logo do jogo cercado de ferramentas para reforma e limpeza de casas.

Análise de House Flipper VR no PSVR2

House Flipper VR acaba de chegar ao Playstation VR 2 e a melhor forma de definir o game seria dizer que ele é uma espécie de simulador de mãos à obra. A premissa do jogo é te colocar como responsável por reformas, decoração, limpeza e compra e venda de casas. É mais ou menos sobre aquele gostinho bom que alguns adultos sentem ao fazer este tipo de coisa.

A desenvolvedora independente polonesa Frozen Way trouxe a versão VR da franquia House Flipper para o PSVR2 pelo preço de R$79,90 na playstation store brasileira. O jogo já estava disponível para o primeiro PSVR no Playstation 4 e foi aprimorado na versão para Playstation 5 / PSVR2.

Eu gosto da diversidade de propostas no PSVR2. Volta e meia me deparo com um game com uma premissa nova e diferente para mim. Por conta de imersão extra da realidade virtual me permito experimentar jogos que provavelmente não daria chance na tela plana.

A questão que desejo responder nesta análise de House Flipper VR no PSVR2 é se ele funciona.

Nossa missão durante a campanha consiste em aceitar trabalhos na casa de pessoas aleatórias para conseguir levantar dinheiro. Podemos empregar esse dinheiro para melhorar e decorar nossa pequena casa. Ou ainda, comprar imóveis, trabalhar em sua restauração, limpeza e decoração para depois os vender, por um preço maior, é claro.

Vassoura virtual

A diferença ao jogarmos utilizando um óculos de realidade virtual é que ao invés de pressionarmos os botões no controle para realizar a ação na tela. Quando estamos dentro do jogo precisamos mover nossos braços para realizar versões simplificadas das ações no game, como varrer por exemplo.

Gosto da forma como ao longo das 3hs de campanha vou encontrando mecânicas mais complexas de forma gradativa. Em nossos primeiros trabalhos não temos todas as ferramentas a disposição. Somente ao avançar na campanha é que vamos adquirindo novas ferramentas para adicionarmos ao nosso cinto de utilidades.

Ao chegarmos na casa em que faremos o trabalho, devemos nos locomover até o ponto no cômodo que necessita da nossa intervenção. Ali, basta acionarmos o relógio em nossa mão direita para verificar a lista de tarefas. Alguns trabalhos demandam a compra de itens e fazemos isso utilizando o relógio da mão esquerda.

No geral a lista de tarefas define cor da parede, remoção e compra de itens e até instalação de peças mais elaboradas que aparecem ao avançar na campanha. Mas é aqui que comecei a encontrar problemas em nosso simulador de mãos à obra.

Apesar de ser legal ter a liberdade de organizar os móveis listados na tarefa do jeito que eu acredito ser melhor. O jogo não reconhece se eu simplesmente empilhar os itens no meio do quarto ou deixar mesas e cadeiras de ponta cabeça por exemplo.

Eu achei a parte gráfica do game muito fraca, especialmente porque o game não se propõe ao realismo. E dá para dizer que algumas texturas aqui seriam ruins já na geração passada.

o visual desaponta

Acredito que o jogo não utilize a renderização dinâmica ocular para melhorar a performance gráfica. E o nível do efeito fantasma que encontramos no jogo por conta da reprojeção é alto. Ele fica evidente se deixarmos a lista de tarefas ativada e nos locomovermos pelo cenário.

O áudio não é ruim, entrega o necessário. Surpreendentemente, há uma pequena parte do tutorial dublada (apenas em inglês) e ela é muito bem vinda, uma vez que o tutorial do game é péssimo. Ele está condensado em pequenas animações que lembram gifs para cada item dentro do menu do jogo.

E é nesta área que está uma das minhas maiores frustrações com o House Flipper VR. O tutorial as vezes não dá conta de explicar como realizar algo ou utilizar uma ferramenta. E algo que eu deveria fazer de forma simples, se torna complexo demais e me impede de seguir o fluxo da missão.

E já que estamos falando de frustrações, vamos falar do elefante na sala. Encontrei no jogo diversos bugs, algumas coisas simplesmente não conectam como deveriam conectar. Um exemplo disso é que fui abrir a porta do banheiro da minha casa e sem querer a removi da parede.

E se isso já não fosse frustrante o bastante, eu não consegui colocar a porta no mesmo lugar. Tentei inúmeras vezes e nada. Vendi o item, comprei novos e tentei diversos deles e nada.

No geral os controles são um pouco desengonçados, até consigo relevar aqui. Por outro lado, em um simulador de mãos à obra, em que é preciso construir e decorar encontrarmos peças que deveriam se conectar e não se conectam é uma falha difícil de deixar passar.

Vale a pena?

Este é o típico game em que eu adoraria deixar um podcast ou um bom disco rolando e me entregar ao prazer de ir cumprindo tarefas sem pensar demais em mais nada.

Quando House Flipper VR funciona, ele é divertido. E esta é a origem da minha frustração. Eu sei que há um jogo bom aqui, mas infelizmente ele está escondido atrás de problemas como bugs das partes que não se conectam, tutorial ruim e parte gráfica que deixa a desejar.

Em síntese, no seu atual estado, eu não recomendo o game. A menos que você consiga tolerar as frustrações que mencionei antes. Do contrário, eu esperaria atualizações de correção e melhorias para lidar com os problemas.

Eu fiz esta análise de House Flipper VR com uma cópia de avaliação no Playstation VR 2. Agradeço aos desenvolvedores por enviarem o jogo para a análise.

Mãos à obra – análise de House Flipper VR no PSVR2

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