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  • Operation Serpens é um shooter divertido chegando ao PSVR2

    Operation Serpens é um shooter divertido chegando ao PSVR2

    Inspirado nos velhos arcades shooters e nos filmes de ação da década de 80, Operation Serpens é um retro arcade shooter divertido que entrega uma boa e divertida experiência no headset de realidade virtual da Playstation. O game chega ao PSVR2 no dia 23 de Fevereiro e será vendido na loja da Playstation por R$99,50 no lançamento. Operation Serpens também está disponível na Steam e para os headsets VR da Meta.

    Neste shooter você encarna um agente de elite e é responsável por desmantelar a organização criminosa do mal Cobra, derrubando todos os seus principais integrantes até chegar no líder. Em cada missão você tem um alvo e deve abate-lo ou trazê-lo com vida dependendo da missão. Há ainda um modo horda contra zumbis e um modo multiplayer para até quatro jogadores e que será multiplataforma após o lançamento.

    Gameplay

    A gameplay surpreende porque ao invés de se manter na área de um wave shooter comum, Operation Serpens diversifica o layout das missões e isso muda a forma como as jogamos.
    Na primeira fase estamos restritos a uma pequena sala de um apartamento e temos que atirar nos inimigos pela janela. Enquanto em outro momento da campanha temos que abater inimigos com um drone antes de sair caminhando da construção e invadir a base dos criminosos. E tem também uma que me lembra Gazzlers, em que estamos na traseira de um caminhão e temos que lidar com os inimigos que nos seguem em alta velocidade. 

    Há muitas armas disponíveis como metralhadoras, rifles de precisão, drone, pistolas e granadas. Ao longo da campanha elas vão aparecendo aos poucos e você pode escolher com qual quer enfrentar os inimigos. O destaque fica para a granada de atordoamento que ao ser usada inicia o “bullet time”,  que deixa todos os inimigos em câmera lenta por um breve momento para que você os derrube um a um. 

    O recarregamento das armas não é automático mas é bem simples, basta levar a arma até a cintura. Já para as granadas é preciso manuseá-las com as duas mãos para remover o pino e arremessar em seguida. Há uma escolha curiosa dos desenvolvedores aqui porque não há coldre ou forma de armazenar armas e granadas em seu corpo. Neste sentido, apenas é possível segurar uma pistola com os dentes enquanto suas mãos se ocupam de outra coisa. 

    Visual e imersão

    Não se deixe enganar pela sua apresentação gráfica simples porque Operation Serpens entrega mais do que eu imaginava. O game roda a 90 fps, lisinho e sem nenhuma queda de frame. Cenários e personagens têm essa cara cartunesca mas estão super nítidos no headset.
    A maior prova de que eu estava completamente imerso no game foi me pegar algumas vezes abrindo a boca ( na vida real ) no momento de carregar pistola no dentes no game. Mesmo sabendo que este movimento não faz diferença alguma, já que o PSVR2 não detecta este tipo de coisa.

    Zumbis e multiplayer

    No modo horda nosso agente está limitado a uma espécie de trailer entre prédios. É neste espaço que você tem que evitar as ondas de zumbis que vão tentar chegar até você ou atirar das janelas dos prédios (sim! zumbis com armas) e esta última adição é muito legal. Aqui você tem todas as armas a disposição e a cada onda você deve escolher duas novas e perder as duas que usou, isso adiciona uma camada de estratégia para eleger a combinação ideal entre o que está disponível. Neste modo você joga até morrer e dependendo de seu desempenho pode entrar no placar de líderes. 

    Eu não consegui jogar o modo multiplayer para até quatro jogadores com outro jogador. Pelo pouco que vi dele, os jogadores começam a enfrentar ondas de inimigos dentro de um shopping. A área de jogo não é tão grande mas é possível subir pela escada rolante para lidar com os inimigos que estão no andar de cima, e isso deixa a coisa mais interessante.

    Narrativa, áudio e localização

    Eu gosto de como a campanha termina, mas não há nada memorável na narrativa, e ela é bem genérica neste sentido. A dublagem é mediana mas não é algo que comprometa. Vale lembrar que o game não tem legendas em portugues, mas com uma história fraca e uma gameplay bem intuitiva não acho que ela vá fazer tanta falta.

    Em relação ao áudio, as armas e explosões não decepcionam, mas gostaria de alguma variedade no modo contra zumbis. O áudio funciona bem ao avisar de que lado o inimigo está vindo, mas fiquei com a sensação de que o repertório dos zumbis é bem limitado.

    Análise do jogo em vídeo

    Vale a pena?

    Sim, Operation Serpens é um retro arcade shooter divertido e que consegue entregar boas variações dentro desta fórmula. Escolher se vou abater os inimigos distantes com um drone ou como um bom sniper é bem legal e a alteração nos layouts da fases ajuda manter o tédio distante. Além disto, os modos contra zumbi e multiplayer são boas adições para este novo game do PSVR2. 

    Agradeço ao estúdio Ginra Gamez pelo envio da chave do jogo para avaliação.

  • Gazzlers – roguelite shooter sobre trilhos

    Gazzlers – roguelite shooter sobre trilhos

    Recentemente, mergulhei de cabeça na emocionante aventura virtual de Gazzlers, um rail shooter em VR caótico e divertido! Com uma apresentação competente e bem humorada o game me prendeu e não pude parar até fechar. Com base em minhas experiências, quero compartilhar alguns insights sobre este jogo emocionante para o PlayStation VR 2.

    Os primeiros momentos do jogo podem ser particularmente desafiadores, mas à medida que você se familiariza com os controles e mecânicas, a diversão só aumenta. Gazzlers apresenta apenas três mapas, em que os jogadores enfrentam ondas de inimigos, só interrompidas pelos momentos em que escolhemos upgrades para nosso equipamento, culminando na última onda, onde o temido boss faz sua aparição, prometendo um desafio épico e emocionante.

    Upgrades garantem runs diferentes

    Uma das características mais cativantes de Gazzlers é a variedade de upgrades disponíveis para sua arma, permitindo a construção de seu arsenal definitivo. Essas melhorias não apenas tornam cada corrida única, mas também adicionam uma camada extra de estratégia e personalização à jogabilidade. Experimentar diferentes combinações de upgrades nunca perde a graça e isso garante que cada run seja uma experiência totalmente nova.

    A gameplay em Gazzlers é aprimorada pela versatilidade das modificações de arma, que não apenas influenciam as estratégias de combate contra os inimigos, mas também proporcionam um feedback tátil imersivo através dos controles do PSVR2. Enquanto isso, a presença de um escudo de energia em uma das mãos adiciona uma camada de estratégia, já que sua duração limitada requer habilidade ao se esquivar dos projéteis inimigos para uma sobrevivência eficaz.

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    Gameplay do game – resolução alterada para a compressão em gif

    Gazzlers um rail shooter em VR caótico e divertido! tem em sua duração sua maior desvantagem, já que a a experiência de jogo é relativamente breve. Embora cada tentativa nesse roguelite seja emocionante e cheia de surpresas, o desejo por mais conteúdo é palpável. Estou na torcida para que os desenvolvedores tragam atualizações futuras com mais mapas, inimigos e desafios para manter os jogadores envolvidos por ainda mais tempo.

    Apesar da ausência de legendas em português, Gazzlers oferece uma experiência de jogo imersiva e envolvente que certamente vale a pena explorar. Se você é fã de shooters e está procurando por uma aventura divertida no mundo da realidade virtual, Gazzlers é uma escolha excelente para sua próxima jornada. Então, pegue seus controles, prepare-se para desafios emocionantes e embarque nessa jornada inesquecível com Gazzlers no PlayStation VR 2.

  • Venba e a culinária indiana longe de casa

    Venba e a culinária indiana longe de casa

    No cenário vibrante dos games, poucos títulos conseguem capturar a riqueza cultural de maneira tão singular quanto Venba e sua experiência imersiva da culinária Indiana. Este jogo envolvente transporta os jogadores para a vida de uma família indiana que imigrou para o Canadá, explorando não apenas as delícias da culinária típica indiana, mas também as complexidades de temas como identidade, imigração e conexões familiares.

    Ao adentrar o mundo de Venba, mergulhamos na culinária indiana, preparando pratos autênticos que não apenas parecem bons visualmente, mas também desafiam os jogadores com puzzles relacionados à preparação dessas iguarias tradicionais. A jogabilidade centrada em puzzles não só mantém o jogo desafiador, mas também integra habilmente a narrativa à experiência interativa. Preparar a comida indiana em um país estrangeiro torna-se não apenas uma questão de habilidade culinária, mas também uma forma de matar a saudade de casa, adicionando uma camada extra de significado emocional a cada prato preparado.

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    Comida para a alma

    O aspecto visual de Venba e sua experiência imersiva da culinária Indiana é bem agradável. Longe de buscar realismo gráfico, o jogo abraça uma estética única, apresentando animações ilustradas que cativam e imergem os jogadores em um mundo que dialoga muito bem com a proposta do game. Essa escolha estilística contribui para a atmosfera encantadora do jogo, destacando a beleza das tradições indianas de maneira cativante.

    A narrativa de Venba, enquanto explora as experiências da família imigrante, destaca-se pela sua capacidade de lidar com questões profundas com uma sutileza ímpar. O jogo não apenas narra a jornada dessa família, mas também toca em temas universais de identidade, pertencimento e adaptação cultural. Cada prato preparado no jogo se torna uma peça central para contar essas histórias, criando uma conexão emocional entre o jogador e os personagens.

    Uma narrativa pra dar fome

    Minha experiência com Venba foi verdadeiramente única. Enquanto desvendava os puzzles culinários e explorava as nuances da narrativa, senti-me imerso em uma jornada que não apenas alimentava meu apetite por desafios, mas também alimentava minha curiosidade sobre a cultura indiana.

    Venba não é apenas um jogo; é uma experiência cultural e que deixa uma marca duradoura. Se você busca não apenas entretenimento, mas uma experiência enriquecedora que celebra a diversidade cultural, Venba é uma escolha que não vai decepcionar. Junte-se a esta jornada culinária e emocional que promete encantar e desafiar seus sentidos.

    Venba foi lançado em Julho de 2023 para as principais plataformas, Playstation 5, PC, Nintendo Switch, e consoles Xbox. Eu joguei no gamepass para PC. Assim como o Robotherapy e o The Stillness of the Wind, está apenas em inglês e não tem localização para a língua portuguesa.

  • Journey to Foundation – altos e baixos na aventura narrativa do PSVR2

    Journey to Foundation – altos e baixos na aventura narrativa do PSVR2

    Hoje compartilho com vocês minha experiência ao explorar Journey to Foundation aventura narrativa do PSVR2. Como fã do universo de Asimov, não pude resistir à oportunidade de vivenciar esta jornada. Vamos analisar os destaques e desafios desta experiência virtual única.

    Pontos Fortes: Narrativa bem adaptada e dublagem impecável

    Um dos pontos mais atrativos do jogo é a sua habilidade em adaptar de maneira envolvente a rica narrativa original de Asimov. Os desenvolvedores capturaram com maestria a essência do material, proporcionando uma experiência cativante para os fãs. A pesar de se basear no mesmo material a narrativa aqui é diferente da série de TV disponível na Apple plus. A dublagem (em inglês), que abrange todos os personagens, enriquece ainda mais a imersão na trama.

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    Dentro da nave com a tripulação – Playstation VR 2
    Primeira Impressão: Altos e baixos em relação a qualidade visual

    Infelizmente, a minha primeira impressão foi marcada por desafios visuais notáveis. As cenas com paisagens e objetos distantes deixaram a desejar, evocando lembranças do primeiro PlayStation VR e do Samsung Gear VR. No entanto, destaco que os personagens e ambientes internos, como naves e edificações, mantêm uma qualidade visual satisfatória, de alguma forma os personagens me lembram o excelente “The Walking Dead Saints & Sinners”.

    Controles: Desafios Notáveis na Interação

    Os controles, em alguns momentos, deixaram a desejar, seja devido a problemas de tracking ou ao design do jogo. Houve ocasiões em que o jogo interpretou erroneamente minhas escolhas, especialmente quando minhas mãos estavam descansadas no colo durante o jogo sentado. A seleção de diálogos, ficava na parte inferior da tela, resultando em escolhas involuntárias. O feedback no headset e nos controles dualsense aparecem mas não são memoráveis.

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    Combate: Adequado, mas poderia ser melhor

    O combate em “Journey to Foundation” é bem mediano, uma única arma cujas características mudam com os chips inseridos. Contudo, a sensação é de que as mudanças na arma não têm um impacto significativo na experiência de jogo. Coletar os chips em baús ou obtê-los de NPCs é uma dinâmica interessante, mas a variedade me parece limitada.

    Puzzles: Simples, porém monótonos

    Os puzzles apresentados no jogo são relativamente simples, mas por conta da repetição se tornam monótonos rapidamente. A forma de hackear sistemas por exemplo é interessante, ter que conectar cores numa espécie de cubo 3d. Embora a mecânica seja boa, a falta de diversidade na solução dos desafios pode deixar os jogadores desejando por mais variedade.

    Impacto das Escolhas: Moldando Sua Própria Jornada

    Um aspecto que merece destaque em Journey to Foundation aventura narrativa do PSVR2 é a dinâmica das escolhas do jogador, que têm um impacto no desenrolar da história. Diálogos com NPC ou uma decisão tomada ao longo da jornada molda a experiência de jogo de alguma maneira, oferecendo múltiplos caminhos e desfechos. A liberdade para influenciar o rumo da história adiciona uma camada de replayability, incentivando os jogadores a explorar diferentes opções e testemunhar as diversas nuances que o enredo tem a oferecer.

    Conclusão: Recomendado, mas com cautela

    Em conclusão, “Journey to Foundation” é uma escolha sólida para entusiastas de jogos narrativos e do universo de Asimov. Apesar dos deslizes visuais e de controle, a experiência global oferece uma imersão satisfatória para os apaixonados pela obra. No entanto, é importante ressaltar que, atualmente, o preço cobrado na loja da Playstation, R$214,90, é elevado, o melhor é aguardar uma promoção.

    Há outros jogos narrativos no PSVR2 como Before Your Eyes e The Last Worker, mas Journey to Foundation é o que mais se arriscou fora da proposta narrativa e infelizmente nas outras áreas o desempenho foi irregular e nem sempre satisfatório. Prontos para embarcar nessa jornada única? A decisão é sua.

  • Robotherapy – Robôs no divã fazendo terapia

    Robotherapy – Robôs no divã fazendo terapia

    Robôs no divã fazendo terapia, tem premissa melhor? Robotherapy nos presenteia com uma história cativante sobre terapia e o que realmente nos torna humanos, mesmo sendo contada por robôs. Como alguém que faz terapia há algum tempo, é impossível não me conectar com o que acontece no jogo. O game foi lançado no começo de Agosto e está disponível na Steam por R$10,89.

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    Robotherapy é um jogo que vai além de apenas entretenimento. Ele nos presenteia com uma história habilmente escrita e repleta de diálogos inteligentes, que nos levam a uma viagem emocional pela mente dos personagens robôs. Através das sessões de terapia dos robôs nesse universo tecnológico, somos levados a refletir sobre nossas próprias experiências terapêuticas e os desafios da vida real.

    Humor ácido no divã

    Uma das características mais marcantes de Robotherapy é o seu humor ácido. Mesmo em momentos em que não “deveríamos” estar rindo, o jogo nos surpreende com diálogos sarcásticos e situações inusitadas. Essa abordagem peculiar cria uma atmosfera única e nos permite lidar com temas sérios de uma forma mais leve e descontraída. Ri alto diversas vezes durante a minha jornada, mesmo sabendo que a temática tratada era profunda.

    Para aqueles que fazem terapia, Robotherapy é um verdadeiro presente. Os diálogos dos robôs no divã fazendo terapia, nos confrontam com questões e dilemas que muitas vezes já enfrentamos em nossas próprias sessões. Justamente por isso a identificação é imediata, e isso torna a experiência de jogo ainda mais gratificante. A sensação de que não estamos sozinhos em nossas lutas emocionais é reconfortante e nos permite rever nossas próprias experiências com um olhar mais apreciativo.

    Robôs humanos fazendo terapia

    Mesmo protagonizada por robôs, a narrativa nos faz refletir sobre o que nos torna humanos. Os diálogos e das situações vividas por esses personagens mecânicos, nos levam a questionar nossas próprias emoções, conexões e vulnerabilidades. É uma oportunidade para olharmos para dentro de nós mesmos e valorizarmos o que realmente importa em nossa jornada como seres humanos.

    Robotherapy é muito mais do que um simples jogo. É uma experiência emocional “fora da caixa” que nos faz rir, refletir e se identificar com os personagens robôs que passam por sessões de terapia. A mistura de um humor ácido com uma narrativa envolvente cria uma atmosfera única e nos permite explorar questões profundas sobre terapia e a nossa própria humanidade. Se você é fã de jogos narrativos que desafiam o convencional, Robotherapy é uma escolha imperdível. Prepare-se para rir, se emocionar e mergulhar em uma jornada memorável!

  • Barbaria pancadaria e estratégia se encontram no PSVR 2

    Barbaria pancadaria e estratégia se encontram no PSVR 2

    A Playstation Store recebe hoje um game com uma proposta diferente, a Stalwart Games uniu em Barbaria pancadaria e estratégia no PSVR 2. Apenas degolar inimigos e triturar esqueletos não é o bastante. Para se dar bem é preciso uma boa dose de estratégia para montar e equipar seu reino contra os ataques dos invasores do modo multiplayer. O game que estreia hoje no PSVR2 por R$104,90, também está disponível em outras plataformas: Steam, Meta Quest 2 e Quest 3.

    Ao entrar em Barbaria você encarna um semideus bombadão e é acompanhado por um Globin que te apresenta como as coisas funcionam ali. É ele que vai introduzindo as diversas partes do game de forma competente e gradativa. E quando você se dá conta já está executando coisas bem diferentes. Como deixar momentaneamente o controle de seu campeão no meio da batalha para usar um dos poderes especiais de um semideus. E isso isso é feito com uma visão área e estratégica do campo de batalha.

    Clash of Clans encontra Swordsman VR ou Gorn

    O combate é parte essencial do game e me lembra um pouco do Swordman VR, só que de forma mais simples. Enquanto o visual está mais próximo de Gorn. A pancadaria é brutal e em primeira pessoa utilizando os controles de movimento do PSVR2. Você pode socar seus inimigos, o que é sempre uma delicia em VR. Mas pode também usar diversas armas disponíveis como machado, espada, marreta e arco e flecha. Além disso, os campeões possuem especiais diferentes e usa-los bem e no momento certo pode definir o curso de um ataque.

    A outra parte essencial é a criação de seu reino e a forma como você estrategicamente organiza suas defesas. Aqui você entra no modo Deus e vai conectando peças de reino e adicionando defesas como seu campeão, canhão, armadilha e outros monstros que se juntaram ao seu exército num esquema que lembra um jogo de tabuleiro. Cada uma dessas peças tem um custo e você tem um limite de pontos para gastar e garantir que seu reino possa se defender dos ataques que virão enquanto você estiver longe do headset.

    Barbaria conta com um modo multijogador assíncrono, a lá Clash of Clans, sempre online. Isso significa que você invadirá outros reinos mas os oponentes não estarão lá com o headset para garantir a defesa. O mesmo serve para quando seu reino for atacado outro jogador, isso só acontece quando você já tirou seu PSVR 2 e não pode participar da pancadaria, só restando a sua estratégia para defender seu reino.

    Só mais uma raid pra eu conseguir o upgrade

    Barbaria conta com muitas opções de melhorias que podem vir nos baús após os ataques ou adquiridas com os vendedores da sua fortaleza em troca de “violência” a única moeda do game. Há inúmeros itens para desbloquear, modos diferentes de batalha, armas, desafios, campeões, skins, leaderboard e muito mais.

    E é por aqui que o jogo te fisga, depois do momento introdutório você entra no loop de conseguir fazer aquele upgrade que “vai garantir” sua vitória contra os invasores. Ou ainda conseguir aquele item que você viu no replay do ataque do inimigo que o outro jogador tinha e você ainda não adicionou a sua coleção.

    Eu nunca havia me imaginado jogando esse tipo de jogo, mas confesso que esse looping que envolve obter itens e recursos na força bruta e depois usar estratégia para fazer frente aos outros oponentes é externamente viciante e novo pra mim. Não me recordo de uma proposta similar, nem no primeiro Playstation VR o que é um baita ponto para a desenvolvedora por se propor a unir em Barbaria pancadaria e estratégia no PSVR 2.

    Visual, áudio e texto

    O game não se leva muito a sério em relação a história e ambientação. O seu Goblin guia não perde uma oportunidade de dizer que ele está surpreso com sua vitória já que a expectativa sempre foi realmente muito baixa. O combate tem um lance meio exagerado e cômico as vezes. E tem ainda a surpresa na hora de customizar as cores do monstro da equipe. Ele literalmente desfila pra você ver aos olhares atentos do estilista goblin e com música de passarela tocando, completamente fora do contexto e eu adorei, 10/10.

    O game está disponível apenas em Inglês e apesar de achar que isso não irá comprometer a experiência como um todo, já que há pouco texto. As mecânicas do game são introduzidas via texto e isso pode gerar alguma frustração ao empacar em algum “tutorial” caso você não tenha nenhum conhecimento do idioma. As músicas são ótimas e de estilos variados, mas infelizmente não há dublagem.

    Conclusão

    Barbaria não só inova na proposta como entrega o que promete e por isso eu o recomendo. O game é do tipo que te dá a sensação de que é possível atingir / conquistar algo em uma sessão curta de jogo. Por isso consigo me ver visitando Barbaria por muito tempo, mesmo nos dias em que só tenho 20 minutos pra jogar. Ou ainda para intercalar entre as longas sessões de Gran Turismo 7, Saints & Sinners ou Resident Evil.

    Agradeço ao estúdio Stallwart Games pelo envio da chave do jogo para avaliação.

  • Resident Evil: The Darkside Chronicles – Uma Jornada de Horror e Imersão no Nintendo Wii

    Resident Evil: The Darkside Chronicles – Uma Jornada de Horror e Imersão no Nintendo Wii

    Se você é fã de Resident Evil e curte “rail shooter” não deixe de jogar o Resident Evil: The Darkside Chronicles para o Nintendo Wii. Lançado em 2009, este título é uma ótima pedida para os que curtem mirar na cabeça de zumbis. Minha recente jogatina me lembrou por que essa série é tão adorada.

    A atmosfera sinistra que só Resident Evil oferece

    Uma das coisas que torna Resident Evil: The Darkside Chronicles tão cativante é a atmosfera sombria e assustadora que permeia todo o jogo. A série Resident Evil sempre foi conhecida por sua capacidade de criar um ambiente tenso e opressivo, e este jogo não é exceção.

    A história, que abrange eventos de Resident Evil 2 e Resident Evil Code: Veronica, mergulha você profundamente na trama e na ambientação característica da série. Você se encontrará explorando corredores escuros e cheios de zumbis, investigando laboratórios sinistros e lutando para sobreviver em um mundo dominado por horrores biológicos. A sensação de vulnerabilidade é palpável, e a tensão está sempre presente.

    Gráficos Surpreendentes para o Nintendo Wii

    Considerando as limitações de hardware do meu bom e velho Nintendo Wii, Resident Evil: The Darkside Chronicles me impressionou com seus gráficos. Considerando o contexto do lançamento, ele não fez feio na minha televisão atual. Os cenários, os modelos de personagens e os efeitos visuais são um testemunho da habilidade dos desenvolvedores em extrair o máximo do hardware daquela época.

    A representação dos locais icônicos da série, como a Delegacia de Raccoon City, é muito boa, e os zumbis e outras criaturas continuam aterrorizantes. Assim temos uma experiência visual que faz jus à série Resident Evil e torna cada encontro com inimigos ainda mais emocionante.

    Interação Imersiva com a Wii Zapper

    Uma das características mais marcantes de Resident Evil: The Darkside Chronicles é a forma como ele utiliza a Wii Zapper para a jogabilidade. A Wii Zapper é o acessório que transforma o Wii Remote e o Nunchuk em uma arma, proporcionando uma experiência de tiro mais imersiva.

    Ao apontar e atirar com a Wii Zapper, você se sente como um verdadeiro sobrevivente enfrentando hordas de inimigos. A sensação ao segurar o controle torna as batalhas mais envolventes, e a interação com o game é mais intuitiva. Mesmo com a limitação de movimento característica dos “rail shooters” (jogo de tiro nos trilhos) .

    Conclusão

    Resident Evil: The Darkside Chronicles é um bom exemplo de como a atmosfera, gráficos e a jogabilidade se unem e entregam uma ótima experiência. A série Resident Evil sempre foi líder no gênero de survival horror, e este título no Nintendo Wii não fica para trás. Ele traz a mesma atmosfera da série principal e a adapta muito bem a um outro gênero, on rails shooter.

    Se você também não jogou Resident Evil: The Darkside Chronicles, dê uma chance e mergulhe neste jogo captura o espírito da série de maneira incrível. Com a Wii Zapper em mãos, você se sente verdadeiramente parte desse mundo apocalíptico, enfrentando os pesadelos que espreitam nas sombras. Prepare-se para uma experiência divertida e que ficará em sua memória depois dos créditos finais.

    Resident_Evil_Darkside_Chronicles_-_North-american_cover Resident Evil: The Darkside Chronicles - Uma Jornada de Horror e Imersão no Nintendo Wii
  • He F**ked the Girl Out of Me – um game para falar de trauma

    He F**ked the Girl Out of Me – um game para falar de trauma

    Cuidado com os gatilhos

    He Fucked the Girl Out of Me é um desses ótimos games curtos mas complexos e difíceis de falar sobre. Não só porque envolve temas delicados como trabalho sexual e trauma, mas também porque é um jogo que se debruça sobre uma narrativa importante. Acho que todos deveriam joga-lo, apesar de reconhecer que o sentimento que essa obra pode despertar em quem joga pode não ser agradável. Isso sem falar nos gatilhos possíveis nesta proposta de um game para falar de trauma.

    trailer da participação do game no festival do British Film Institute

    Antes de acessar a página do jogo da Steam o seguinte aviso é exibido “Este game é sobre a experiência da autora com trabalho sexual. Para ficar mais fácil de escrever ela inseriu um pouco de ficção”. Este é apenas um dos avisos que estão relacionados ao game, existem outros na página do jogo e há a opção dentro do game para que um aviso seja exibido antes dos possíveis gatilhos da narrativa.

    A autora descreve HFTOOM como uma visual novel / história semi biográfica que aborda o tema do trauma e do trabalho sexual, originalmente projetada para o gameboy. A autora, uma mulher trans, compartilha de maneira perspicaz como essas experiências têm impactado profundamente sua vida e transformado sua visão de mundo. Sinceramente, é admirável a forma como ela aborda o tema complexo do trauma de maneira tão significativa.

    imagens do game

    gráficos simples, narrativa não

    Ao avançarmos na narrativa e semi biografia da autora é possível termos uma ideia do quão marcantes foram os eventos mostrados. O fato de uma pessoa ter feito este game como a única forma de lidar com um trauma não é pouca coisa. E isso me faz pensar no tamanho do valor que a experiência de jogar HFTGOOM tem, independentemente dos afetos que ela pode despertar em você.

    Eu gosto da forma como o game demonstra o aparelho psíquico se defendendo do trauma. Quando Ann (protagonista) olha para trás, vê apenas fragmentos, pequenos trechos de memórias que não estão conectados. Penso que talvez seja a mente tentando se livrar / bloquear o lhe causa dor.

    O game para falar de trauma é curto, levei menos de uma hora, e está disponível gratuitamente para PC via Steam. Não há legendas em português e apenas o idioma original (Inglês) está disponível. Devo lembrar que festivais de cinema como o de Londres e Amsterdã selecionaram esta obra. Para quem procura uma experiência humana, dessas que não se costuma falar por aí, eu recomendo. Só não deixe de levar os avisos de gatilhos a sério.

  • Campeão do torneio de Splatoon 3 – BBT

    Campeão do torneio de Splatoon 3 – BBT

    Neste último domingo rolou mais uma edição do Booyah Booyah Tournament de Splatoon 3. E eu finalmente consegui levantar a taça desta vez! Meu time finalmente foi campeão de um torneio de Splatoon 3. Aconteceu no BBT, que é um torneio frequente no cenário nacional, foca na galera que está iniciando no competitivo e ao meu ver, visa acima de tudo a integração da comunidade.

    Desta vez o tema foi Among Us e por conta disso a dinâmica da coisa foi um pouco complexa. Basicamente em toda a partida um integrante do time jogava na equipe adversária para fazer as vezes do impostor. Isto é algo completamente não usual dentro de Splatoon e dessa forma nem todos os times exploraram bem. Ocasionalmente vi alguns times usando muito bem seu impostor e confesso que em algumas partidas o impostor que estava provisoriamente no meu time deu mais trabalho que o imaginado.

    Partidas transmitidas e comentadas

    O torneio teve transmissão online no Youtube pelo canal Joga Diacho, que se não estiver enganado também é organizador do BBT. E também teve live no Twitch com o canal Splatum, que é um ponto de encontro da comunidade BR desde o Spaltoon 2.

    Os quatro integrantes do meu time foram revelados antes da data do torneio para termos tempo de nos falarmos e treinar. Depois de algum tempo tentando conciliar a agenda de todos conseguimos jogar juntos algumas vezes, mesmo sem os quatro, os treinos valeram a pena. Especialmente para quebrar o gelo entre os integrantes que não se conheciam.

    Em homenagem ao próprio Among Us o meu time recebeu o nome de Pollus e era composto por mim (jazzybeats), Lash que joga em um time brasileiro de Splatoon chamado BSB (Black Squid Band), MatWinter e HooliganD2. Eu já havia jogado com o Lash algumas vezes, em um BBT no Splatoon 2 e em algumas partidas privadas organizadas pela comunidade.

    Apesar da confusão com a proposta do impostor eu me diverti bastante. Definitivamente, Splatoon competitivo é sempre legal. Além disto, neste torneio e com este time em call eu dei muita risada. A dinâmica causada pelo impostor na equipe causou inúmeros equívocos, eu matei o jogador da minha equipe que estava como impostor do outro lado algumas vezes. Neste mesmo contexto, era engraçado ouvir ele pedindo pra não atirar em meio ao calor da partida, nem sempre soltávamos o dedo no botão a tempo.

    A parte boa é que no geral o time funcionou e na final enfrentamos o competitivo Splat Samba em um set de melhor de cinco. Perdemos a primeira e ganhamos as outras três difíceis partidas para finalmente levantarmos a taça de um torneio de Splatoon 3. Subi a última partida da final e você pode conferir no vídeo do canal abaixo.

    Replay da última partida da final do BBT 25
  • Golf Club Wasteland

    Golf Club Wasteland

    Tacadas de golf embaladas pela melancolia da melhor rádio de Marte

    Nunca joguei Golf na vida real mas guardo ótimas recordações do esporte, desde o meu primeiro encontro com ele, em um Nintendo 8 bits há muito tempo atrás. Além disto, o excelente Golf Story para Nintendo Switch ainda é um dos meus indies favoritos na plataforma. De forma geral, jogos de golf nunca me decepcionaram ao longo do tempo. E foi por conta desse bom retrospecto somado ao excelente estilo visual do game e uma promoção na Steam que decidi experimentar o Golf Club Wasteland.

    Golf Club Wasteland é um desses games difícil de definir, é um sci-fi num futuro distópico em que você é desafiado a completar percursos de golf enquanto ouve uma melancólica rádio e reflete sobre algumas questões relacionadas a humanidade, capitalismo, meio ambiente e esperança. O jogo é relativamente curto, mas assim como o The Stillness of the Wind, as reflexões trazidas vão demorar um pouco pra sair da minha mente.

    A vida humana foi extinta no planeta Terra, e os que puderam pagar fugiram para Marte, sim o capitalismo “venceu”. Agora os escombros no que foi a civilização humana servem apenas como playground para os super ricos eliminarem o tédio da vida marciana jogando golf em cenários que misturam quebra cabeças e as bases do esporte. A atmosfera criada neste game é incrível, tem algo de desolador mas que ainda detém um vislumbre de esperança.

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    “Radio Nostagia From Mars”

    A rádio que é transmitida direto de Marte é um trabalho impressionante e que contribui de forma significativa para a atmosfera do game a para o desenrolar da narrativa. A trilha sonora (disponível nos serviços de streamings) é a rádio, que se comporta como se fosse uma rádio de verdade, com programas, músicas, vinhetas, depoimentos, comerciais. Os depoimentos são absolutamente humanos, possuem sotaques distintos, focos diversos, relatam passagens interessantes da vida humana, destes que conseguiram chegar no planeta vermelho. É muito difícil não se impressionar com a qualidade apresentada pela trilha sonora deste game.

    Gostei muito de pensar questões complexas enquanto lidava com puzzles simples relacionados a golf. Conforme a narrativa se desenrola, a gente vai conhecendo melhor nosso protagonista e percebe um pouco de suas motivações e suas escolhas. Ao chegar no fim do jogo, ele toma uma decisão e ainda me pergunto se ela marca o fim ou o (re)começo da vida dele.

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    alguns encontros tem o poder de alterar os rumos de nossa vida

    Golf Club Wasteland me marcou muito porque não é bem sobre golf, o esporte está ali para nos conduzir à questões e reflexões trazidas pela narrativa e pela trilha sonora, mas não é o prato principal. A direção de arte é muito boa e, eu não canso de repetir, a trilha sonora é memorável.

    Joguei a versão para computador no Windows, via Steam. Comprei o game na promoção e paguei baratinho, apenas R$7,25. Também disponível para Android, IOS, Playstation, X box e Nintendo Switch.