Tag: Playstation

  • Análise de Max Mustard no PSVR2

    Análise de Max Mustard no PSVR2

    Max Mustard é um jogo de plataforma 3D em que você faz mais que apenas controlar a protagonista em terceira pessoa. Nele você faz parte da aventura e encarnará o papel do navegador, um sidekick valioso e que ajudará Max de dentro do jogo, em primeira pessoa. O grande barato de jogo plataforma em realidade virtual é poder combinar as duas perspectivas. Ficou na dúvida se essa combinação funciona? Siga nesta análise de Max Mustard no PSVR2 para esclarecer.

    Desenvolvido pela Toast Interactive, Max Mustard chegará ao PSVR2 no dia 02 de Outubro, pelo preço de R$159,90. Assinantes da PS Plus que comprarem o game antecipadamente garantem 17% de desconto e o game sai por R$132,71. O game já havia sido lançado para os headsets Meta Quest no começo do ano e também deve chegar a Steam.

    Max-Mustard-Flying_In_Hoverboot_Level Análise de Max Mustard no PSVR2

    Logo ao começar o game a primeira impressão é muito boa, porque os gráficos são ótimos e estão super nítidos. O game roda a 90fps nativo, sem reprojeção e os cenários coloridos ficam muito bem nas lentes do Playstation VR 2. A sensação de estar dentro daquele universo empolgante e a familiaridade com os controles de um jogo plataforma me deixou sorrindo por quase todo o primeiro arco.

    Max é carismática, com sua roupa amarelo mostarda, luvas e botas vermelhas sempre te olha quando passa por perto. O design dos personagens é muito bom e eu confesso que gostaria de passar mais tempo com eles, especialmente os chefes. Os Mudpups, as criaturinhas que devem ser resgatadas durante as fases, são fofinhos demais.

    A aventura

    A campanha está dividida em quatro arcos e mais de quarenta fases diferentes. E eu levei em torno de cinco horas para terminar a campanha e mais uma hora para garantir o troféu de Platina.

    Max-Mustard-Sky Análise de Max Mustard no PSVR2

    Há uma boa variedade no level design, o que garante um bom desafio de plataforma. Em algumas fases e em todas as quatro batalhas contra o chefe os power-ups para o navegador (o jogador em primeira pessoa) são imprescindíveis e bem divertidos de usar.

    Além das fases de plataforma os desenvolvedores inseriram em todos os atos, um desafio em primeira pessoa, em que ganhamos uma recompensa de acordo com o desempenho. E uma espécie de fase bônus, em que o objetivo é pegar o maior número de moedas possível num curto espaço de tempo.

    Por falar em moedas, nós as utilizamos para adquirir e aprimorar habilidades de Max, como aumento da velocidade ou estender a duração propulsores que mantêm nossa heroína no ar por alguns segundos. O curioso aqui é que a possibilidade de girar a nossa câmera com a alavanca controle direito também é um item a ser comprado. Mas confesso que usei pouquíssimo durante a campanha porque a câmera do jogo funciona bem.

    Eu não poderia deixar de mencionar nesta análise de Max Mustard no PSVR2 a homenagem feita pelo estúdio a sua obra anterior, Richie’s Plank Experience, aquela mesmo que nos rendeu diversos memes. Não só gostei do fato dela existir, mas gostei também de sua execução.

    História

    Eu gosto de narrativas elaboradas, mas como já era esperado para um jogo de plataforma, encontramos algo bem básico aqui. Sabemos um pouco mais sobre o que acontece no game através das cartas recebidas depois de cada fase. Podemos ler as cartas na van que serve como base de operações e que contém o mapa onde escolhemos a fase para jogar.

    Max-Mustard-TwistingTower Análise de Max Mustard no PSVR2

    Joguei Max Mustard em inglês porque os desenvolvedores não incluíram nosso idioma entre os disponíveis no game. Mas confesso que as legendas e menus em português brasileiro não farão muita falta. A jogabilidade de plataforma é bem direta e não demanda explicações sofisticadas. E do ponto de vista da história não há nada imperdível.

    O áudio funciona bem, localizamos Mudpups pra resgatar ou localizamos inimigos pela direção do som no jogo. A trilha sonora é boa e variada e no geral se integra perfeitamente bem ao universo. Gosto muito da música The Beat Boxer, que é a música que embala as alterações no cenário de uma fase, um dos que mais gostei.

    Durante a análise de Max Mustard no PSVR2 fiquei com a impressão de que o game tem uma abordagem mais acessível, em diversos aspectos. E neste sentido fiquei desejando que o desafio fosse ainda maior, tanto em dificuldade quanto em duração. O game faz tão bem tantas coisas que é impossível não pensar que o maior problema de Max Mustard é que ele acaba.

    Bom, Max Mustard acabou e aí?

    Eu adorei o jogo. Estar em um universo bonito, cativante e com personagens carismáticos e bem animados foi incrível. Além disso, nossa heroína Max é adorável e realmente torço para que os desenvolvedores deem continuidade a sua jornada.

    A maior prova de que Max Mustard funciona é que ao longo da sua campanha eu fui me recordando de outros grandes jogos de plataforma que me marcaram como Rayman, Crash, Croc, Mario 64. E quando lembrava do fato de estar também naquele mundo, me recordei dos excelentes Moss e Astro bot do PSVR1. Só pra deixar claro, o game é uma recomendação fácil. E para quem curte um bom plataforma, é imperdível.

    nossa análise de Max Mustard no PSVR2

    Agradeço o estúdio Toast Interactive por ter cedido uma cópia de avaliação do jogo para que a análise de Max Mustard no PSVR2 fosse possível.

  • Evento especial na Croácia e rali no Alpes

    Evento especial na Croácia e rali no Alpes

    A semana 3 do mês Setembro dos desafios semanais no Gran Turismo 7 esta chegando ao fim. Nesta semana teve duas corridas longas com mais de dez voltas, corrida com os carros leves japoneses, evento especial monotipo e copa amadora de carros europeus.

    Nesta semana fui logo no evento especial porque une um carro que gosto muito e uma pista que estou relativamente familiarizado. Fiz a corrida com o BAC Mono na pista Dragon Trail Litoral, com a skin do Mario que já usava no meu há muito tempo. O detalhe desta prova é que errei e rodei na última volta e só consegui retomar a primeira posição na ultima curva.

    Eu acho os carros Kei japoneses difíceis de pilotar e por isso fui na força no ódio. Tive que repetir algumas vezes a corrida Willow Springs, mas no fim consegui levar o com o Suzuki Cappuccino.

    A corrida da Copa dos Amadores Europeia me interessou porque a pontuação de performance recomendada era 400. Gosto explorar aquela área lá de baixo, especialmente com os modelos mais antigos. Desta vez escolhi um Volkswagem Polo GTi 2014 e fui me divertir na pista Kyoto Driving Park.

    VW Polo GTI 2014 na pista

    O circuito novo não sai da programação

    Eiger Nordwand voltou mais uma vez aos desafios semanais no Gran Turismo 7. Alguém na Playstation ama essa pista e colocou o seu layout invertido para sediar o desafio mundial de Rali GR.B. Tentei algumas vezes, mas não consegui chegar entre os três primeiros.

    Por último teve a competição de neo clássicos no circuito Red Bull Ring. A prova com 10 voltas e condições climáticas diversas me deu dor cabeça. Na primeira tentativa fiquei sem combustível com meu Toyota Supra. Tentei outra vez mas não consegui chegar ao pódio. Decidi tentar agora com outro carro, mas desta vez a chuva veio e eu nem tinha pneus intermediários ou de chuva pesada pra substituir.

    Falhei miseravelmente em duas das cinco provas propostas nesta semana. Curiosamente eu já havia conseguido vencer ambos os eventos em outras ocasiões. Sinto que quanto mais tempo fico longe do volante, pior meu desempenho ao voltar. Tenho feito malabarismo com meu tempo no PSVR2, pra conseguir encaixar tudo que estou jogando, além de tentar me manter como um adulto funcional, tá difícil! mas semana que vem tem mais 🙂

  • Snow Scout chega ao  PSVR2

    Snow Scout chega ao PSVR2

    Lançado dias atrás, Snow Scout chega ao Playstation VR 2 e promete entregar uma aventura em esquis para a realidade virtual. O game mostrou algumas semelhanças com o aclamado indie Firewatch em seus trailers. Por certo eu estava ansioso para jogar e deixar aqui as primeiras impressões de Snow Scout no PSVR2.

    O jogo começa nos situando na história até ali. Você teve anos muito difíceis e decide que precisa de um tempo para se reestabelecer. Encontra em uma vaga de trabalho voluntário e solitário a oportunidade de escapar e se reconectar consigo mesmo fazendo voto de silêncio.

    A caminho da região da estação de esqui no teleférico recebemos orientações sobre o game. O personagem do jogo dá informações sobre o que está no jogo e também fora dele. As configurações de conforto do game e a recomendação para que eu me comportasse como faria na vida real e não como um “gamer”, são exemplos disto.

    A relação com Veronika

    Chegando ao local em que você passará os próximos sete dias somos apresentados a Veronika ou “Vreni”. Ela é sua superior e irá lhe instruir sobre o trabalho. O estúdio alemão Tunermaxx utiliza o mesmo esquema de Firewatch, a conexão por um rádio (walkie-talkie) como única forma de contato com a outra personagem.

    E primeiro lugar sou a introduzido ao meu equipamento: o óculos de realidade aumentada que me dá informações virtuais sobre as áreas e pistas de esqui. Uma mochila, muito próxima da que conhecemos em TWD Saints & Sinners. E um tablet que concentra o log de diálogos, opções do game, informações sobre missões e também serve para fotografar pássaros.

    Depois Vreni me dá instruções para que eu aprenda a esquiar e me deslocar na neve. Felizmente Snow Scout vai ensinando o que é preciso de forma orgânica e integrada a narrativa. Isto ajuda a não quebrar a imersão e reforça a proposta dos desenvolvedores de vivenciarmos o jogo como nós mesmos.

    Imersão nas alturas

    Esquiar demanda energia na vida real! Afinal ao invés de apenas apertar botões para se movimentar é preciso fazer grandes movimentos com os braços, simulando os movimentos reais de esquiar. Essa é uma das vantagens de estar “dentro” do game em realidade virtual (VR). A sensação de estar deslizando na neve morro abaixo e poder girar minha cabeça na direção do barulho de um passarinho é muito legal e imersiva.

    Nas primeiras impressões de Snow Scout no PSVR2 vi uma parte das tarefas que farei ao longo dessa semana de silêncio e neve. Abrir e testar as pisas de esqui, garantir que a área seja segura para turistas, reciclar lixo, observar pássaros, ouvir Vreni e cortar lenha para aquecer a cabana onde passo a noite. Eu adorei este primeiro contato e não vejo a hora de voltar para o meu retiro nos Alpes.

    primeiras impressões de Snow Scout no PSVR2
  • Primeiras impressões de Dead Second no PSVR2

    Primeiras impressões de Dead Second no PSVR2

    Neste final de semana consegui jogar Dead Second, que acaba de chegar ao Playstation VR 2. O game é um um jogo de tiro e ação arcade, inspirado em clássicos dos 90 como Time Crises e Virtua Cop, e com base nas primeiras impressões de Dead Second no PSVR2, ele não fica pra trás em relação a suas inspirações.

    A desenvolvedora australiana Spunge Games, já tinha lançado Dead Second para Meta Quest e Steam VR. Agora o game chega ao headset de realidade virtual da Playstation.

    Arcade Shooter em VR

    A principal característica deste tipo de game é que temos que nos locomover no jogo de ponto a ponto. Exatamente como nas maquinas que jogávamos na décadas de 90. Isso significa que você não tem liberdade para caminhar pelo cenário. Este ponto poderia ser visto como algo exclusivamente ruim, mas em contrapartida, isso ajuda a tornar o game mais acessível para mais pessoas.

    A principal diferença deste para as referências do final do século passado é que em Dead Second você joga em realidade virtual. Em outras palavras, está “dentro” do game, e não fora apontando a arma para uma tela. Isso faz com que encontrar coberturas para se proteger durante a troca de tiros seja muito importante no jogo.

    Vibe dos anos 90

    O jogo premia o jogador com logins diários com créditos no game que podem garantir acesso a novas armas ou itens de customização. O tutorial é completo e objetivo. As opções de acessibilidade são boas e existe a opção de recarregar a arma manualmente ou de forma automática ao mirar para o chão.

    As primeiras impressões de Dead Second no PSVR2 são boas, me lembra Crisis Vrigade e de alguma forma o Operation Serpens. O game tem uma vibe de filmes e séries de ação da década de 90 e estou ansioso para jogar mais.

    primeiras impressões de Dead Second no PSVR2

  • Desafios semanais no Gran Turismo 7

    Desafios semanais no Gran Turismo 7

    A adição dos desafios semanais ao Gran Turismo 7 aconteceu em alguma atualização feita há um bom tempo. E pra mim foi uma das coisas mais legais a acontecer porque sempre me fazem ligar o Playstation 5 e usar o combo PSVR2 e Logitech G29.

    Eventos exclusivos

    Toda semana são selecionados cinco eventos de categorias distintas e em circuitos diferentes. Alguns deles são exclusivos e acontecem por tempo limitado, ou seja, apenas durante a semana em que o desafio semanal está online.

    Os novos desafios são lançados toda sexta-feira e permanecem disponíveis até a meia noite de quinta-feira. Há incentivos para participar, apesar de isso também mudar semanalmente, não é raro vermos as recompensas de até 850k créditos no game. Ou ainda bilhetes de 6 estrelas para peças e carros.

    Fora da zona de conforto

    Gosto dos desafios semanais no Gran Turismo 7 porque eles eventualmente me fazem correr em uma categoria ou circuito que tenho pouco interesse. E eventualmente acabo descobrindo coisas legais.

    Na última semana por exemplo, teve um evento limitado apenas com Porsche 356 na nova pista nos Alpes, Eiger Nordwand. A combinação funcionou e achei a corrida bem divertida. Além disso, eu sempre aproveito qualquer oportunidade para pilotar um conversível usando o Playstation VR 2 porque é garantia de espetáculo.

    Nesta mesma semana tive a oportunidade de juntar um dos meu carros e pitas favoritos no mesmo evento. Corri no circuito inglês Brands Hatch usando a sensacional BMW M3 de 1989 em VR, o que deixa tudo muito mais interessante.

    Desafios anteriores

    No fim de Agosto eu também registrei duas corridas dos desafios semanais do Gran Turismo 7. Aproveitei pra usar o Maverick, já que este nome sempre aparece nas conversas de quem ama carros antigos.

    E rolou também um desafio japonês nas ruas de Tóquio. Escolhi o óbvio e fui de Mitsubishi Lancer Evolution (1998) no circuito Tokyo Expressway. E eu não me canso de aproveitar a liberdade que a realidade virtual me dá e sempre tento ver um pouco mais do cenário japonês para além da pista enquanto corro usando o PSVR2.

    Como mencionei antes, os desafios semanais do Gran Turismo 7 são bastante efetivos para me fazer voltar para o game. Eu hesito um pouco no online porque geralmente vira selvageria, especialmente nos rankings mais baixos, que é o meu caso. Mas confesso que dias atrás entrei para a corrida de karts na pista de Eiger Nordwand e foi muito divertido.

    Fiquei um tempo sem postar nada sobre Gran Turismo 7 aqui, mas tenho jogado sempre. Em umas semanas mais, outras menos. Eu gosto muito de usar o combo PSVR2 + Logitech G29 no Playstation 5 e isso é o bastante para garantir que Gran Turismo 7 seja um dos games que mais tenho jogado.

    Bom é isso, vou aproveitar que hoje lançaram os novos desafios semanais e voltar para as pistas e para os carros em realidade virtual. Até mais!

  • Darksword Battle Eternity chega ao PSVR2

    Darksword Battle Eternity chega ao PSVR2

    Ambientado em um mundo de fantasia medieval ameaçado pelo poder do mal, Darksword é o jogo de ação em VR que acaba de chegar ao Playstation VR 2. Ele mistura elementos de RPG, Roguelite e Hack and Slash para entregar ação rápida em arenas e que vai te fazer se movimentar um bocado.

    Darksword: Battle Eternity já estava presente nas plataformas Meta Quest, Pico e Steam VR. E com a chegada do game ao PSVR2 a desenvolvedora sul coreana Com2uS ROCA torna-se a primeira do país a publicar um jogo VR nas mais importantes plataformas do segmento.

    Gameplay divertida

    Me diverti jogando este game e logo de cara, inevitavelmente, já o comparei com o Legendary Tales. Darksword tem um pegada mais arcade, mais rápida e menos profunda, mas que vai fazer você gastar energia. Neste sentido podemos dizer que o jogo está mais próximo de outro game, o Swordsman VR, mas sem o “peso” da física no combate também presente naquele game.

    • Darksword_psvr2_screenshot_1-small Darksword Battle Eternity chega ao PSVR2
    • Darksword_psvr2_screenshot_6-small Darksword Battle Eternity chega ao PSVR2
    • Darksword_psvr2_screenshot_7-small Darksword Battle Eternity chega ao PSVR2

    No game seguimos a história de Blackwolf um antigo general que foi amaldiçoado com o poder da Darksword. Do ponto de vista narrativo não há nada memorável aqui, o forte do game está na gameplay. Ela consiste em derrotar todas as ondas de inimigos da arena para seguir a próxima. O combate segue o esquema hack & slash, que em realidade virtual demanda bastante energia, já que estamos efetivamente movimentando os braços para usar a espada, escudo e arco e flecha.

    A campanha está dividida em três “torres”, cada andar da torre é uma arena. Eventualmente ao concluir um andar você poderá escolher um item dentre uma seleção aleatória de três disponíveis. Podem ser habilidades, aumento de vida, um machado que retorna a sua mão ao ser chamado, dentre outros. Os inimigos derrotados podem deixar moedas, armas ou itens para serem utilizados na forja para criar ou subir uma arma de nível.

    Os inimigos são variados e ir aprendendo como eles se comportam para defender e atacar adequadamente é boa parte da diversão. Todas as torres tem chefes e semi chefes, alguns rendem batalhas épicas, mas não entrarei em detalhes aqui, para evitar spoilers. Levei por volta de 15hs para concluir a campanha e vencer a área nova (com novos chefes) da dlc.

    Combate

    No combate temos a opção de utilizar a espada ou o arco e flecha. Ao pressionar o gatilho para usar a espada, imediatamente um escudo de energia se materializa em nossa outra mão. O Detalhe é que não podemos abusar do escudo porque após alguns ataques ele precisa de algum tempo para voltar a estar disponível.

    Por outro lado, o arco e flecha, que sempre funciona em VR, é acionado com o gatilho da outra mão. Depois basta usar a mão livre para materializar uma flecha e disparar. Neste caso não há escudo, então é bom garantir alguma distância do inimigo para não tomar dano a toa.

    Há ainda o dash que pode deixar os inimigos atordoados por um curto período de tempo. Podemos usar apenas três, mas eles voltam a estar disponíveis depois de seu tempo de carregamento. Ele é pode ser útil durante a luta ou para escapar daqueles ataques indefensáveis. O curioso é que o dash foi atrelado ao teletransporte, feito com a alavanca do controle. Como eu geralmente não uso teletransporte como meio de locomoção em VR, eu demorei para notar que havia uma outra função ali.

    Companheiros de luta

    Darksword_psvr2_screenshot_3-small Darksword Battle Eternity chega ao PSVR2

    Uma vez em cada torre temos a oportunidade de escolher um “mascote” que irá lutar ao nosso lado. Neste game eles são chamados Merlins, são apenas três variedades, todas bonitinhas e simpáticas, um arqueiro, um de cura e um especialista em combate com espada.
    Lutam ao nosso lado enquanto a barra de vida deles durar e volta e meia fazem graça como dançar ou tentar chamar nossa atenção acenando. O que é uma distração bem vinda em meio ao calor das batalhas.

    Faca de dois gumes

    Darksword é o jogo de ação em VR que bebe um pouquinho de várias fontes para entregar um game de ação com um ritmo rápido, e o faz bem neste sentido. Ao mesmo tempo, ele não se aprofunda em nada, e por isso fiquei com a sensação que a desenvolvedora poderia ter explorado melhor suas inspirações.

    O combate não é baseado em física, e talvez por isso não notei uma grande diferença ao trocar o tipo de espada usada. Nem mesmo há uma diferença perceptível entre causar 70 ou 700 pontos de dano no inimigo, para além dos número na tela.
    Por isso não me senti motivado a coletar os itens necessários para criar novas armas pela variedade. Nas poucas vezes que fiz isso foi apenas para garantir um dano total maior.

    As mecânicas de RPG e Roguelite inseridas são rasas, as habilidades que adquirimos durante uma tentativa desaparecem ao morrermos e retornarmos a base. Eu gostaria que ao ir subindo o nível do personagem eu pudesse escolher alguma habilidade que permanecesse e tivesse relevância durante a campanha.

    Sem multiplayer

    Darksword é o jogo de ação em VR que já estava em todas as principais plataformas, mas que só agora chega ao Playstation VR. A desenvolvedora informou que priorizaram em trazer o game e a DLC para o PSVR2, mas neste processo a opção de multiplayer ficou de fora.
    O que é uma pena, porque dada a característica de ação rápida do jogo, certamente seria divertido entrar nas batalhas com amigos.

    Visual, áudio, localização e desempenho

    O game apresenta gráficos medianos, eu confesso que esperava mais. Já que Darksword é o jogo de ação em VR em que o combate é feito em arenas, ou seja, áreas limitadas e que não demandam demais da plataforma. Suspeito que os desenvolvedores não tenha implementado a renderização dinâmica ligada ao rastreamento ocular do PSVR2 que garante a entrega de visuais muito bons.

    Eu gostei do fato dos dublarem os personagens e do áudio que funciona de forma geral. Os inimigos mais simples tem um repertório bem limitado, mas não compromete. O game não possui legendas em Português do Brasil e por isso acabei jogando em inglês mesmo. Um fato curioso é que logo quando liguei o game ele abriu em coreano e tive que jogar até perder sem entender muita coisa. Porque só podemos acessar o menu de opções no lobby central, para onde voltamos ao morrer.

    Não tive problemas de desempenho como quedas de frame ou de tracking dos controles. No geral as coisas funcionam como deveriam, mas como disse antes, visualmente falando o game não exige muita coisa.

    Problemas

    A parte gráfica deixa um pouco a desejar, um bom parâmetro disso é o texto apresentado sobre os itens na arena. Podemos ver o serrilhado de longe e é muito difícil ler depois de uma certa distância.

    Um único tipo de inimigo apresenta um bug, um cavaleiro chamado Tempest por algum motivo bugava e deixava “cair” toda a parte superior do corpo, mantendo apenas as pernas eretas. Além de quebrar a imersão, isso também dificulta um bocado os headshots. Curiosamente, ao atacar a animação voltava ao normal, este problema só permanecia enquanto ele andava pelo cenário.

    Talvez o maior problema seja o desequilíbrio no game. Em alguns momentos você já está forte o bastante para acabar com os inimigos iniciais de forma muito rápida. Enquanto nesta mesma tentativa descobre que o dano causado em determinado boss é insignificante. Em mais de uma ocasião eu simplesmente desisti de lutar com o chefe porque mesmo conhecendo e evitando seus ataques, os meus não faziam muita coisa e se eu seguisse lutando a batalha se estenderia por tempo demais.

    Vale a pena?

    Bom, Darksword acabou, e aí? Eu recomendo, mas é bom dosar a expectativa. O game é divertido, entrega ação rápida e viciante com um pouquinho de vários gêneros combinados. Além disso, a experiência é agradável em boa parte de suas 15hs de campanha.

    Isso não significa que Darksword não tenha problemas, a parte visual e o desequilíbrio em alguns momentos são pontos que poderiam ser aprimorados pelos desenvolvedores. E a inclusão de um multiplayer tornaria a oferta significativamente mais atrativa.

    Nossa análise foi realizada no Playstation VR 2 com uma cópia de avaliação do game gentilmente cedida pela Com2uS ROCA. Agradecemos ao estúdio pelo apoio ao nosso trabalho.

  • Sugar Mess e seu ritmo doce

    Sugar Mess e seu ritmo doce

    Tentar definir este jogo é difícil porque a “bagunça” parece não estar no titulo a toa. O game mistura diferentes estilos de jogo num pacote acessível, com ritmo agradável e que acaba de receber um update significativo. A atualização Pesadelo de Sugar Mess chega o Playstation VR 2 e traz novas fases, novas mecânicas e inimigos mais poderosos. O que posso garantir é que o game se aventura por diversos estilos de gameplay e o faz bem. E como o game é curto a gente fica com o gostinho de quero mais.

    Em um primeiro momento eu definiria Sugar Mess como um shooter sobre trilhos ou um wave shooter, mas essa definição seria precipitada já que o game tem fases musicais em que é preciso tocar instrumentos ou dançar, além de quebra cabeças. Então na real, o melhor é não tentar definir uma categoria aqui porque na minha opinião esta combinação de diversos estilos de gameplay é exatamente o ponto alto do game. Sugar Mess chega ao Playstation VR 2 e tem também uma demo gratuita disponível na ps store. O game também está disponível nas lojas de realidade virtual Pico, Meta Quest e logo chegará a Steam.

    Após um breve tutorial, nos encontramos num sótão que serve como nossa base. Nele há um fliperama (arcade) onde podemos adquirir armas novas (são três no total) e jogar um mini game. Além disso, há uma mesa com um tabuleiro muito legal e o “pino” do Príncipe do Açúcar, o protagonista da campanha. É movendo esse pino no tabuleiro que escolhemos a fase que iremos jogar. Ao chegarmos a uma fase nova o tabuleiro dá lugar a um livro colorido com belas ilustrações que saltam de suas páginas e que ajudam a contar a história do jogo.

    O príncipe de açúcar e os robôs

    A gente começa a campanha com a gameplay clássica de um wave shooter, parado em um ponto enquanto os inimigos avançam sobre nós. Na fase seguinte estamos num carrinho sobre trilhos e atravessamos o mapa detonando os inimigos que aparecem pelo caminho até chegarmos a próxima fase em que temos que resolver um quebra cabeças para abrir um portão.

    Esse esquema segue até o fim da campanha e confesso que gostei disso. Intercalar estilos de gameplay em cada fase deixa o game longe da monotonia e cheio de surpresas. Como por exemplo, as fases em que o jogo usa mecânicas de jogos de ritmo / música, como tocar “tambores” numa trilha musical a lá guitar hero ou entrar no ritmo da música dançando usando orbes como em Synth Raiders.

    Visual, áudio e localização

    Na parte visual o jogo é bem colorido com uma pegada infantil e no geral os gráficos simples estão nítidos no PSVR2. A desenvolvedora JollyCo usou novas versões dos mesmos mapas da campanha no conteúdo da atualização Pesadelo, mas não achei que comprometeu o game.

    A trilha sonora é agradável e o game está localizado em português (tenho quase certeza de que é Português de Portugal). Infelizmente os desenvolvedores não dublaram o game nem em Inglês. E como conhecemos a campanha do game por um livro infantil de histórias eu gostaria de ter ouvido a narrativa na voz um narrador.

    Vale a pena?

    Sugar Mess acabou e ai? Com seu ritmo doce e desafio moderado é recomendação certa para crianças. Também recomendo para os adultos que estão começando na realidade virtual. Com uma boa e gostosa mistura de mecânicas já consagradas em outros títulos famosos, este me parece um excelente pacote de introdução a VR.

    Se você é veterano de realidade virtual eu recomendo cautela. A JollyCo executou bem as diferentes mecânicas no game. Mas, a campanha é curta, o desafio moderado e infelizmente não há possibilidade de alterar o nível de dificuldade. Por isso, é bom dosar as expectativas para não se frustrar.

    [editado após publicação da análise]: Sugar Mess recebeu um novo update que adiciona a possibilidade de alterar o nível de dificuldade, uma vinheta para maior conforto e acessibilidade e os controles de áudio para configurar trilha sonora e efeitos separadamente.

    Agradecemos aos desenvolvedores pelo envio da cópia digital do game para análise do jogo ( review ).

  • Análise de Windlands 2 no PSVR2

    Análise de Windlands 2 no PSVR2

    Windlands 2 chega ao Playstation VR 2 no dia 25 de Julho por R$159,00. Com upgrade grátis pra quem tem a versão de ps4, gatilhos adaptáveis, vibração no headset e multiplayer entre plataformas.
    Mas o mais importante é que o game entrega com excelência a sensação prazerosa de se locomover no ar, feito homem aranha, e isso me deixou com um sorriso no rosto por um bom tempo.

    quanto mais imersão melhor

    Eu adoro VR porque o lance de imersão é meio que garantido logo ao colocar o headset. Mas tenho a impressão que ao fazermos movimentos com nosso corpo para agir da mesma forma dentro do game ganhamos uma camada extra de imersão. E é exatamente este o caso aqui.

    Neste game eu tenho que literalmente levantar meus braços, apontar meus controles para o alto, apertar e segurar o gatilho para que meu avatar replique isso no jogo. Ou seja, consiga mirar essa espécie de gancho em pontos específicos do cenário e possa balançar e me deslocar de um canto a outro. E isso torna a coisa ainda mais próxima do real.

    Os controles dentro do jogo têm um formato parecido com os que seguro em minhas mãos. No game eles disparam uma corda que vai me puxando em direção ao ponto de contato em que ela se fixou até que eu solte o gatilho. Um detalhe importante é que você só pode fixar a corda nas partes verdes dos biomas e o seu alcance é limitado.

    O meu palpite é que os desenvolvedores sacaram que esta mecânica funciona muitíssimo bem e construíram o game ao redor dela.

    Sempre pronto para o combate

    A gameplay é onde Windlands 2 brilha, a sensação de estar no ar avançando enquanto me penduro de galho em galho é muito boa.
    Mas o game tem também o combate, usando o L1 e o R1 eu transformo um gancho em arco e o outro em flecha.
    Essa praticidade de não ter que guardar uma coisa pra pegar outra rende momentos muito legais. São aqueles em que você ainda está no ar e saca o arco para atacar os inimigos antes de tocar o chão ou se pendurar novamente. Cara, é uma delícia isso!

    A narrativa é bem básica, nada demais, mas ajuda a amarrar as missões da campanha. Além das missões para derrotar os chefes, tem por exemplo missões de coleta de itens específicos em pontos difíceis de chegar ou missões de liquidar uma quantidade de inimigos mais simples espalhados pelo mapa.

    Eu levei cerca de cinco horas e meia para terminar a campanha, alguns pontos de travessia são realmente desafiadores e podem causar alguma frustração. Na minha opinião são mais difíceis que os chefes das fases, porque nestes casos você se sente empacado sem nada ter nada mais a fazer a não ser ter que acertar aquele movimento que já errou muitas vezes.

    No pós game você libera os desafios de corrida e coleta de itens em trechos específicos das fases. Eles garantem alguma longevidade ao game, já que sempre dá pra fazer melhor “aquele trecho” e finalmente subir de posição no placar de líderes. Confesso que fiquei um tempo obcecado tentando bater os tempos dos desenvolvedores e a sensação ao finalmente conseguir é boa demais.

    Desempenho

    Windlands 2 chega ao Playstation VR 2 com gráficos simples e bem nítidos. O game roda a 90 fps, eu não tive uma única queda de frames ou problemas de tracking. Não há do que reclamar aqui. Aliás, estúdio brasileiro VR Monkey fez a versão do PSVR 2 em colaboração com a Psytec Games que é a desenvolvedora do jogo.

    O ponto negativo é que os inimigos menores têm um comportamento limitado, falta ódio, apesar de atirarem são previsíveis e ocupam uma parte limitada do cenário. Seria bem legal se nos perseguissem pelo mapa por exemplo.
    Um outro ponto é que fiquei com a sensação de que as missões são divididas por categoria: na missão “x” você só vai coletar itens, na missão “y” só enfrentar os minions e isso me pareceu uma colcha de retalhos, sabe? Uma espécie de peças conectadas para formar algo maior ao invés de algo orgânico em que as coisas vão se misturando e ajudam a transmitir a sensação mais realista.   
    Apesar dos personagens terem sido dublados, o que é algo bom, o game não foi localizado para nosso idioma, então dublagem e legendas apenas em inglês.

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    • Boss-small-1024x576 Análise de Windlands 2 no PSVR2

    Eu estava terminando essa análise quando os desenvolvedores me informaram que o patch do lançamento estava na no ar. Windlands 2 chega ao Playstation VR 2 com uma sútil vibração no headset quando você balança em alta velocidade. Testei o game depois da atualização e essa adição ficou legal, dá uma camada a mais de imersão.

    Vale a pena?

    Bom, Windlands 2 acabou, e aí? Eu recomendo, a sensação de me deslocar no ar é muito boa, a campanha é legal e pode ser feita com mais três pessoas de plataformas diferentes inclusive. E depois dela ainda tem os desafios e a briga para melhorar o tempo e entrar no ranking o que garante uma vida extra para o game.

    Windlands 2 chega ao Playstation VR 2 agora, mas já está disponível para o primeiro PSVR, para Steam VR e para Meta Quest. Agradeço ao estúdio pelo envio do jogo para avaliação.

    Bora entrar no headset pra sair pulando de galho em galho? Deixe nos comentários se você vai para as terras do vento e qual headset vai usar pra isso. A gente se vê na próxima, até lá.

  • Sniper Elite VR e Aim Controller

    Sniper Elite VR e Aim Controller

    Nada mais satisfatório do que acertar uma sequência de tiros como sniper! Especialmente no Sniper Elite VR com o controle de mira do PSVR usar o rifle de precisão nunca pareceu tão real. O game faz parte da famosa série Sniper Elite da Rebellion e foi lançado em Julho de 2021 para o Playstation VR, Quest e PC.

    Não é segredo que adoro a aim-controller (controle de mira) do Playstation. E por isso aproveito qualquer oportunidade para tirar a poeira e passar um tempo com ela. Desta vez decidi aproveitar a promoção da loja da Playstation para pegar Sniper Elite VR com 80% de desconto. É seu melhor preço já registrado e a desculpa esperada para voltar a um dos meus controles de vídeo game favoritos.

    Primeiro game VR da série

    O fato deste ser um jogo de uma franquia estabelecida aparece logo na boa apresentação e ambientação. No game eu assumi o papel de um sniper da resistência Italiana durante a invasão nazista e vou revivendo seus passos enquanto ele mesmo narra suas memórias em meio as explosões e tiros.

    As limitações de hardware aparecem no visual (bons pra época, mas hoje entregam a idade), no tamanho dos mapas e na forma como a campanha foi estruturada. Você assume o papel de um senhor ex combatente da guerra, saboreando a família e a tranquilidade no jardim de sua casa. Já no fim da sua vida enquanto ele vai rememorando as partes de seu envolvimento nas batalhas. Cada parte é uma missão e ao concluir as missões você retorna para o mundo atual para ele seguir com a narrativa via suas memórias.

    Apesar do texto e da narrativa não serem dos mais inspirados eu gostei desta forma de contornar as limitações dos PS4 e conectar as missões e mapas menores a história contada na campanha. A dublagem do narrador é naquele inglês com sotaque italiano, que já é familiar, mas muito bem feita. O restante é basicamente as falas durante a batalha e não há nada que comprometa. Nas missões em que é preciso se infiltrar sem ser notado o áudio não decepciona e ajuda a identificar onde estão os inimigos.

    Raio x da morte

    Sniper Elite VR conta com aquele efeito característico da série em que uma câmera acompanha a bala e mostra uma visão raio x do corpo do inimigo no momento em que o tiro destrói orgãos e ossos. Eu levei pouco mais de 7hs para concluir a campanha e esse efeito não perdeu a graça. A IA dos inimigos é que as as vezes deixa a desejar, joguei na dificuldade padrão e vez ou outra os soldados inimigos vacilavam demais.

    É possível jogar usando o dualshock 4 ou ainda os move controllers para e executar a recarga manual das armas. Mas confesso que foi algo que mal explorei já que estava focado em usar a aim controller.

    Anticlímax

    O game conta com missões diferentes e não é só aquelas em que você mantém uma posição segura e liquida seus inimigos a distância. Mas eventualmente você precisa invadir bases inimigas ou resgatar companheiros dentro de corredores apertados. O que te obriga a usar uma metralhadora ou mesmo uma pistola e deixar seu rifle de lado.

    Toda missão tem três desafios (por ex. terminar em menos de 10 mins, 5 headshots, 10 mortes com granadas…). O que garante um motivo pra rejogar as missões. O que não gostei foi eles bloquearem as últimas missões porque eu não tinha completado desafios o bastante para abrir las. Essa decisão foi meio anti clímax já que no ponto alto da narrativa tive que voltar e refazer missões anteriores para completar desafios o que só faria no pós game.

    Acabou e aí?

    O combo Sniper Elite VR com o controle de mira do PSVR é divertido e vale a pena, especialmente com alguma promoção rolando. O game possui alguma variedade nas missões e ainda tem os desafios. Que em alguns casos dão trabalho e vão garantir algum tempo extra de jogo. É uma ótima desculpa para reconectar todos os cabos de seu Playstation VR e matar a saudade.

  • Operation Serpens é um shooter divertido chegando ao PSVR2

    Operation Serpens é um shooter divertido chegando ao PSVR2

    Inspirado nos velhos arcades shooters e nos filmes de ação da década de 80, Operation Serpens é um retro arcade shooter divertido que entrega uma boa e divertida experiência no headset de realidade virtual da Playstation. O game chega ao PSVR2 no dia 23 de Fevereiro e será vendido na loja da Playstation por R$99,50 no lançamento. Operation Serpens também está disponível na Steam e para os headsets VR da Meta.

    Neste shooter você encarna um agente de elite e é responsável por desmantelar a organização criminosa do mal Cobra, derrubando todos os seus principais integrantes até chegar no líder. Em cada missão você tem um alvo e deve abate-lo ou trazê-lo com vida dependendo da missão. Há ainda um modo horda contra zumbis e um modo multiplayer para até quatro jogadores e que será multiplataforma após o lançamento.

    Gameplay

    A gameplay surpreende porque ao invés de se manter na área de um wave shooter comum, Operation Serpens diversifica o layout das missões e isso muda a forma como as jogamos.
    Na primeira fase estamos restritos a uma pequena sala de um apartamento e temos que atirar nos inimigos pela janela. Enquanto em outro momento da campanha temos que abater inimigos com um drone antes de sair caminhando da construção e invadir a base dos criminosos. E tem também uma que me lembra Gazzlers, em que estamos na traseira de um caminhão e temos que lidar com os inimigos que nos seguem em alta velocidade. 

    Há muitas armas disponíveis como metralhadoras, rifles de precisão, drone, pistolas e granadas. Ao longo da campanha elas vão aparecendo aos poucos e você pode escolher com qual quer enfrentar os inimigos. O destaque fica para a granada de atordoamento que ao ser usada inicia o “bullet time”,  que deixa todos os inimigos em câmera lenta por um breve momento para que você os derrube um a um. 

    O recarregamento das armas não é automático mas é bem simples, basta levar a arma até a cintura. Já para as granadas é preciso manuseá-las com as duas mãos para remover o pino e arremessar em seguida. Há uma escolha curiosa dos desenvolvedores aqui porque não há coldre ou forma de armazenar armas e granadas em seu corpo. Neste sentido, apenas é possível segurar uma pistola com os dentes enquanto suas mãos se ocupam de outra coisa. 

    Visual e imersão

    Não se deixe enganar pela sua apresentação gráfica simples porque Operation Serpens entrega mais do que eu imaginava. O game roda a 90 fps, lisinho e sem nenhuma queda de frame. Cenários e personagens têm essa cara cartunesca mas estão super nítidos no headset.
    A maior prova de que eu estava completamente imerso no game foi me pegar algumas vezes abrindo a boca ( na vida real ) no momento de carregar pistola no dentes no game. Mesmo sabendo que este movimento não faz diferença alguma, já que o PSVR2 não detecta este tipo de coisa.

    Zumbis e multiplayer

    No modo horda nosso agente está limitado a uma espécie de trailer entre prédios. É neste espaço que você tem que evitar as ondas de zumbis que vão tentar chegar até você ou atirar das janelas dos prédios (sim! zumbis com armas) e esta última adição é muito legal. Aqui você tem todas as armas a disposição e a cada onda você deve escolher duas novas e perder as duas que usou, isso adiciona uma camada de estratégia para eleger a combinação ideal entre o que está disponível. Neste modo você joga até morrer e dependendo de seu desempenho pode entrar no placar de líderes. 

    Eu não consegui jogar o modo multiplayer para até quatro jogadores com outro jogador. Pelo pouco que vi dele, os jogadores começam a enfrentar ondas de inimigos dentro de um shopping. A área de jogo não é tão grande mas é possível subir pela escada rolante para lidar com os inimigos que estão no andar de cima, e isso deixa a coisa mais interessante.

    Narrativa, áudio e localização

    Eu gosto de como a campanha termina, mas não há nada memorável na narrativa, e ela é bem genérica neste sentido. A dublagem é mediana mas não é algo que comprometa. Vale lembrar que o game não tem legendas em portugues, mas com uma história fraca e uma gameplay bem intuitiva não acho que ela vá fazer tanta falta.

    Em relação ao áudio, as armas e explosões não decepcionam, mas gostaria de alguma variedade no modo contra zumbis. O áudio funciona bem ao avisar de que lado o inimigo está vindo, mas fiquei com a sensação de que o repertório dos zumbis é bem limitado.

    Análise do jogo em vídeo

    Vale a pena?

    Sim, Operation Serpens é um retro arcade shooter divertido e que consegue entregar boas variações dentro desta fórmula. Escolher se vou abater os inimigos distantes com um drone ou como um bom sniper é bem legal e a alteração nos layouts da fases ajuda manter o tédio distante. Além disto, os modos contra zumbi e multiplayer são boas adições para este novo game do PSVR2. 

    Agradeço ao estúdio Ginra Gamez pelo envio da chave do jogo para avaliação.