmings está disponível para iOS e Android, sendo que somente neste esse último já conta com mais de 5 milhões de downloads. A briga por atenção não seria fácil para os Monkies.

    Salve os monkies

    A tarefa de salvar os atrapalhados monkies não é das mais simples, isso porque eles são muito determinados em não mudar de direção sozinhos.

    Tentei jogar sentado, mas percebi que precisaria de espaço para me movimentar e me levantei. A princípio pensamos que o jogo será parado e que conseguiremos fazer todas as ações com pouco esforço, mas não é o que acontece.

    WhatsApp-Image-2025-01-22-at-18.05.40 Bridge the Gap - puzzle para saudosistas em pleno PSVR2
    Imagem: reprodução

    É necessário bom domínio do espaço do game, além de rápido raciocínio para conseguir se dar bem, e a tarefa não é fácil. O jogo conta atualmente com 80 fases, com alguns modos diferentes. A desenvolvedora ainda promete que mais mapas estão por vir.

    Vale a pena jogar Bridge the Gap se você quer passar o tempo e ter um desafio capaz de prender a atenção e deixar curioso quanto à próxima fase.

    Fiz essa análise com cópia cedida pelo desenvolvedor do game, agradecemos a confiança em nosso trabalho.

  • Primeiras impressões de Mika and the Witch’s Mountain no Playstation

    Primeiras impressões de Mika and the Witch’s Mountain no Playstation

    O estúdio espanhol Chibig traz a sua mais nova aventura para os consoles Playstation e Xbox. O game chegou hoje e vamos compartilhar com você as nossas primeiras impressões de Mika and the Witch’s Mountain.

    Em Mika e a Montanha da Bruxa acompanhamos a jornada da garotinha Mika, de 14 anos, que deseja se tornar uma Bruxa. Ela chega ao topo da montanha de carona na vassoura de sua mãe, um bruxa experiente.

    Sua primeira missão é entregar sua carta de recomendação para Olagari. A bruxa anciã e guardiã do farol estrelar é a responsável por passar adiante os segredos da magia arcana na Monte Gaun.

    A mestre das bruxas parece não ter gostado muito da carteirada de Mika e decide a empurrar montanha a baixo numa espécie de teste ou lição, ainda não está claro para mim.

    O caminho de volta ao topo

    E é quando Mika chega ao pé da montanha que o caminho da nossa aventura fica um pouco mais claro. Logo no começo encontramos a artesã Allegra, uma dessas pessoas incríveis que está sempre disposta a ajudar quem precisa.

    Allegra oferece ajuda para consertar a vassoura que se quebrou na queda e neste processo descobrimos que a atual vassoura de Mika é a versão mais simples e não tem nenhuma condição de retornar ao topo da montanha.

    Mika-and-the-Witchs-Mountain-gameplay Primeiras impressões de Mika and the Witch's Mountain no Playstation
    Mika and the Witch’s Mountain gameplay

    Mika precisa retornar para o topo e o único caminho é fazer o upgrade de vassoura. No entanto é necessário dinheiro e a única forma de conseguir esse dinheiro é ocupando a vaga no trabalho de entregas que está livre no vilarejo.

    E desta forma está instalada o ciclo da gameplay de Mika and the Witch’s Mountain. Que é basicamente fazer entregas de vassoura na ilha enquanto conhece seus interessantes habitantes e as belezas do lugar.

    O jogo é muito bonito, tem um visual colorido e por motivos óbvios é fácil trazer a influência do Studio Ghibli e sua obra “O serviço de entregas de Kiki”.

    A história é contada num tom leve que de alguma forma lembra animação infantil e ajuda a dar uma vibe “cozy game” para coisa.

    Os personagens me pareceram interessantes não só pelo visual mas alguns apresentaram questões interessantes. E sinceramente não vejo a hora de avançar no game para entender melhor as motivações de alguns deles.

    Uma ilha inteira para explorar

    Os habitantes são peças importantes, mas não podemos deixar a ilha em segundo plano. Uma vez que ela é muito bonita e nos convida a explorar cada pedaço.

    Outro bom motivo para explorar é minha busca pelos colecionáveis em forma de pequenas estatuetas. A gente pode usa-los para comprar itens como novos trajes para Mika ou chaveiros para a vassoura.

    A narrativa está ligada ao desejo de Mika se tornar uma bruxa, mas para realizar isso ela precisa encontrar uma forma de retornar ao topo da montanha.

    O caminho que ela encontrou foi recuperar sua vassoura com a artesã Allegra e começar a fazer entregas. Greff o seu novo chefe é quem administra essa empresa.

    Mika-and-the-Witchs-Mountain-gameplay-PS5 Primeiras impressões de Mika and the Witch's Mountain no Playstation
    Mika and the Witch’s Mountain gameplay

    Em um primeiro momento a ideia era só conseguir dinheiro para comprar uma vassoura melhor, mas depois Mika foi convencida da importância de ajudar as pessoas do vilarejo.

    As entregas recebem notas de seus clientes, Mika só recebe o pagamento por ela se a nota for verde. O detalhe é que alguns itens não podem ser molhados, outros são frágeis e alguns tem um prazo curto para serem entregues, como um sorvete por exemplo.

    De forma geral este não é um jogo estressante, o maior desafio é se adaptar com o controle enquanto voo na vassoura. Ele se mostrou pelo menos neste começo um pouco difícil de dominar.

    As primeiras impressões de Mika and the Witch’s Mountain são boas, eu gostei do que vi até agora e confesso que o universo e a narrativa me deixaram com o desejo de ver mais.

    Assim que eu terminar o jogo eu volto com a análise completa do game. Estou jogando no Playstation 5 com uma cópia gentilmente cedida pelo estúdio. Agradeço pela confiança em nosso trabalho.

  • PS5 e PSVR2 devem ter bons descontos na black friday

    PS5 e PSVR2 devem ter bons descontos na black friday

    O já conhecido e estabelecido leaker Billbil-Kun revelou hoje que a Sony Playstation está preparando bons descontos para a sua promoção e vai ter PS5 e PSVR2 na Black Friday.

    Nos planos revelados a pouco, ele detalhou descontos significativos para o mercado Europeu. O PSVR2 deve chegar ao menor preço histórico na França.

    A redução dos preços deve ser encontrada na loja online da Playstation e em diversos varejistas que aderirem a campanha no mercado francês. País em que está baseado o leaker.

    O público vai encontrar os descontos de black friday de 22 de Novembro ao dia 12 de Dezembro:

    • Playstation 5 slim – edição padrão: de 549,99 por 474,99 euros
    • Playstation 5 slim – edição digital: de 449,99 por 374,99 euros
    • Playstation VR 2 : de 399,99 por 332 euros
    • PSVR2 Horizon CotM bundle : de 399,99 por 332 euros

    Billbil-Kun confirma que a nova edição de PS5 Fortnite Cobalt Star também receberá o desconto das versões padrão.

    Vimos nos últimos dias o PSVR2 aqui no Brasil atingir seu menor preço histórico em diversos varejistas, incluindo a Amazon .

    Agora é torcer para a campanha de fora trazer bons descontos para PS5 e PSVR2 na Black Friday também no Brasil.

    fonte

  • The Long Dark – um ensaio sobre a solidão e a finitude

    The Long Dark – um ensaio sobre a solidão e a finitude

    Recentemente, me aventurei na difícil missão de abrir o catálogo da Playstation Store e escolher um jogo para passar o tempo. A tarefa, que deveria ser fácil, pode ser especialmente desafiadora para gamers indecisos como eu. Às vezes, o excesso de opções nos faz parecer um pouco ingratos, já que não é raro deixarmos passar quase despercebidos jogos que podem nos proporcionar momentos divertidos.

    Desta vez em específico tive sorte, já que me deparei com o jogo da desenvolvedora do oeste canadense Hinterland Studio, chamado The Long Dark. O título não é novo, foi lançado em 2014, há quase dez anos, e traz a história de William Mackenzie, piloto de avião no gélido deserto canadense. O game conta com duas opções de jogo, o modo história e o sandbox. Sendo este último o modo que mais investi meu tempo, e, portanto, será o foco deste texto.

    Ademais, vale ressaltar que o jogo foi inicialmente lançado apenas com o sandbox, sendo que o modo história foi adicionado quase três anos depois de sua estreia, deixando a impressão de que não era a prioridade da desenvolvedora.


    O game é ambientado ao norte do Canadá, em uma região inóspita e com escassez de recursos, em que praticamente só se vê neve e gelo. The Long Dark e a solidão são inseparáveis. Podemos escolher um dos doze mapas iniciais disponíveis (que se interligam a medida em que o mapa é explorado), tendo um objetivo claro: o de sobreviver o máximo de tempo que puder, mas com a consciência de que o fim te espreita, sendo que flertamos com ele a todo momento.

    O arrependimento e o frio como companhia

    Um fator interessante no jogo é que a morte do personagem é permanente, e as ações tomadas são todas sem possibilidade de arrependimento. Aliás, me desculpe, o arrependimento não só é possível, como é também presença constante, o jogador somente não tem a opção de se valer de um checkpoint e refazer seus últimos atos.

    Esta dinâmica torna tudo mais interessante. A primeira vez que joguei, confesso, me senti agoniado. A visão inicial é do gelo e mais nada. Não há tutorial ou itens para ajudar na jogatina. O jogador nasce em local aleatório do mapa e tem que sobreviver. Simples assim.

    O principal inimigo do jogador é o frio, além dos animais que dividem o espaço com você. Isso é o suficiente para aniquilar qualquer pessoa sem superpoderes. Os lobos e ursos que habitam o local estão em busca de alimento, e deixam claro, a cada encontro, que você está certamente abaixo deles na cadeia alimentar, escancarando a vulnerabilidade do nosso personagem.

    Durante a campanha é possível se ambientar melhor com a mecânica, os comandos e os recursos que aos poucos são descobertos no mapa. Tudo é sutil, efêmero e pode passar batido pelos olhos dos jogadores mais desatentos.

    Contudo, não acredito que jogadores desatentos consigam explorar bem o game. Cada detalhe pode fornecer ao jogador um suspiro de vida. Um graveto que você encontra agora, pode servir de valioso combustível para a fogueira que propiciará sobrevida ao personagem. Um saquinho de chá escondido num caixote velho dentro de uma cabana abandonada pode aquecer o jogador e livrá-lo do sempre presente risco de hipotermia.

    The Long Dark e a solidão

    O jogo é uma ode à solidão, e deixa um sabor agridoce justamente por esta razão. A imensidão branca e agressiva do gelo quase faz emergir um grito de socorro no início da gameplay, um clamor para ter alguém para partilhar essa saga que leva a lugar nenhum.

    Porém, é interessante como aos poucos nos acostumamos com esta condição. O ambiente gelado e infinito se incorpora na existência do personagem, nos fazendo compreender que o que nos resta às vezes somos nós mesmos e a vontade de seguir rumo ao imponderável final.

    Esta é, inclusive, outra característica marcante do jogo. O fim está sempre rondando a cabeça do jogador. Não importa o quão bom você seja, não tem vitória, final triunfante e créditos após terminar a história. Neste modo sandbox não há esta opção. O jogo nos convida a perder, seja agora ou daqui a pouco.

    Sempre que jogo The Long Dark me encontro com esta parte de mim que o título conseguiu fazer florescer tão bem, com a certeza de que no trajeto o fim é sabido e inevitável, mas que o que vale mesmo são as experiências que acumulamos. Talvez seja essa a proposta do jogo pra mim. Em conclusão, trajeto vale mais que tudo.


  • Darksword Battle Eternity chega ao PSVR2

    Darksword Battle Eternity chega ao PSVR2

    Ambientado em um mundo de fantasia medieval ameaçado pelo poder do mal, Darksword é o jogo de ação em VR que acaba de chegar ao Playstation VR 2. Ele mistura elementos de RPG, Roguelite e Hack and Slash para entregar ação rápida em arenas e que vai te fazer se movimentar um bocado.

    Darksword: Battle Eternity já estava presente nas plataformas Meta Quest, Pico e Steam VR. E com a chegada do game ao PSVR2 a desenvolvedora sul coreana Com2uS ROCA torna-se a primeira do país a publicar um jogo VR nas mais importantes plataformas do segmento.

    Gameplay divertida

    Me diverti jogando este game e logo de cara, inevitavelmente, já o comparei com o Legendary Tales. Darksword tem um pegada mais arcade, mais rápida e menos profunda, mas que vai fazer você gastar energia. Neste sentido podemos dizer que o jogo está mais próximo de outro game, o Swordsman VR, mas sem o “peso” da física no combate também presente naquele game.

    • Darksword_psvr2_screenshot_1-small Darksword Battle Eternity chega ao PSVR2
    • Darksword_psvr2_screenshot_6-small Darksword Battle Eternity chega ao PSVR2
    • Darksword_psvr2_screenshot_7-small Darksword Battle Eternity chega ao PSVR2

    No game seguimos a história de Blackwolf um antigo general que foi amaldiçoado com o poder da Darksword. Do ponto de vista narrativo não há nada memorável aqui, o forte do game está na gameplay. Ela consiste em derrotar todas as ondas de inimigos da arena para seguir a próxima. O combate segue o esquema hack & slash, que em realidade virtual demanda bastante energia, já que estamos efetivamente movimentando os braços para usar a espada, escudo e arco e flecha.

    A campanha está dividida em três “torres”, cada andar da torre é uma arena. Eventualmente ao concluir um andar você poderá escolher um item dentre uma seleção aleatória de três disponíveis. Podem ser habilidades, aumento de vida, um machado que retorna a sua mão ao ser chamado, dentre outros. Os inimigos derrotados podem deixar moedas, armas ou itens para serem utilizados na forja para criar ou subir uma arma de nível.

    Os inimigos são variados e ir aprendendo como eles se comportam para defender e atacar adequadamente é boa parte da diversão. Todas as torres tem chefes e semi chefes, alguns rendem batalhas épicas, mas não entrarei em detalhes aqui, para evitar spoilers. Levei por volta de 15hs para concluir a campanha e vencer a área nova (com novos chefes) da dlc.

    Combate

    No combate temos a opção de utilizar a espada ou o arco e flecha. Ao pressionar o gatilho para usar a espada, imediatamente um escudo de energia se materializa em nossa outra mão. O Detalhe é que não podemos abusar do escudo porque após alguns ataques ele precisa de algum tempo para voltar a estar disponível.

    Por outro lado, o arco e flecha, que sempre funciona em VR, é acionado com o gatilho da outra mão. Depois basta usar a mão livre para materializar uma flecha e disparar. Neste caso não há escudo, então é bom garantir alguma distância do inimigo para não tomar dano a toa.

    Há ainda o dash que pode deixar os inimigos atordoados por um curto período de tempo. Podemos usar apenas três, mas eles voltam a estar disponíveis depois de seu tempo de carregamento. Ele é pode ser útil durante a luta ou para escapar daqueles ataques indefensáveis. O curioso é que o dash foi atrelado ao teletransporte, feito com a alavanca do controle. Como eu geralmente não uso teletransporte como meio de locomoção em VR, eu demorei para notar que havia uma outra função ali.

    Companheiros de luta

    Darksword_psvr2_screenshot_3-small Darksword Battle Eternity chega ao PSVR2

    Uma vez em cada torre temos a oportunidade de escolher um “mascote” que irá lutar ao nosso lado. Neste game eles são chamados Merlins, são apenas três variedades, todas bonitinhas e simpáticas, um arqueiro, um de cura e um especialista em combate com espada.
    Lutam ao nosso lado enquanto a barra de vida deles durar e volta e meia fazem graça como dançar ou tentar chamar nossa atenção acenando. O que é uma distração bem vinda em meio ao calor das batalhas.

    Faca de dois gumes

    Darksword é o jogo de ação em VR que bebe um pouquinho de várias fontes para entregar um game de ação com um ritmo rápido, e o faz bem neste sentido. Ao mesmo tempo, ele não se aprofunda em nada, e por isso fiquei com a sensação que a desenvolvedora poderia ter explorado melhor suas inspirações.

    O combate não é baseado em física, e talvez por isso não notei uma grande diferença ao trocar o tipo de espada usada. Nem mesmo há uma diferença perceptível entre causar 70 ou 700 pontos de dano no inimigo, para além dos número na tela.
    Por isso não me senti motivado a coletar os itens necessários para criar novas armas pela variedade. Nas poucas vezes que fiz isso foi apenas para garantir um dano total maior.

    As mecânicas de RPG e Roguelite inseridas são rasas, as habilidades que adquirimos durante uma tentativa desaparecem ao morrermos e retornarmos a base. Eu gostaria que ao ir subindo o nível do personagem eu pudesse escolher alguma habilidade que permanecesse e tivesse relevância durante a campanha.

    Sem multiplayer

    Darksword é o jogo de ação em VR que já estava em todas as principais plataformas, mas que só agora chega ao Playstation VR. A desenvolvedora informou que priorizaram em trazer o game e a DLC para o PSVR2, mas neste processo a opção de multiplayer ficou de fora.
    O que é uma pena, porque dada a característica de ação rápida do jogo, certamente seria divertido entrar nas batalhas com amigos.

    Visual, áudio, localização e desempenho

    O game apresenta gráficos medianos, eu confesso que esperava mais. Já que Darksword é o jogo de ação em VR em que o combate é feito em arenas, ou seja, áreas limitadas e que não demandam demais da plataforma. Suspeito que os desenvolvedores não tenha implementado a renderização dinâmica ligada ao rastreamento ocular do PSVR2 que garante a entrega de visuais muito bons.

    Eu gostei do fato dos dublarem os personagens e do áudio que funciona de forma geral. Os inimigos mais simples tem um repertório bem limitado, mas não compromete. O game não possui legendas em Português do Brasil e por isso acabei jogando em inglês mesmo. Um fato curioso é que logo quando liguei o game ele abriu em coreano e tive que jogar até perder sem entender muita coisa. Porque só podemos acessar o menu de opções no lobby central, para onde voltamos ao morrer.

    Não tive problemas de desempenho como quedas de frame ou de tracking dos controles. No geral as coisas funcionam como deveriam, mas como disse antes, visualmente falando o game não exige muita coisa.

    Problemas

    A parte gráfica deixa um pouco a desejar, um bom parâmetro disso é o texto apresentado sobre os itens na arena. Podemos ver o serrilhado de longe e é muito difícil ler depois de uma certa distância.

    Um único tipo de inimigo apresenta um bug, um cavaleiro chamado Tempest por algum motivo bugava e deixava “cair” toda a parte superior do corpo, mantendo apenas as pernas eretas. Além de quebrar a imersão, isso também dificulta um bocado os headshots. Curiosamente, ao atacar a animação voltava ao normal, este problema só permanecia enquanto ele andava pelo cenário.

    Talvez o maior problema seja o desequilíbrio no game. Em alguns momentos você já está forte o bastante para acabar com os inimigos iniciais de forma muito rápida. Enquanto nesta mesma tentativa descobre que o dano causado em determinado boss é insignificante. Em mais de uma ocasião eu simplesmente desisti de lutar com o chefe porque mesmo conhecendo e evitando seus ataques, os meus não faziam muita coisa e se eu seguisse lutando a batalha se estenderia por tempo demais.

    Vale a pena?

    Bom, Darksword acabou, e aí? Eu recomendo, mas é bom dosar a expectativa. O game é divertido, entrega ação rápida e viciante com um pouquinho de vários gêneros combinados. Além disso, a experiência é agradável em boa parte de suas 15hs de campanha.

    Isso não significa que Darksword não tenha problemas, a parte visual e o desequilíbrio em alguns momentos são pontos que poderiam ser aprimorados pelos desenvolvedores. E a inclusão de um multiplayer tornaria a oferta significativamente mais atrativa.

    Nossa análise foi realizada no Playstation VR 2 com uma cópia de avaliação do game gentilmente cedida pela Com2uS ROCA. Agradecemos ao estúdio pelo apoio ao nosso trabalho.

  • Sugar Mess e seu ritmo doce

    Sugar Mess e seu ritmo doce

    Tentar definir este jogo é difícil porque a “bagunça” parece não estar no titulo a toa. O game mistura diferentes estilos de jogo num pacote acessível, com ritmo agradável e que acaba de receber um update significativo. A atualização Pesadelo de Sugar Mess chega o Playstation VR 2 e traz novas fases, novas mecânicas e inimigos mais poderosos. O que posso garantir é que o game se aventura por diversos estilos de gameplay e o faz bem. E como o game é curto a gente fica com o gostinho de quero mais.

    Em um primeiro momento eu definiria Sugar Mess como um shooter sobre trilhos ou um wave shooter, mas essa definição seria precipitada já que o game tem fases musicais em que é preciso tocar instrumentos ou dançar, além de quebra cabeças. Então na real, o melhor é não tentar definir uma categoria aqui porque na minha opinião esta combinação de diversos estilos de gameplay é exatamente o ponto alto do game. Sugar Mess chega ao Playstation VR 2 e tem também uma demo gratuita disponível na ps store. O game também está disponível nas lojas de realidade virtual Pico, Meta Quest e logo chegará a Steam.

    Após um breve tutorial, nos encontramos num sótão que serve como nossa base. Nele há um fliperama (arcade) onde podemos adquirir armas novas (são três no total) e jogar um mini game. Além disso, há uma mesa com um tabuleiro muito legal e o “pino” do Príncipe do Açúcar, o protagonista da campanha. É movendo esse pino no tabuleiro que escolhemos a fase que iremos jogar. Ao chegarmos a uma fase nova o tabuleiro dá lugar a um livro colorido com belas ilustrações que saltam de suas páginas e que ajudam a contar a história do jogo.

    O príncipe de açúcar e os robôs

    A gente começa a campanha com a gameplay clássica de um wave shooter, parado em um ponto enquanto os inimigos avançam sobre nós. Na fase seguinte estamos num carrinho sobre trilhos e atravessamos o mapa detonando os inimigos que aparecem pelo caminho até chegarmos a próxima fase em que temos que resolver um quebra cabeças para abrir um portão.

    Esse esquema segue até o fim da campanha e confesso que gostei disso. Intercalar estilos de gameplay em cada fase deixa o game longe da monotonia e cheio de surpresas. Como por exemplo, as fases em que o jogo usa mecânicas de jogos de ritmo / música, como tocar “tambores” numa trilha musical a lá guitar hero ou entrar no ritmo da música dançando usando orbes como em Synth Raiders.

    Visual, áudio e localização

    Na parte visual o jogo é bem colorido com uma pegada infantil e no geral os gráficos simples estão nítidos no PSVR2. A desenvolvedora JollyCo usou novas versões dos mesmos mapas da campanha no conteúdo da atualização Pesadelo, mas não achei que comprometeu o game.

    A trilha sonora é agradável e o game está localizado em português (tenho quase certeza de que é Português de Portugal). Infelizmente os desenvolvedores não dublaram o game nem em Inglês. E como conhecemos a campanha do game por um livro infantil de histórias eu gostaria de ter ouvido a narrativa na voz um narrador.

    Vale a pena?

    Sugar Mess acabou e ai? Com seu ritmo doce e desafio moderado é recomendação certa para crianças. Também recomendo para os adultos que estão começando na realidade virtual. Com uma boa e gostosa mistura de mecânicas já consagradas em outros títulos famosos, este me parece um excelente pacote de introdução a VR.

    Se você é veterano de realidade virtual eu recomendo cautela. A JollyCo executou bem as diferentes mecânicas no game. Mas, a campanha é curta, o desafio moderado e infelizmente não há possibilidade de alterar o nível de dificuldade. Por isso, é bom dosar as expectativas para não se frustrar.

    [editado após publicação da análise]: Sugar Mess recebeu um novo update que adiciona a possibilidade de alterar o nível de dificuldade, uma vinheta para maior conforto e acessibilidade e os controles de áudio para configurar trilha sonora e efeitos separadamente.

    Agradecemos aos desenvolvedores pelo envio da cópia digital do game para análise do jogo ( review ).