Gran Turismo Sport é o último lançamento de uma das mais respeitadas franquias do gênero. Esta edição não faz feio e passa ótimas primeiras impressões porque o game é muito bonito, o áudio é legal e o controle responde bem no Dualshock 4 e é ainda melhor com um volante. O bom primeiro contato me fez colocar Project Cars 2 de lado por um tempo e explorar mais do melhor game corrida disponível para Playstation 4.
A primeira coisa legal que notei foi logo ao ligar, GT Sport tem uma configuração especial para telas HDR e mesmo se você, assim como eu, não utiliza um PS4 Pro, a qualidade da imagem é incrível. Ir para a pista é um grande barato porque correr ao lado de outros modelos tão bem feitos e realistas é sensacional, há muitos detalhes a vista e não se envergonhe se você também vacilar porque tirou os olhos da pista para apreciar a beleza de seus adversários.
O game tem uma vibe meio “amo carros e tenho dinheiro pra caraleo” clube dos amantes de automóveis, diferente de Project Cars 2 que é mais “sport’ neste sentido. O som dos carros é bom, apesar do concorrente fazer um pouco melhor nesta área, o barulho dos motores está mais vivo do que nunca e ajuda na imersão. A trilha sonora é excelente, tem de tudo, rola bossa, jazz, eletrônico, rock… isso também contribui para a vibe que citei antes.
Sempre joguei Gran Turismo no Dualshock e aqui isso me pareceu natural, os controles respondem bem e não encontrei nada meio jegue para ser feito via Dualshock que me fizesse repensar este ponto.
Mas o grande tesão da coisa está em jogar com voltante e pedais, é mais imersivo. Via Force Feedback dá pra perceber com as mãos as diferenças de terreno, nível de tração e de categoria dos carros por exemplo. Em circuito oval geralmente um dos meus braços sempre termina muito mais cansado que o outro.
O game tem um sistema de progressão que é meio padrão, conforme você dirige ou completas ações específicas sobe de nível e isso eventualmente gera alguma recompensa como: itens para o avatar, novos circuitos, cenários para fotos e carros. Por falar em carros a sensação inicial é de que o número aqui é discreto, nada comparado a seus principais concorrentes Forza 7 e Project Cars 2.
A franquia Gran Turismo sempre teve modos carreira muito bons, aliás, foi isso que sempre me cativou a joga-la. Mas em GT Sport o modo carreira é demasiadamente simples, é uma coletânea de lições (úteis) em todos os aspectos que envolvem as corridas. Isto é legal mas não é nem de perto equiparável a o modo carreira das versões anteriores de Gran Turismo.
Então depois de completar algumas das lições e ficar entendiado migrei para o Arcade mode. Há diferentes opções mas fiquei com as corridas rápidas, inicialmente em poucas pistas disponíveis, mas com alguma flexibilidade em relação a categoria dos carros (N200, N500, Gr3, Gr4…) e ao nível do desafio (três níveis de dificuldade).
Mesmo antes do lançamento muito se falou sobre essa versão da série estar mais voltada para o universo online, que flertaria com eSports. Bom, agora que coloquei minhas mãos nela isso não poderia estar mais claro, a sensação é que GT Sport foi reconstruído do zero pensando no aspecto online.
No modo Sport todos tem uma espécie de licença virtual para correr que é diretamente impactada pelo seu desempenho e seu espirito esportivo na pista. A primeira parte é auto explicativa, mas em relação ao espirito esportivo, o game leva isso muito a sério. Para começar não é possível entrar neste modo antes de passar por um “curso” de espirito esportivo (você precisa assistir 2 videos). Além disto, durante as corridas você é recompensado por evitar colisões e punido por causar ou estar envolvido nelas. E isto é um problema porque se você for atingido por um boçal na pista, também receberá punição, mesmo que não tenha culpa alguma no incidente e acreditem, isto é uma merda chato.
No lobby é possível entrar em corridas de outros jogadores com as mais diferentes configurações, o legal aqui é que todas as vezes que corri tive que respeitar as regras da corrida, por exemplo não utilizar assistentes, utilizar um carro da mesma categoria que os demais players, etc. Antes de ir para o modo Sport eu recomendo uma passada neste aqui, mesmo porque sua licença virtual não é impactada pelo que acontece aqui dentro.
Uma das adições desta versão foi o modo foto, que permite fotografar os carros que estão em minha garagem em cenários que são disponibilizados com o decorrer do game. No game as obras são armazenadas em uma galeria e é lá que você tem acesso ao material produzido pelos outros jogadores. Este modo é bastante complexo e merece algum tempo de jogo para obter cenários e carros diferentes e também para entender como usar e alterar todas as configurações da câmera.
Abrir a caixa de Gran Turismo Sport foi bem legal, vou seguir experimentando e descobrindo o game e vocês podem acompanhar o progresso disto na sessão Fora da Caixa.