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  • Hotel Infinity no PSVR2: A Prova de que a Realidade Virtual ainda pode Inovar

    Hotel Infinity no PSVR2: A Prova de que a Realidade Virtual ainda pode Inovar

    Quando colocamos o headset PSVR2 para jogar Hotel Infinity, somos imediatamente apresentados a uma proposta ousada: esquecer as alavancas analógicas e explorar um hotel infinito com os nossos próprios passos. Desenvolvido pelo estúdio Chyr, a mesma mente por trás do aclamado Manifold Garden, o jogo é uma aula de como inovar em uma plataforma que ainda busca sua identidade. A versão para Meta Quest também está disponível, mas foi com o PSVR2 que realizamos esta análise.

    A premissa é tão genial quanto simples. Em uma área de 2m x 2m, o jogo utiliza portais e uma arquitetura impossível para criar a ilusão de que estamos percorrendo corredores intermináveis e salões grandiosos. Esta mecânica de room scale é a alma do jogo. A sensação de abrir uma porta e, ao atravessá-la, se encontrar em um espaço que logicamente não deveria existir é incrivelmente imersiva e surreal. É aqui que Hotel Infinity PSVR2 mais brilha, provando que a locomoção física é uma possibilidade pouco explorada nos jogos de VR.

    Hotel-Infinity-PSVR2-gameplay Hotel Infinity no PSVR2: A Prova de que a Realidade Virtual ainda pode Inovar
    Hotel Infinity PSVR2 gameplay surreal

    Para quem não tem o espaço ideal, o jogo oferece um modo estacionário com locomoção tradicional por controles. No entanto, é importante deixar claro: jogar assim é abrir mão do que há de mais especial na experiência. A magia de Hotel Infinity PSVR2 está justamente em se mover fisicamente, tornando a exploração uma parte orgânica e tátil da experiência.

    A Jornada e Seus Encantos

    A progressão em Hotel Infinity PSVR2 é guiada por puzzles diversos, que mantêm uma dificuldade bem equilibrada. Em cerca de duas horas, a experiência flui sem solavancos, convidando à contemplação de seus espaços não-euclidianos. A ambientação sonora é muito boa, com uma trilha que complementa perfeitamente o clima de mistério e descoberta, e a localização para o português do Brasil é um acerto.

    Contudo, a jornada não é perfeita. O jogo é linear e sua narrativa, contada sem uma única palavra, pode deixar alguns jogadores com vontade de mais substância, algo como a narrativa emocional encontrada em Maquette por exemplo. Além disso, o aspecto visual é, infelizmente, seu calcanhar de Aquiles. Os gráficos são bastante básicos e não aproveitam todo o potencial do PSVR2, possivelmente um legado do desenvolvimento cruzado com o Meta Quest 2. Problemas como texturas que oscilam e pop-in ocasional mancham a experiência visual.

    Hotel-Infinity-PSVR2-gameplay-ilusoes Hotel Infinity no PSVR2: A Prova de que a Realidade Virtual ainda pode Inovar
    Hotel Infinity PSVR2 gameplay cheia de ilusões

    Veredito Final

    Abaixo, um resumo dos principais pontos levantados na análise:

    Pontos FortesPontos Fracos
    Mecânica de Room Scale inovadora e bem executadaGráficos básicos, abaixo do potencial do PSVR2
    Arquitetura impossível e bons quebra-cabeçasNarrativa discreta e linear pode desagradar
    Trilha sonora e localização em PT-BRProblemas técnicos leves (texturas e pop-in)
    Experiência única e imersiva em VRUso do feedback tátil do controle é discreto

    Hotel Infinity PSVR2 não é um jogo perfeito, mas é uma experiência importante. Ele troca o polimento técnico brilhante por uma ideia genuinamente inovadora. Ele nos fez sair da experiência não apenas satisfeitos, mas reflexivos, imaginando as infinitas possibilidades que a realidade virtual ainda pode explorar. Para qualquer fã da mídia que busca algo verdadeiramente novo, este é um check-in obrigatório.

    Esta análise foi realizada com uma cópia de avaliação para PSVR2, gentilmente cedida pelo estúdio. Agradecemos a confiança depositada em nosso trabalho.