Categoria: Abrindo a caixa

Aqui estão as primeiras impressões deixadas pelos games. Coisas como a forma com a qual ele te ensina as mecânicas do jogo, se o tutorial está inserido na história, o tom da narrativa, trilha sonora e a parte visual.

  • Snow Scout chega ao  PSVR2

    Snow Scout chega ao PSVR2

    Lançado dias atrás, Snow Scout chega ao Playstation VR 2 e promete entregar uma aventura em esquis para a realidade virtual. O game mostrou algumas semelhanças com o aclamado indie Firewatch em seus trailers. Por certo eu estava ansioso para jogar e deixar aqui as primeiras impressões de Snow Scout no PSVR2.

    O jogo começa nos situando na história até ali. Você teve anos muito difíceis e decide que precisa de um tempo para se reestabelecer. Encontra em uma vaga de trabalho voluntário e solitário a oportunidade de escapar e se reconectar consigo mesmo fazendo voto de silêncio.

    A caminho da região da estação de esqui no teleférico recebemos orientações sobre o game. O personagem do jogo dá informações sobre o que está no jogo e também fora dele. As configurações de conforto do game e a recomendação para que eu me comportasse como faria na vida real e não como um “gamer”, são exemplos disto.

    A relação com Veronika

    Chegando ao local em que você passará os próximos sete dias somos apresentados a Veronika ou “Vreni”. Ela é sua superior e irá lhe instruir sobre o trabalho. O estúdio alemão Tunermaxx utiliza o mesmo esquema de Firewatch, a conexão por um rádio (walkie-talkie) como única forma de contato com a outra personagem.

    E primeiro lugar sou a introduzido ao meu equipamento: o óculos de realidade aumentada que me dá informações virtuais sobre as áreas e pistas de esqui. Uma mochila, muito próxima da que conhecemos em TWD Saints & Sinners. E um tablet que concentra o log de diálogos, opções do game, informações sobre missões e também serve para fotografar pássaros.

    Depois Vreni me dá instruções para que eu aprenda a esquiar e me deslocar na neve. Felizmente Snow Scout vai ensinando o que é preciso de forma orgânica e integrada a narrativa. Isto ajuda a não quebrar a imersão e reforça a proposta dos desenvolvedores de vivenciarmos o jogo como nós mesmos.

    Imersão nas alturas

    Esquiar demanda energia na vida real! Afinal ao invés de apenas apertar botões para se movimentar é preciso fazer grandes movimentos com os braços, simulando os movimentos reais de esquiar. Essa é uma das vantagens de estar “dentro” do game em realidade virtual (VR). A sensação de estar deslizando na neve morro abaixo e poder girar minha cabeça na direção do barulho de um passarinho é muito legal e imersiva.

    Nas primeiras impressões de Snow Scout no PSVR2 vi uma parte das tarefas que farei ao longo dessa semana de silêncio e neve. Abrir e testar as pisas de esqui, garantir que a área seja segura para turistas, reciclar lixo, observar pássaros, ouvir Vreni e cortar lenha para aquecer a cabana onde passo a noite. Eu adorei este primeiro contato e não vejo a hora de voltar para o meu retiro nos Alpes.

    primeiras impressões de Snow Scout no PSVR2
  • Primeiras impressões de Dead Second no PSVR2

    Primeiras impressões de Dead Second no PSVR2

    Neste final de semana consegui jogar Dead Second, que acaba de chegar ao Playstation VR 2. O game é um um jogo de tiro e ação arcade, inspirado em clássicos dos 90 como Time Crises e Virtua Cop, e com base nas primeiras impressões de Dead Second no PSVR2, ele não fica pra trás em relação a suas inspirações.

    A desenvolvedora australiana Spunge Games, já tinha lançado Dead Second para Meta Quest e Steam VR. Agora o game chega ao headset de realidade virtual da Playstation.

    Arcade Shooter em VR

    A principal característica deste tipo de game é que temos que nos locomover no jogo de ponto a ponto. Exatamente como nas maquinas que jogávamos na décadas de 90. Isso significa que você não tem liberdade para caminhar pelo cenário. Este ponto poderia ser visto como algo exclusivamente ruim, mas em contrapartida, isso ajuda a tornar o game mais acessível para mais pessoas.

    A principal diferença deste para as referências do final do século passado é que em Dead Second você joga em realidade virtual. Em outras palavras, está “dentro” do game, e não fora apontando a arma para uma tela. Isso faz com que encontrar coberturas para se proteger durante a troca de tiros seja muito importante no jogo.

    Vibe dos anos 90

    O jogo premia o jogador com logins diários com créditos no game que podem garantir acesso a novas armas ou itens de customização. O tutorial é completo e objetivo. As opções de acessibilidade são boas e existe a opção de recarregar a arma manualmente ou de forma automática ao mirar para o chão.

    As primeiras impressões de Dead Second no PSVR2 são boas, me lembra Crisis Vrigade e de alguma forma o Operation Serpens. O game tem uma vibe de filmes e séries de ação da década de 90 e estou ansioso para jogar mais.

    primeiras impressões de Dead Second no PSVR2

  • Barbaria pancadaria e estratégia se encontram no PSVR 2

    Barbaria pancadaria e estratégia se encontram no PSVR 2

    A Playstation Store recebe hoje um game com uma proposta diferente, a Stalwart Games uniu em Barbaria pancadaria e estratégia no PSVR 2. Apenas degolar inimigos e triturar esqueletos não é o bastante. Para se dar bem é preciso uma boa dose de estratégia para montar e equipar seu reino contra os ataques dos invasores do modo multiplayer. O game que estreia hoje no PSVR2 por R$104,90, também está disponível em outras plataformas: Steam, Meta Quest 2 e Quest 3.

    Ao entrar em Barbaria você encarna um semideus bombadão e é acompanhado por um Globin que te apresenta como as coisas funcionam ali. É ele que vai introduzindo as diversas partes do game de forma competente e gradativa. E quando você se dá conta já está executando coisas bem diferentes. Como deixar momentaneamente o controle de seu campeão no meio da batalha para usar um dos poderes especiais de um semideus. E isso isso é feito com uma visão área e estratégica do campo de batalha.

    Clash of Clans encontra Swordsman VR ou Gorn

    O combate é parte essencial do game e me lembra um pouco do Swordman VR, só que de forma mais simples. Enquanto o visual está mais próximo de Gorn. A pancadaria é brutal e em primeira pessoa utilizando os controles de movimento do PSVR2. Você pode socar seus inimigos, o que é sempre uma delicia em VR. Mas pode também usar diversas armas disponíveis como machado, espada, marreta e arco e flecha. Além disso, os campeões possuem especiais diferentes e usa-los bem e no momento certo pode definir o curso de um ataque.

    A outra parte essencial é a criação de seu reino e a forma como você estrategicamente organiza suas defesas. Aqui você entra no modo Deus e vai conectando peças de reino e adicionando defesas como seu campeão, canhão, armadilha e outros monstros que se juntaram ao seu exército num esquema que lembra um jogo de tabuleiro. Cada uma dessas peças tem um custo e você tem um limite de pontos para gastar e garantir que seu reino possa se defender dos ataques que virão enquanto você estiver longe do headset.

    Barbaria conta com um modo multijogador assíncrono, a lá Clash of Clans, sempre online. Isso significa que você invadirá outros reinos mas os oponentes não estarão lá com o headset para garantir a defesa. O mesmo serve para quando seu reino for atacado outro jogador, isso só acontece quando você já tirou seu PSVR 2 e não pode participar da pancadaria, só restando a sua estratégia para defender seu reino.

    Só mais uma raid pra eu conseguir o upgrade

    Barbaria conta com muitas opções de melhorias que podem vir nos baús após os ataques ou adquiridas com os vendedores da sua fortaleza em troca de “violência” a única moeda do game. Há inúmeros itens para desbloquear, modos diferentes de batalha, armas, desafios, campeões, skins, leaderboard e muito mais.

    E é por aqui que o jogo te fisga, depois do momento introdutório você entra no loop de conseguir fazer aquele upgrade que “vai garantir” sua vitória contra os invasores. Ou ainda conseguir aquele item que você viu no replay do ataque do inimigo que o outro jogador tinha e você ainda não adicionou a sua coleção.

    Eu nunca havia me imaginado jogando esse tipo de jogo, mas confesso que esse looping que envolve obter itens e recursos na força bruta e depois usar estratégia para fazer frente aos outros oponentes é externamente viciante e novo pra mim. Não me recordo de uma proposta similar, nem no primeiro Playstation VR o que é um baita ponto para a desenvolvedora por se propor a unir em Barbaria pancadaria e estratégia no PSVR 2.

    Visual, áudio e texto

    O game não se leva muito a sério em relação a história e ambientação. O seu Goblin guia não perde uma oportunidade de dizer que ele está surpreso com sua vitória já que a expectativa sempre foi realmente muito baixa. O combate tem um lance meio exagerado e cômico as vezes. E tem ainda a surpresa na hora de customizar as cores do monstro da equipe. Ele literalmente desfila pra você ver aos olhares atentos do estilista goblin e com música de passarela tocando, completamente fora do contexto e eu adorei, 10/10.

    O game está disponível apenas em Inglês e apesar de achar que isso não irá comprometer a experiência como um todo, já que há pouco texto. As mecânicas do game são introduzidas via texto e isso pode gerar alguma frustração ao empacar em algum “tutorial” caso você não tenha nenhum conhecimento do idioma. As músicas são ótimas e de estilos variados, mas infelizmente não há dublagem.

    Conclusão

    Barbaria não só inova na proposta como entrega o que promete e por isso eu o recomendo. O game é do tipo que te dá a sensação de que é possível atingir / conquistar algo em uma sessão curta de jogo. Por isso consigo me ver visitando Barbaria por muito tempo, mesmo nos dias em que só tenho 20 minutos pra jogar. Ou ainda para intercalar entre as longas sessões de Gran Turismo 7, Saints & Sinners ou Resident Evil.

    Agradeço ao estúdio Stallwart Games pelo envio da chave do jogo para avaliação.

  • Os primeiros 90 minutos de Super Mario Odyssey no Nintendo Switch

    Os primeiros 90 minutos de Super Mario Odyssey no Nintendo Switch

    Finalmente colocamos as mãos em Super Mario Odyssey e as impressões iniciais não poderiam ser melhores. O game está muito bonito, a adição do Cappy me pareceu acertadíssima e aqueles desafios 2D numa pegada 8 bits se encaixam perfeitamente bem ao restante do game.

    O game recomenda o uso dos joy-cons separados, o único game que jogo desta forma é ARMS por conta do motion control , aqui precisei de algum tempo para me adaptar e mesmo tendo jogado mais de 90 minutos nem sempre acerto a sincronia do movimento com as mãos com o game na tela.

    Você pode conferir nossa gameplay com os primeiros 90 minutos de Super Mario Odyssey no YouTube.

  • Conhecendo Golf Story, o RPG de golf do Nintendo Switch

    Conhecendo Golf Story, o RPG de golf do Nintendo Switch

    Golf Story é uma das boas surpresas indies no Nintendo Switch. Criado pelo estúdio australiano Sidebar Games e lançado com exclusividade no final de Setembro, o game é um RPG que usa golf como tema em uma apresentação retrô linda que dificilmente passaria despercebida.

    O jogo é aventura de um cara que sonha em ser o melhor jogador de golf em um universo que encara este esporte como a coisa mais importante do planeta. A grande sacada deste game é que apesar de você efetivamente jogar partidas de golf, exatamente como manda o esporte, em boa parte do tempo você estará fazendo outras coisas que podem estar ou não relacionadas a golf como: acertar bolas de golf em determinadas áreas por um objetivo qualquer, arremessar discos (frisbiees) ou escavar locais para encontrar fosseis.

    Logo nos primeiros minutos você percebe que as pessoas na melhor das hipóteses te ignoram, mas no geral ou te acham péssimo jogador ou te odeiam por qualquer motivo. E é exatamente isto que move a quest de nosso herói, o desenrolar de sua aventura contra tudo e contra todos é feito através de uma história simples, fácil de acompanhar e com um humor leve, mas que infelizmente não está em nosso idioma.

    Agora você deve estar se perguntando: “tá, mas como eu jogo golf”. As tacadas neste game usam o mesmo esquema do clássico game Golf da era 8-bits. Ao longo de uma barra horizontal na tela um cursor se move rapidamente e é através dele que você controla a força e a precisão da tacada. Além disso, você precisa observar outras coisas como a direção do vento, inclinação do terreno, o tipo de taco e em qual parte da bola você acertará. Parece muita coisa mas é algo bem simples, com apenas algumas tentativas você logo assimila como tudo funciona.

    Você começa o game numa região / cidade chamada Wellworn Grove e terá que fazer várias pequenas quests antes de conseguir deixar essa região, incluindo tentar convencer o treinador local a te treinar. Como todo bom RPG você tem acesso a um mapa que mostra todas as oito diferentes regiões, mas inicialmente elas estão travadas e só são acessíveis através do avanço no game.

    Golf Story é o tipo de game ideal para o hibrido da Nintendo porque é possível realizar quests em poucos minutos ou mesmo tentar acertar umas tacadas de forma aleatória enquanto deixa a história de lado. Tudo isso pode ser feito naquele pequeno espaço disponível em sua agenda como naqueles 10 minutos que sobraram no horário de almoço ou mesmo ao ir ao banheiro 😉

    Vale mencionar que este game usa o HD rumble do joy-con de forma diferente de outros games, é possível sentir a diferença entre tacadas pela vibração do controle, o que é bem legal.
    As primeiras impressões foram boas e por isso seguirei jogando, em especial, porque é algo fácil de encaixar na agenda. Acompanhem o desdobramento da aventura  e outros detalhes no Fora da Caixa.

     

  • Conhecendo o Gran Turismo Sport – PS4

    Conhecendo o Gran Turismo Sport – PS4

    Gran Turismo Sport é o último lançamento de uma das mais respeitadas franquias do gênero. Esta edição não faz feio e passa ótimas primeiras impressões porque o game é muito bonito, o áudio é legal e o controle responde bem no Dualshock 4 e é ainda melhor com um volante. O bom primeiro contato me fez colocar Project Cars 2 de lado por um tempo e explorar mais do melhor game corrida disponível para Playstation 4.

    A primeira coisa legal que notei foi logo ao ligar, GT Sport tem uma configuração especial para telas HDR e mesmo se você, assim como eu, não utiliza um PS4 Pro, a qualidade da imagem é incrível. Ir para a pista é um grande barato porque correr ao lado de outros modelos tão bem feitos e realistas é sensacional, há muitos detalhes a vista e não se envergonhe se você também vacilar porque tirou os olhos da pista para apreciar a beleza de seus adversários.

    O game tem uma vibe meio “amo carros e tenho dinheiro pra caraleo” clube dos amantes de automóveis, diferente de Project Cars 2 que é mais “sport’ neste sentido. O som dos carros é bom, apesar do concorrente fazer um pouco melhor nesta área, o barulho dos motores está mais vivo do que nunca e ajuda na imersão. A trilha sonora é excelente, tem de tudo, rola bossa, jazz, eletrônico, rock…   isso também contribui para a vibe que citei antes.

    Sempre joguei Gran Turismo no Dualshock e aqui isso me pareceu natural, os controles respondem bem e não encontrei nada meio jegue para ser feito via Dualshock que me fizesse repensar este ponto.
    Mas o grande tesão da coisa está em jogar com voltante e pedais, é mais imersivo. Via Force Feedback dá pra perceber com as mãos as diferenças de terreno, nível de tração e de categoria dos carros por exemplo. Em circuito oval geralmente um dos meus braços sempre termina muito mais cansado que o outro.

    O game tem um sistema de progressão que é meio padrão, conforme você dirige ou completas ações específicas sobe de nível e isso eventualmente gera alguma recompensa como: itens para o avatar, novos circuitos, cenários para fotos e carros. Por falar em carros a sensação inicial é de que o número aqui é discreto, nada comparado a seus principais concorrentes Forza 7 e Project Cars 2.

    A franquia Gran Turismo sempre teve modos carreira muito bons, aliás, foi isso que sempre me cativou a joga-la. Mas em GT Sport o modo carreira é demasiadamente simples, é uma coletânea de lições (úteis) em todos os aspectos que envolvem as corridas. Isto é legal mas não é nem de perto equiparável a o modo carreira das versões anteriores de Gran Turismo.
    Então depois de completar algumas das lições e ficar entendiado migrei para o Arcade mode. Há diferentes opções mas fiquei com as corridas rápidas, inicialmente em poucas pistas disponíveis, mas com alguma flexibilidade em relação a categoria dos carros (N200, N500, Gr3, Gr4…) e ao nível do desafio (três níveis de dificuldade).

    Mesmo antes do lançamento muito se falou sobre essa versão da série estar mais voltada para o universo online, que flertaria com eSports. Bom, agora que coloquei minhas mãos nela isso não poderia estar mais claro, a sensação é que GT Sport foi reconstruído do zero pensando no aspecto online.

    No modo Sport todos tem uma espécie de licença virtual para correr que é diretamente impactada pelo seu desempenho e seu espirito esportivo na pista. A primeira parte é auto explicativa, mas em relação ao espirito esportivo, o game leva isso muito a sério. Para começar não é possível entrar neste modo antes de passar por um “curso” de espirito esportivo (você precisa assistir 2 videos). Além disto, durante as corridas você é recompensado por evitar colisões e punido por causar ou estar envolvido nelas. E isto é um problema porque se você for atingido por um boçal na pista, também receberá punição, mesmo que não tenha culpa alguma no incidente e acreditem, isto é uma merda chato.

    No lobby é possível entrar em corridas de outros jogadores com as mais diferentes configurações, o legal aqui é que todas as vezes que corri tive que respeitar as regras da corrida, por exemplo não utilizar assistentes, utilizar um carro da mesma categoria que os demais players, etc. Antes de ir para o modo Sport eu recomendo uma passada neste aqui, mesmo porque sua licença virtual não é impactada pelo que acontece aqui dentro.

    Uma das adições desta versão foi o modo foto, que permite fotografar os carros que estão em minha garagem em cenários que são disponibilizados com o decorrer do game. No game as obras são armazenadas em uma galeria e é lá que você tem acesso ao material produzido pelos outros jogadores. Este modo é bastante complexo e merece algum tempo de jogo para obter cenários e carros diferentes e também para entender como usar e alterar todas as configurações da câmera.

    Abrir a caixa de Gran Turismo Sport foi bem legal, vou seguir experimentando e descobrindo o game e vocês podem acompanhar o progresso disto na sessão Fora da Caixa.