Categoria: Abrindo a caixa

Aqui estão as primeiras impressões deixadas pelos games. Coisas como a forma com a qual ele te ensina as mecânicas do jogo, se o tutorial está inserido na história, o tom da narrativa, trilha sonora e a parte visual.

  • Synth Riders Experience –  Barbie Dance ‘n Dream: rosa, bom e fofo

    Synth Riders Experience – Barbie Dance ‘n Dream: rosa, bom e fofo

    Fui pego desprevenido. Bom, pra ser honesto, quase isso. Então, reformulando: eu não sabia muito bem o que esperar de Synth Riders Expencience Barbie Dance n’ Dream, mas se tivesse parado para pensar sobre antes de ter jogado, não teria sido muito diferente do que experienciei.

    Peço desculpas pelo jeito atrapalhado que comecei meu texto. Foi uma das primeiras vezes que joguei Synth Riders e a primeira vez que joguei Barbie Dance n’ Dream. Suponho que os desenvolvedores não fizeram a DLC com a música da boneca pensando em um marmanjo de 33 anos como seu público alvo.

    Uma análise precisa

    Após jogar, entrei na Steam e me deparei com a análise feita ainda no primeiro dia do ano pela usuária denominada Suy, que acho extremamente oportuno colocar neste texto:

    Captura-de-Tela-2025-01-03-as-6.50.07 PM-1024x430 Synth Riders Experience -  Barbie Dance 'n Dream: rosa, bom e fofo
    Análise da usuária da Steam

    É rosa, é bom, é fofo. Talvez eu não consiga encontrar definição melhor que a da Suy, então não vou me atrever a tentar. Quero, contudo, deixar algumas impressões.

    Sou desengonçado quando o assunto é PSVR2, e isso fica evidente a cada vez que ligo o acessório de realidade virtual da Sony. Ainda tenho alguma vertigem em alguns jogos, mas, por outro lado, fico encantado com a imersão que ele traz.

    Com Synth Riders Experience não é diferente. De alguma forma o jogo me transporta para uma pista de dança bem interativa. Sabe quando você vai a alguma festa e te levam para a pista de dança e não te resta outra alternativa senão a de dançar? Pois bem, assim que me senti jogando o Barbie Dance n’ Dream.

    Sou descoordenado, então a interatividade do jogo é uma grande aliada para me ajudar a me manter no ritmo. As bolas verdes, rosas e douradas nos guiam por entre o ritmo e melodia. Se no começo tudo parece difícil, com o tempo nos acostumamos com a proposta e entramos na dança.

    Synth_Riders_Barbie_08-min-1024x576 Synth Riders Experience -  Barbie Dance 'n Dream: rosa, bom e fofo
    Imagem: reprodução

    Mesmo com a música da Barbie senti isso. Entrei no ritmo e quando menos percebi, a música tinha acabado. Logo após pulei do modo normal para o expert de uma só vez. O modo normal não tinha me desafiado o suficiente. Claro, falhei retumbantemente. Como meio termo, joguei no modo hard e consegui me dar bem.

    Venha para a pista, Gabi!

    Pedi para minha companheira Gabi testar a música e ela prontamente atendeu. Esse é um feito raro para ela, que é pouco interessada no universo dos jogos. O VR2 parece ter efeito diferente. Ela se interessa mais, talvez, pela novidade da imersão.

    A Gabi se arrumou, ajustou o VR na cabeça, se posicionou e começou a jogatina. Fiquei vendo de longe a performance dela, que estava melhor que a minha, admito. Ela parecia concentrada, mas teve condições de fazer um único e pontual comentário no meio do jogo: “que música é essa, hein?” sem, contudo, abandonar os movimentos. É, talvez provavelmente a Barbie também não quisesse atingir a ela.

    Quando acabou a partida ela fez mais algum comentário sobre a música, mas sem demora quis saber em qual posição no ranking ela tinha ficado, e também se fora melhor do que eu. Ela é competitiva.

    Barbie Dreams, a nova DLC de Synth Riders Experience é talvez melhor apreciada pela Suy, mas certamente demonstrou para mim e para a Gabi que independentemente da música, a atmosfera do game é envolvente e pode render boas horas de exercício e diversão.

    Eu tive minhas primeiras impressões com uma cópia de avaliação gentilmente cedida pelo estúdio. Agradeço pela confiança em nosso trabalho.

  • Human Fall Flat VR – quanto mais desengonçado melhor

    Human Fall Flat VR – quanto mais desengonçado melhor

    O mais desengonçado jogo de plataforma chegou à realidade virtual. Curve Games lançou Human Fall Flat VR para o PSVR2 , Meta Quest 2 e 3 e Steam VR no começo de Dezembro. E joguei algumas horas para descobrir como a adaptação do jogo de muito sucesso se saiu em VR.

    Eu não joguei a versão tradicional deste jogo, mas ele de forma alguma é desconhecido pra mim. Amigos já haviam recomendado o game no Nintendo Switch, alegando “uma experiência muito engraçada”.

    Além disso, a versão original de Human Fall Flat vendeu mais de cinquenta milhões de cópias. Ou seja, é improvável que qualquer pessoa minimamente interessada em games desconheça essa franquia.

    Controles esquisitos

    Assim que comecei Human Fall Flat VR o esquema de controle do me chamou a atenção. Controlamos nosso personagem em terceira pessoa. Mas controlamos suas mãos e braços emulando os movimentos dele na vida real.

    Confesso que precisei de um tempo para me adaptar a este esquema estranho e inovador. Que as vezes me lembrava controlar os braços de uma marionete. Mas quanto mais jogava mais ficava evidente que esta era a escolha ideal para o game.

    O jogo tem uma característica bem humorada que fica absolutamente clara na narração dos tutoriais. Ou mesmo no fato de termos que conduzir nosso personagem cambaleante e desengonçado por cenários oníricos. O que torna tarefa simples em missões difíceis e engraçadas já que agora não se trata apenas de apertar botões no joystick.

    Opções de conforto

    Encontramos três opções de conforto para VR: confortável, recomendada e imersiva. Elas visam adaptar o game a tolerância do jogador ao enjoo de movimento e a medo de altura.

    Então, independente do quão experiente em realidade virtual você seja, há uma opção para jogar aqui. Isto é importante porque a ideia central do game é cruzarmos um “sonho” (um nível), até chegarmos ao fim dele nos jogando no abismo.

    Esta versão do game conta com todos os níveis do original e mais uma seleção de níveis criados pelos mais talentosos membros da comunidade.

    Encontrei já nos primeiros níveis uma boa diversidade de ambientes como: estação de trens abandonada, penhascos, e zona industrial com guindastes e maquinário que me lembra empilhadeiras.

    Podemos jogar Human Fall Flat VR sozinhos ou com amigos no modo multiplayer online. E essa opção contempla toda a campanha ou o conjunto de sonhos do game.

    Pensando no multiplayer a ideia de customizar nosso personagem faz ainda mais sentido. Mesmo porque é legal vestir itens e skins para nos diferenciar de nossos amigos no mapa. Além de atribuir um tom ainda mais cômico as cenas engraçadas do jogo.

    Abrindo a caixa

    As primeiras impressões de Human Fall Flat VR são muito boas. Este é um daqueles casos em que as partes do game se conectam bem a um objetivo comum, que neste caso é divertir e fazer rir.

    Seja sozinho ou com amigos as risadas são garantidas, porque o simples ato de carregar uma caixa de um lado ao outro pode ser mais desafiador que o esperado.

    Os desenvolvedores conseguiram deixar um game desengonçado ainda mais atrapalhado com a adição do VR, o que nesse caso é algo muito bom.

    Vou seguir jogando e assim que tiver concluído a campanha, volto para uma análise completa e mais detalhada do game.

    Eu tive minhas primeiras impressões com uma cópia de avaliação gentilmente cedida pelo estúdio. Agradeço pela confiança em nosso trabalho.

  • Yugo e a carona com desconhecidos

    Yugo e a carona com desconhecidos

    Você pegaria ou daria carona para um desconhecido? O estúdio In Two Minds decidiu criar um espaço virtual para proporcionar a experiência de encontrar pessoas aleatórias na estrada. Yugo e a carona com desconhecidos é uma dessas ótimas ideias que aparecem do nada e que carregam o espírito indie.

    Yugo é um desses games com foco no social em que você pega ou dá carona para pessoas desconhecidas numa estrada esquisita que tem cara de fim de mundo.

    Com a finalidade de entender melhor aquelas inspirações, descobri que tanto o carro quanto o cenário, que apesar de abstrato, têm inspirações na Iugoslávia.

    Gostei de saber que os desenvolvedores criaram o carro do jogo com base num modelo homônimo produzido naquele país em 1980. Me lembrou do nosso Gurgel.

    No jogo você cria um lobby para receber alguém ou entra no carro de outra pessoa. Da última vez peguei carona com um jogador japonês.

    A gente gastou um tempo tentando nos comunicar e de alguma forma conseguimos. Misturamos português, japonês e inglês e diverti um bocado!

    A fim de tornar a experiência mais próxima de uma road trip, a gente pode selecionar uma rádio online para servir de trilha sonora enquanto dirigimos pela estrada sem fim. Felizmente algumas combinam bastante com a atmosfera do game.

    Yugo se define como um “não jogo” e o resultado da experiência vai depender das pessoas envolvidas ali. Mais ou menos como uma carona na vida real.

    Se a ideia de carona no fim do mundo te interessar, Yugo está disponível na Steam por apenas R$10. E quanto mais gente na estrada (servidores) melhor.

  • Karma: O mundo sombrio – demo

    Karma: O mundo sombrio – demo

    Na última Steam Vem Aí joguei a demo de Karma The Dark World ( Karma O mundo sombrio ) e fiquei ainda mais intrigado com o game. Escolhi essa demonstração depois de ter me interessado pelo jogo após ver um de seus trailers. E confesso todas as minhas expectativas foram superadas após os cinquenta minutos em explorei um pedaço daquele mundo.

    A desenvolvedora Pollard Studio produziu e a Wired Productions vai distribuir o game que e também será lançado para Playstation 5 e Xbox X. Na pagina do game ele é descrito assim: “Karma: o Mundo Sombrio é um jogo de suspense psicológico cinemático em primeira pessoa, ambientado num mundo distópico e dominado pela Leviathan Corporation. O ano é 1984, o lugar é a Alemanha Oriental e as coisas não são bem o que parecem.

    Na demo encarnamos Daniel, um agente da Leviathan que acaba de acordar na cama de um quarto do que poderia ser um hospital. Ele não sabe onde está e nem o que está fazendo ali. A qualidade do universo criado, texto e a dublagem me prenderam desde o começo do game.

    Ao avançar e ver um pouco mais no mundo me deparei com questões sobre poder de grandes corporações, sobre a mente humana e o que define a realidade. O terror psicológico que encontrei aqui não decepciona e por isso saio da demo com inúmeras questões e bastante empolgado para encontrar as respostas quando o game for lançado.

    Karma O mundo sombrio ainda não tem data de lançamento definida. E por isso você deveria adicionar o game a sua lista de desejos para ser avisado quando o momento chegar. A demo ainda está disponível e ela já vale a pena só pela musica que toca no final.

  • Keep Driving – deixe a estrada te levar

    Keep Driving – deixe a estrada te levar

    Quem ama a estrada sabe que a viagem é mais sobre o caminho que o destino. E quem vos escreve adora cicloviagem e compartilha deste pensamento. Por isso, fui imediatamente fisgado por um game celebra a vida na estrada. Keep Driving une RPG e gerenciamento com combate por turnos para entregar uma aventura bem interessante.

    Eu joguei a demo do game que estava disponível no Steam Vem Aí de Outubro, e fiquei muito animado. Nela é inicio dos anos 2000 e você encarna o papel de estudante em suas férias de verão que decide visitar um antigo amigo que mora distante para jogar videogame.

    Para isso, você pega o Sedan 1981 de seus pais emprestado e deve chegar ao destino em até seis dias. Cruzando o mapa e fazendo o trajeto que quiser, com toda a liberdade para decidir dar ou não carona, fazer trabalhos temporários ou explorar trilhas a pé quando encostar em alguma cidadezinha.

    Na estrada

    Eu fiquei impressionado em como o game conseguiu entregar uma identidade própria e que dialoga muito bem com sua premissa. Exploramos um lindo mundo em pixel art com uma excelente trilha sonora (a rádio do carro) que é composta por bandas indies suecas.

    Enquanto dirigimos pelas estradas aparecem eventos que podem ser apenas reflexões de nosso protagonista, em que devemos escolher uma resposta e isso pode gerar alteração dos status. Ou, eventos que geram “combates” como buracos na pista, trator adiante ou objeto na estrada.

    Loja-Keep-Driving Keep Driving - deixe a estrada te levar

    Combate e gerenciamento

    É estranho chamar de combate a situação de estar atrás de um trator na rodovia, mas jogando isso faz muito sentido. O combate em Keep Driving é feito por turnos e envolve o uso de habilidades e recursos como combustível, energia do motorista e itens.

    Em seu turno você também pode usar as habilidades da galera que está de carona em seu carro. Os danos sofridos podem impactar não só a integridade do carro, mas também o nível de combustível ou o motorista.

    E é aí que as coisas começam a complicar porque é preciso administrar o combustível, o dinheiro, a integridade do carro e as condições do motorista. Porque se qualquer um deles chegar a zero perdemos o jogo.

    Posto-Keep-Driving Keep Driving - deixe a estrada te levar

    Keep Driving une RPG e gerenciamento com combate por turnos para entregar uma aventura que me deixou ansioso para a versão final do jogo. O estúdio sueco Y/CJ/Y ainda não definiu a data de lançamento do jogo. Eu já botei o game na minha lista de desejos e se fosse você o manteria em seu radar também.

  • Arizona Sunshine Remake

    Arizona Sunshine Remake

    A Vertigo Games lança hoje o remake de um dos grandes jogos de zumbi em realidade virtual. Arizona Sunshine Remake está disponível nas principais plataformas VR, PSVR2, Meta Quest e Steam VR. E promete elevar o patamar do premiado game original com gráficos e combate melhores, além do modo multijogador para até 4 jogadores.

    primeiros 15 minutos de Arizona Sunshine Remake

    A versão de 2017 já era uma das que mais gostava no primeiro headset de realidade virtual da Sony. Por isso, o simples fato de deixar os controles confusos da geração passada já valia o investimento para mim. Como eu já tinha a versão de Playstation 4 o upgrade para a versão de PS5 custou apenas U$10 (R$54). O remake inclui todas as dlcs lançadas no jogo original e diversas melhorias.

    Joguei o game há pouco e a primeira impressão é muito boa. Os gráficos realmente condizem com a geração atual, o combate e os controles são melhores e o sistema de desmembramento dos zumbis deixa a coisa mais interessante e sangrenta.

    É possível fazer toda a campanha com um outro jogador, o que me parece uma boa ideia já que ela não é tão longa assim. Há também o modo Horda que oferece suporte para até quatro jogadores. Mas não se engane, o nível de dificuldade e de fome dos zumbis de acordo com o número de jogadores no modo multijogador.

    Dá para esquecer?

    Eu gosto muito da história de uma das dlcs e confesso que gostaria de poder joga-la pela “primeira vez” novamente, porque o plot twist no final me deixou impressionado quando joguei a versão original no ps4.

    Nos próximos dias vou refazer a campanha e as dlcs, além de jogar o modo multijogador para trazer a análise completa de Arizona Sunshine Remake.

    Fiquem ligados, logo mais tem o review completo aqui!

  • Tower defense para realidade virtual – Encircled

    Tower defense para realidade virtual – Encircled

    Encircled é um tower defense para realidade virtual que te coloca no papel de uma espécie de guardião espiritual supremo. O game, desenvolvido pela Core Strand, está disponível para os headsets Meta Quest e Playstation VR 2 por dez dólares ou pouco mais de cinquenta reais.

    Em minhas primeiras impressões de Encircled no PSVR2 o jogo demonstrou uma enorme quantidade de camadas estratégicas. Seus guerreiros tem habilidades distintas com forças e fraquezas e podem ser melhorados ao longo das batalhas.

    Para poder adicionar guerreiros ou aprimora-los no mapa é preciso gastar “almas”, que é basicamente a moeda do jogo. Conseguimos mais almas ao destruirmos inimigos durante as ondas. Ao jogar no nível mais fácil, uma partida tem 20 ondas, enquanto no nível padrão são 40 ondas.

    Exército da natureza

    A nossa disposição temos diversos guerreiros disponíveis para impedir os inimigos invadam e cruzem o nosso mapa. O que me chamou atenção aqui é que nosso exército temos animais como: furão, capivara, águia, raposa e tartaruga. O que achei um pouco inesperado, mas de alguma forma condizente com a ambientação e trilha sonora do jogo, toda inspirada no lance do poder da natureza.

    Eu confesso que não costumo jogar tower defense para realidade virtual, então tenho pouca margem para comparação, mas minha impressão foi boa. A parte gráfica simplista não me empolgou. Mas fiquei surpreso com a quantidade de possibilidades e camadas a serem dominadas para vencer o game.

    Além disso, tem o detalhe importante e que diferencia esse game em VR que é a possibilidade de eu, em primeira pessoa, atacar os inimigos com minhas próprias mãos. Temos uma quantidade limitada de energia, e podemos usa-la para atacar os inimigos, como se fossem raios mágicos. Podemos atribuir um atributo elemental ao nosso ataque uma vez que os inimigos podem ser vulneráveis ou imunes a determinados elementos.

    Encircled tem muitas camadas e me parece demandar algum tempo até assimilarmos todas as suas camadas estratégicas. Meu principal incomodo é que o game não te diz tudo, e é preciso aprender algumas coisas na prática, o que pode gerar alguma frustração. Mas para quem quer a estratégia de tower defense para a realidade virtual num preço acessível este indie game pode ser uma opção.

    Eu testei o game para estas primeiras impressões na versão do PSVR2. Agradeço aos desenvolvedores por enviarem uma cópia do game para avaliação.

  • Snow Scout chega ao  PSVR2

    Snow Scout chega ao PSVR2

    Lançado dias atrás, Snow Scout chega ao Playstation VR 2 e promete entregar uma aventura em esquis para a realidade virtual. O game mostrou algumas semelhanças com o aclamado indie Firewatch em seus trailers. Por certo eu estava ansioso para jogar e deixar aqui as primeiras impressões de Snow Scout no PSVR2.

    O jogo começa nos situando na história até ali. Você teve anos muito difíceis e decide que precisa de um tempo para se reestabelecer. Encontra em uma vaga de trabalho voluntário e solitário a oportunidade de escapar e se reconectar consigo mesmo fazendo voto de silêncio.

    A caminho da região da estação de esqui no teleférico recebemos orientações sobre o game. O personagem do jogo dá informações sobre o que está no jogo e também fora dele. As configurações de conforto do game e a recomendação para que eu me comportasse como faria na vida real e não como um “gamer”, são exemplos disto.

    A relação com Veronika

    Chegando ao local em que você passará os próximos sete dias somos apresentados a Veronika ou “Vreni”. Ela é sua superior e irá lhe instruir sobre o trabalho. O estúdio alemão Tunermaxx utiliza o mesmo esquema de Firewatch, a conexão por um rádio (walkie-talkie) como única forma de contato com a outra personagem.

    E primeiro lugar sou a introduzido ao meu equipamento: o óculos de realidade aumentada que me dá informações virtuais sobre as áreas e pistas de esqui. Uma mochila, muito próxima da que conhecemos em TWD Saints & Sinners. E um tablet que concentra o log de diálogos, opções do game, informações sobre missões e também serve para fotografar pássaros.

    Depois Vreni me dá instruções para que eu aprenda a esquiar e me deslocar na neve. Felizmente Snow Scout vai ensinando o que é preciso de forma orgânica e integrada a narrativa. Isto ajuda a não quebrar a imersão e reforça a proposta dos desenvolvedores de vivenciarmos o jogo como nós mesmos.

    Imersão nas alturas

    Esquiar demanda energia na vida real! Afinal ao invés de apenas apertar botões para se movimentar é preciso fazer grandes movimentos com os braços, simulando os movimentos reais de esquiar. Essa é uma das vantagens de estar “dentro” do game em realidade virtual (VR). A sensação de estar deslizando na neve morro abaixo e poder girar minha cabeça na direção do barulho de um passarinho é muito legal e imersiva.

    Nas primeiras impressões de Snow Scout no PSVR2 vi uma parte das tarefas que farei ao longo dessa semana de silêncio e neve. Abrir e testar as pisas de esqui, garantir que a área seja segura para turistas, reciclar lixo, observar pássaros, ouvir Vreni e cortar lenha para aquecer a cabana onde passo a noite. Eu adorei este primeiro contato e não vejo a hora de voltar para o meu retiro nos Alpes.

    primeiras impressões de Snow Scout no PSVR2
  • Primeiras impressões de Dead Second no PSVR2

    Primeiras impressões de Dead Second no PSVR2

    Neste final de semana consegui jogar Dead Second, que acaba de chegar ao Playstation VR 2. O game é um um jogo de tiro e ação arcade, inspirado em clássicos dos 90 como Time Crises e Virtua Cop, e com base nas primeiras impressões de Dead Second no PSVR2, ele não fica pra trás em relação a suas inspirações.

    A desenvolvedora australiana Spunge Games, já tinha lançado Dead Second para Meta Quest e Steam VR. Agora o game chega ao headset de realidade virtual da Playstation.

    Arcade Shooter em VR

    A principal característica deste tipo de game é que temos que nos locomover no jogo de ponto a ponto. Exatamente como nas maquinas que jogávamos na décadas de 90. Isso significa que você não tem liberdade para caminhar pelo cenário. Este ponto poderia ser visto como algo exclusivamente ruim, mas em contrapartida, isso ajuda a tornar o game mais acessível para mais pessoas.

    A principal diferença deste para as referências do final do século passado é que em Dead Second você joga em realidade virtual. Em outras palavras, está “dentro” do game, e não fora apontando a arma para uma tela. Isso faz com que encontrar coberturas para se proteger durante a troca de tiros seja muito importante no jogo.

    Vibe dos anos 90

    O jogo premia o jogador com logins diários com créditos no game que podem garantir acesso a novas armas ou itens de customização. O tutorial é completo e objetivo. As opções de acessibilidade são boas e existe a opção de recarregar a arma manualmente ou de forma automática ao mirar para o chão.

    As primeiras impressões de Dead Second no PSVR2 são boas, me lembra Crisis Vrigade e de alguma forma o Operation Serpens. O game tem uma vibe de filmes e séries de ação da década de 90 e estou ansioso para jogar mais.

    primeiras impressões de Dead Second no PSVR2

  • Barbaria pancadaria e estratégia se encontram no PSVR 2

    Barbaria pancadaria e estratégia se encontram no PSVR 2

    A Playstation Store recebe hoje um game com uma proposta diferente, a Stalwart Games uniu em Barbaria pancadaria e estratégia no PSVR 2. Apenas degolar inimigos e triturar esqueletos não é o bastante. Para se dar bem é preciso uma boa dose de estratégia para montar e equipar seu reino contra os ataques dos invasores do modo multiplayer. O game que estreia hoje no PSVR2 por R$104,90, também está disponível em outras plataformas: Steam, Meta Quest 2 e Quest 3.

    Ao entrar em Barbaria você encarna um semideus bombadão e é acompanhado por um Globin que te apresenta como as coisas funcionam ali. É ele que vai introduzindo as diversas partes do game de forma competente e gradativa. E quando você se dá conta já está executando coisas bem diferentes. Como deixar momentaneamente o controle de seu campeão no meio da batalha para usar um dos poderes especiais de um semideus. E isso isso é feito com uma visão área e estratégica do campo de batalha.

    Clash of Clans encontra Swordsman VR ou Gorn

    O combate é parte essencial do game e me lembra um pouco do Swordman VR, só que de forma mais simples. Enquanto o visual está mais próximo de Gorn. A pancadaria é brutal e em primeira pessoa utilizando os controles de movimento do PSVR2. Você pode socar seus inimigos, o que é sempre uma delicia em VR. Mas pode também usar diversas armas disponíveis como machado, espada, marreta e arco e flecha. Além disso, os campeões possuem especiais diferentes e usa-los bem e no momento certo pode definir o curso de um ataque.

    A outra parte essencial é a criação de seu reino e a forma como você estrategicamente organiza suas defesas. Aqui você entra no modo Deus e vai conectando peças de reino e adicionando defesas como seu campeão, canhão, armadilha e outros monstros que se juntaram ao seu exército num esquema que lembra um jogo de tabuleiro. Cada uma dessas peças tem um custo e você tem um limite de pontos para gastar e garantir que seu reino possa se defender dos ataques que virão enquanto você estiver longe do headset.

    Barbaria conta com um modo multijogador assíncrono, a lá Clash of Clans, sempre online. Isso significa que você invadirá outros reinos mas os oponentes não estarão lá com o headset para garantir a defesa. O mesmo serve para quando seu reino for atacado outro jogador, isso só acontece quando você já tirou seu PSVR 2 e não pode participar da pancadaria, só restando a sua estratégia para defender seu reino.

    Só mais uma raid pra eu conseguir o upgrade

    Barbaria conta com muitas opções de melhorias que podem vir nos baús após os ataques ou adquiridas com os vendedores da sua fortaleza em troca de “violência” a única moeda do game. Há inúmeros itens para desbloquear, modos diferentes de batalha, armas, desafios, campeões, skins, leaderboard e muito mais.

    E é por aqui que o jogo te fisga, depois do momento introdutório você entra no loop de conseguir fazer aquele upgrade que “vai garantir” sua vitória contra os invasores. Ou ainda conseguir aquele item que você viu no replay do ataque do inimigo que o outro jogador tinha e você ainda não adicionou a sua coleção.

    Eu nunca havia me imaginado jogando esse tipo de jogo, mas confesso que esse looping que envolve obter itens e recursos na força bruta e depois usar estratégia para fazer frente aos outros oponentes é externamente viciante e novo pra mim. Não me recordo de uma proposta similar, nem no primeiro Playstation VR o que é um baita ponto para a desenvolvedora por se propor a unir em Barbaria pancadaria e estratégia no PSVR 2.

    Visual, áudio e texto

    O game não se leva muito a sério em relação a história e ambientação. O seu Goblin guia não perde uma oportunidade de dizer que ele está surpreso com sua vitória já que a expectativa sempre foi realmente muito baixa. O combate tem um lance meio exagerado e cômico as vezes. E tem ainda a surpresa na hora de customizar as cores do monstro da equipe. Ele literalmente desfila pra você ver aos olhares atentos do estilista goblin e com música de passarela tocando, completamente fora do contexto e eu adorei, 10/10.

    O game está disponível apenas em Inglês e apesar de achar que isso não irá comprometer a experiência como um todo, já que há pouco texto. As mecânicas do game são introduzidas via texto e isso pode gerar alguma frustração ao empacar em algum “tutorial” caso você não tenha nenhum conhecimento do idioma. As músicas são ótimas e de estilos variados, mas infelizmente não há dublagem.

    Conclusão

    Barbaria não só inova na proposta como entrega o que promete e por isso eu o recomendo. O game é do tipo que te dá a sensação de que é possível atingir / conquistar algo em uma sessão curta de jogo. Por isso consigo me ver visitando Barbaria por muito tempo, mesmo nos dias em que só tenho 20 minutos pra jogar. Ou ainda para intercalar entre as longas sessões de Gran Turismo 7, Saints & Sinners ou Resident Evil.

    Agradeço ao estúdio Stallwart Games pelo envio da chave do jogo para avaliação.