Tag: VR

  • Sugar Mess e seu ritmo doce

    Sugar Mess e seu ritmo doce

    Tentar definir este jogo é difícil porque a “bagunça” parece não estar no titulo a toa. O game mistura diferentes estilos de jogo num pacote acessível, com ritmo agradável e que acaba de receber um update significativo. A atualização Pesadelo de Sugar Mess chega o Playstation VR 2 e traz novas fases, novas mecânicas e inimigos mais poderosos. O que posso garantir é que o game se aventura por diversos estilos de gameplay e o faz bem. E como o game é curto a gente fica com o gostinho de quero mais.

    Em um primeiro momento eu definiria Sugar Mess como um shooter sobre trilhos ou um wave shooter, mas essa definição seria precipitada já que o game tem fases musicais em que é preciso tocar instrumentos ou dançar, além de quebra cabeças. Então na real, o melhor é não tentar definir uma categoria aqui porque na minha opinião esta combinação de diversos estilos de gameplay é exatamente o ponto alto do game. Sugar Mess chega ao Playstation VR 2 e tem também uma demo gratuita disponível na ps store. O game também está disponível nas lojas de realidade virtual Pico, Meta Quest e logo chegará a Steam.

    Após um breve tutorial, nos encontramos num sótão que serve como nossa base. Nele há um fliperama (arcade) onde podemos adquirir armas novas (são três no total) e jogar um mini game. Além disso, há uma mesa com um tabuleiro muito legal e o “pino” do Príncipe do Açúcar, o protagonista da campanha. É movendo esse pino no tabuleiro que escolhemos a fase que iremos jogar. Ao chegarmos a uma fase nova o tabuleiro dá lugar a um livro colorido com belas ilustrações que saltam de suas páginas e que ajudam a contar a história do jogo.

    O príncipe de açúcar e os robôs

    A gente começa a campanha com a gameplay clássica de um wave shooter, parado em um ponto enquanto os inimigos avançam sobre nós. Na fase seguinte estamos num carrinho sobre trilhos e atravessamos o mapa detonando os inimigos que aparecem pelo caminho até chegarmos a próxima fase em que temos que resolver um quebra cabeças para abrir um portão.

    Esse esquema segue até o fim da campanha e confesso que gostei disso. Intercalar estilos de gameplay em cada fase deixa o game longe da monotonia e cheio de surpresas. Como por exemplo, as fases em que o jogo usa mecânicas de jogos de ritmo / música, como tocar “tambores” numa trilha musical a lá guitar hero ou entrar no ritmo da música dançando usando orbes como em Synth Raiders.

    Visual, áudio e localização

    Na parte visual o jogo é bem colorido com uma pegada infantil e no geral os gráficos simples estão nítidos no PSVR2. A desenvolvedora JollyCo usou novas versões dos mesmos mapas da campanha no conteúdo da atualização Pesadelo, mas não achei que comprometeu o game.

    A trilha sonora é agradável e o game está localizado em português (tenho quase certeza de que é Português de Portugal). Infelizmente os desenvolvedores não dublaram o game nem em Inglês. E como conhecemos a campanha do game por um livro infantil de histórias eu gostaria de ter ouvido a narrativa na voz um narrador.

    Vale a pena?

    Sugar Mess acabou e ai? Com seu ritmo doce e desafio moderado é recomendação certa para crianças. Também recomendo para os adultos que estão começando na realidade virtual. Com uma boa e gostosa mistura de mecânicas já consagradas em outros títulos famosos, este me parece um excelente pacote de introdução a VR.

    Se você é veterano de realidade virtual eu recomendo cautela. A JollyCo executou bem as diferentes mecânicas no game. Mas, a campanha é curta, o desafio moderado e infelizmente não há possibilidade de alterar o nível de dificuldade. Por isso, é bom dosar as expectativas para não se frustrar.

    [editado após publicação da análise]: Sugar Mess recebeu um novo update que adiciona a possibilidade de alterar o nível de dificuldade, uma vinheta para maior conforto e acessibilidade e os controles de áudio para configurar trilha sonora e efeitos separadamente.

    Agradecemos aos desenvolvedores pelo envio da cópia digital do game para análise do jogo ( review ).

  • Análise de Windlands 2 no PSVR2

    Análise de Windlands 2 no PSVR2

    Windlands 2 chega ao Playstation VR 2 no dia 25 de Julho por R$159,00. Com upgrade grátis pra quem tem a versão de ps4, gatilhos adaptáveis, vibração no headset e multiplayer entre plataformas.
    Mas o mais importante é que o game entrega com excelência a sensação prazerosa de se locomover no ar, feito homem aranha, e isso me deixou com um sorriso no rosto por um bom tempo.

    quanto mais imersão melhor

    Eu adoro VR porque o lance de imersão é meio que garantido logo ao colocar o headset. Mas tenho a impressão que ao fazermos movimentos com nosso corpo para agir da mesma forma dentro do game ganhamos uma camada extra de imersão. E é exatamente este o caso aqui.

    Neste game eu tenho que literalmente levantar meus braços, apontar meus controles para o alto, apertar e segurar o gatilho para que meu avatar replique isso no jogo. Ou seja, consiga mirar essa espécie de gancho em pontos específicos do cenário e possa balançar e me deslocar de um canto a outro. E isso torna a coisa ainda mais próxima do real.

    Os controles dentro do jogo têm um formato parecido com os que seguro em minhas mãos. No game eles disparam uma corda que vai me puxando em direção ao ponto de contato em que ela se fixou até que eu solte o gatilho. Um detalhe importante é que você só pode fixar a corda nas partes verdes dos biomas e o seu alcance é limitado.

    O meu palpite é que os desenvolvedores sacaram que esta mecânica funciona muitíssimo bem e construíram o game ao redor dela.

    Sempre pronto para o combate

    A gameplay é onde Windlands 2 brilha, a sensação de estar no ar avançando enquanto me penduro de galho em galho é muito boa.
    Mas o game tem também o combate, usando o L1 e o R1 eu transformo um gancho em arco e o outro em flecha.
    Essa praticidade de não ter que guardar uma coisa pra pegar outra rende momentos muito legais. São aqueles em que você ainda está no ar e saca o arco para atacar os inimigos antes de tocar o chão ou se pendurar novamente. Cara, é uma delícia isso!

    A narrativa é bem básica, nada demais, mas ajuda a amarrar as missões da campanha. Além das missões para derrotar os chefes, tem por exemplo missões de coleta de itens específicos em pontos difíceis de chegar ou missões de liquidar uma quantidade de inimigos mais simples espalhados pelo mapa.

    Eu levei cerca de cinco horas e meia para terminar a campanha, alguns pontos de travessia são realmente desafiadores e podem causar alguma frustração. Na minha opinião são mais difíceis que os chefes das fases, porque nestes casos você se sente empacado sem nada ter nada mais a fazer a não ser ter que acertar aquele movimento que já errou muitas vezes.

    No pós game você libera os desafios de corrida e coleta de itens em trechos específicos das fases. Eles garantem alguma longevidade ao game, já que sempre dá pra fazer melhor “aquele trecho” e finalmente subir de posição no placar de líderes. Confesso que fiquei um tempo obcecado tentando bater os tempos dos desenvolvedores e a sensação ao finalmente conseguir é boa demais.

    Desempenho

    Windlands 2 chega ao Playstation VR 2 com gráficos simples e bem nítidos. O game roda a 90 fps, eu não tive uma única queda de frames ou problemas de tracking. Não há do que reclamar aqui. Aliás, estúdio brasileiro VR Monkey fez a versão do PSVR 2 em colaboração com a Psytec Games que é a desenvolvedora do jogo.

    O ponto negativo é que os inimigos menores têm um comportamento limitado, falta ódio, apesar de atirarem são previsíveis e ocupam uma parte limitada do cenário. Seria bem legal se nos perseguissem pelo mapa por exemplo.
    Um outro ponto é que fiquei com a sensação de que as missões são divididas por categoria: na missão “x” você só vai coletar itens, na missão “y” só enfrentar os minions e isso me pareceu uma colcha de retalhos, sabe? Uma espécie de peças conectadas para formar algo maior ao invés de algo orgânico em que as coisas vão se misturando e ajudam a transmitir a sensação mais realista.   
    Apesar dos personagens terem sido dublados, o que é algo bom, o game não foi localizado para nosso idioma, então dublagem e legendas apenas em inglês.

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    • Boss-small-1024x576 Análise de Windlands 2 no PSVR2

    Eu estava terminando essa análise quando os desenvolvedores me informaram que o patch do lançamento estava na no ar. Windlands 2 chega ao Playstation VR 2 com uma sútil vibração no headset quando você balança em alta velocidade. Testei o game depois da atualização e essa adição ficou legal, dá uma camada a mais de imersão.

    Vale a pena?

    Bom, Windlands 2 acabou, e aí? Eu recomendo, a sensação de me deslocar no ar é muito boa, a campanha é legal e pode ser feita com mais três pessoas de plataformas diferentes inclusive. E depois dela ainda tem os desafios e a briga para melhorar o tempo e entrar no ranking o que garante uma vida extra para o game.

    Windlands 2 chega ao Playstation VR 2 agora, mas já está disponível para o primeiro PSVR, para Steam VR e para Meta Quest. Agradeço ao estúdio pelo envio do jogo para avaliação.

    Bora entrar no headset pra sair pulando de galho em galho? Deixe nos comentários se você vai para as terras do vento e qual headset vai usar pra isso. A gente se vê na próxima, até lá.

  • Sniper Elite VR e Aim Controller

    Sniper Elite VR e Aim Controller

    Nada mais satisfatório do que acertar uma sequência de tiros como sniper! Especialmente no Sniper Elite VR com o controle de mira do PSVR usar o rifle de precisão nunca pareceu tão real. O game faz parte da famosa série Sniper Elite da Rebellion e foi lançado em Julho de 2021 para o Playstation VR, Quest e PC.

    Não é segredo que adoro a aim-controller (controle de mira) do Playstation. E por isso aproveito qualquer oportunidade para tirar a poeira e passar um tempo com ela. Desta vez decidi aproveitar a promoção da loja da Playstation para pegar Sniper Elite VR com 80% de desconto. É seu melhor preço já registrado e a desculpa esperada para voltar a um dos meus controles de vídeo game favoritos.

    Primeiro game VR da série

    O fato deste ser um jogo de uma franquia estabelecida aparece logo na boa apresentação e ambientação. No game eu assumi o papel de um sniper da resistência Italiana durante a invasão nazista e vou revivendo seus passos enquanto ele mesmo narra suas memórias em meio as explosões e tiros.

    As limitações de hardware aparecem no visual (bons pra época, mas hoje entregam a idade), no tamanho dos mapas e na forma como a campanha foi estruturada. Você assume o papel de um senhor ex combatente da guerra, saboreando a família e a tranquilidade no jardim de sua casa. Já no fim da sua vida enquanto ele vai rememorando as partes de seu envolvimento nas batalhas. Cada parte é uma missão e ao concluir as missões você retorna para o mundo atual para ele seguir com a narrativa via suas memórias.

    Apesar do texto e da narrativa não serem dos mais inspirados eu gostei desta forma de contornar as limitações dos PS4 e conectar as missões e mapas menores a história contada na campanha. A dublagem do narrador é naquele inglês com sotaque italiano, que já é familiar, mas muito bem feita. O restante é basicamente as falas durante a batalha e não há nada que comprometa. Nas missões em que é preciso se infiltrar sem ser notado o áudio não decepciona e ajuda a identificar onde estão os inimigos.

    Raio x da morte

    Sniper Elite VR conta com aquele efeito característico da série em que uma câmera acompanha a bala e mostra uma visão raio x do corpo do inimigo no momento em que o tiro destrói orgãos e ossos. Eu levei pouco mais de 7hs para concluir a campanha e esse efeito não perdeu a graça. A IA dos inimigos é que as as vezes deixa a desejar, joguei na dificuldade padrão e vez ou outra os soldados inimigos vacilavam demais.

    É possível jogar usando o dualshock 4 ou ainda os move controllers para e executar a recarga manual das armas. Mas confesso que foi algo que mal explorei já que estava focado em usar a aim controller.

    Anticlímax

    O game conta com missões diferentes e não é só aquelas em que você mantém uma posição segura e liquida seus inimigos a distância. Mas eventualmente você precisa invadir bases inimigas ou resgatar companheiros dentro de corredores apertados. O que te obriga a usar uma metralhadora ou mesmo uma pistola e deixar seu rifle de lado.

    Toda missão tem três desafios (por ex. terminar em menos de 10 mins, 5 headshots, 10 mortes com granadas…). O que garante um motivo pra rejogar as missões. O que não gostei foi eles bloquearem as últimas missões porque eu não tinha completado desafios o bastante para abrir las. Essa decisão foi meio anti clímax já que no ponto alto da narrativa tive que voltar e refazer missões anteriores para completar desafios o que só faria no pós game.

    Acabou e aí?

    O combo Sniper Elite VR com o controle de mira do PSVR é divertido e vale a pena, especialmente com alguma promoção rolando. O game possui alguma variedade nas missões e ainda tem os desafios. Que em alguns casos dão trabalho e vão garantir algum tempo extra de jogo. É uma ótima desculpa para reconectar todos os cabos de seu Playstation VR e matar a saudade.

  • Operation Serpens é um shooter divertido chegando ao PSVR2

    Operation Serpens é um shooter divertido chegando ao PSVR2

    Inspirado nos velhos arcades shooters e nos filmes de ação da década de 80, Operation Serpens é um retro arcade shooter divertido que entrega uma boa e divertida experiência no headset de realidade virtual da Playstation. O game chega ao PSVR2 no dia 23 de Fevereiro e será vendido na loja da Playstation por R$99,50 no lançamento. Operation Serpens também está disponível na Steam e para os headsets VR da Meta.

    Neste shooter você encarna um agente de elite e é responsável por desmantelar a organização criminosa do mal Cobra, derrubando todos os seus principais integrantes até chegar no líder. Em cada missão você tem um alvo e deve abate-lo ou trazê-lo com vida dependendo da missão. Há ainda um modo horda contra zumbis e um modo multiplayer para até quatro jogadores e que será multiplataforma após o lançamento.

    Gameplay

    A gameplay surpreende porque ao invés de se manter na área de um wave shooter comum, Operation Serpens diversifica o layout das missões e isso muda a forma como as jogamos.
    Na primeira fase estamos restritos a uma pequena sala de um apartamento e temos que atirar nos inimigos pela janela. Enquanto em outro momento da campanha temos que abater inimigos com um drone antes de sair caminhando da construção e invadir a base dos criminosos. E tem também uma que me lembra Gazzlers, em que estamos na traseira de um caminhão e temos que lidar com os inimigos que nos seguem em alta velocidade. 

    Há muitas armas disponíveis como metralhadoras, rifles de precisão, drone, pistolas e granadas. Ao longo da campanha elas vão aparecendo aos poucos e você pode escolher com qual quer enfrentar os inimigos. O destaque fica para a granada de atordoamento que ao ser usada inicia o “bullet time”,  que deixa todos os inimigos em câmera lenta por um breve momento para que você os derrube um a um. 

    O recarregamento das armas não é automático mas é bem simples, basta levar a arma até a cintura. Já para as granadas é preciso manuseá-las com as duas mãos para remover o pino e arremessar em seguida. Há uma escolha curiosa dos desenvolvedores aqui porque não há coldre ou forma de armazenar armas e granadas em seu corpo. Neste sentido, apenas é possível segurar uma pistola com os dentes enquanto suas mãos se ocupam de outra coisa. 

    Visual e imersão

    Não se deixe enganar pela sua apresentação gráfica simples porque Operation Serpens entrega mais do que eu imaginava. O game roda a 90 fps, lisinho e sem nenhuma queda de frame. Cenários e personagens têm essa cara cartunesca mas estão super nítidos no headset.
    A maior prova de que eu estava completamente imerso no game foi me pegar algumas vezes abrindo a boca ( na vida real ) no momento de carregar pistola no dentes no game. Mesmo sabendo que este movimento não faz diferença alguma, já que o PSVR2 não detecta este tipo de coisa.

    Zumbis e multiplayer

    No modo horda nosso agente está limitado a uma espécie de trailer entre prédios. É neste espaço que você tem que evitar as ondas de zumbis que vão tentar chegar até você ou atirar das janelas dos prédios (sim! zumbis com armas) e esta última adição é muito legal. Aqui você tem todas as armas a disposição e a cada onda você deve escolher duas novas e perder as duas que usou, isso adiciona uma camada de estratégia para eleger a combinação ideal entre o que está disponível. Neste modo você joga até morrer e dependendo de seu desempenho pode entrar no placar de líderes. 

    Eu não consegui jogar o modo multiplayer para até quatro jogadores com outro jogador. Pelo pouco que vi dele, os jogadores começam a enfrentar ondas de inimigos dentro de um shopping. A área de jogo não é tão grande mas é possível subir pela escada rolante para lidar com os inimigos que estão no andar de cima, e isso deixa a coisa mais interessante.

    Narrativa, áudio e localização

    Eu gosto de como a campanha termina, mas não há nada memorável na narrativa, e ela é bem genérica neste sentido. A dublagem é mediana mas não é algo que comprometa. Vale lembrar que o game não tem legendas em portugues, mas com uma história fraca e uma gameplay bem intuitiva não acho que ela vá fazer tanta falta.

    Em relação ao áudio, as armas e explosões não decepcionam, mas gostaria de alguma variedade no modo contra zumbis. O áudio funciona bem ao avisar de que lado o inimigo está vindo, mas fiquei com a sensação de que o repertório dos zumbis é bem limitado.

    Análise do jogo em vídeo

    Vale a pena?

    Sim, Operation Serpens é um retro arcade shooter divertido e que consegue entregar boas variações dentro desta fórmula. Escolher se vou abater os inimigos distantes com um drone ou como um bom sniper é bem legal e a alteração nos layouts da fases ajuda manter o tédio distante. Além disto, os modos contra zumbi e multiplayer são boas adições para este novo game do PSVR2. 

    Agradeço ao estúdio Ginra Gamez pelo envio da chave do jogo para avaliação.

  • Gazzlers – roguelite shooter sobre trilhos

    Gazzlers – roguelite shooter sobre trilhos

    Recentemente, mergulhei de cabeça na emocionante aventura virtual de Gazzlers, um rail shooter em VR caótico e divertido! Com uma apresentação competente e bem humorada o game me prendeu e não pude parar até fechar. Com base em minhas experiências, quero compartilhar alguns insights sobre este jogo emocionante para o PlayStation VR 2.

    Os primeiros momentos do jogo podem ser particularmente desafiadores, mas à medida que você se familiariza com os controles e mecânicas, a diversão só aumenta. Gazzlers apresenta apenas três mapas, em que os jogadores enfrentam ondas de inimigos, só interrompidas pelos momentos em que escolhemos upgrades para nosso equipamento, culminando na última onda, onde o temido boss faz sua aparição, prometendo um desafio épico e emocionante.

    Upgrades garantem runs diferentes

    Uma das características mais cativantes de Gazzlers é a variedade de upgrades disponíveis para sua arma, permitindo a construção de seu arsenal definitivo. Essas melhorias não apenas tornam cada corrida única, mas também adicionam uma camada extra de estratégia e personalização à jogabilidade. Experimentar diferentes combinações de upgrades nunca perde a graça e isso garante que cada run seja uma experiência totalmente nova.

    A gameplay em Gazzlers é aprimorada pela versatilidade das modificações de arma, que não apenas influenciam as estratégias de combate contra os inimigos, mas também proporcionam um feedback tátil imersivo através dos controles do PSVR2. Enquanto isso, a presença de um escudo de energia em uma das mãos adiciona uma camada de estratégia, já que sua duração limitada requer habilidade ao se esquivar dos projéteis inimigos para uma sobrevivência eficaz.

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    Gameplay do game – resolução alterada para a compressão em gif

    Gazzlers um rail shooter em VR caótico e divertido! tem em sua duração sua maior desvantagem, já que a a experiência de jogo é relativamente breve. Embora cada tentativa nesse roguelite seja emocionante e cheia de surpresas, o desejo por mais conteúdo é palpável. Estou na torcida para que os desenvolvedores tragam atualizações futuras com mais mapas, inimigos e desafios para manter os jogadores envolvidos por ainda mais tempo.

    Apesar da ausência de legendas em português, Gazzlers oferece uma experiência de jogo imersiva e envolvente que certamente vale a pena explorar. Se você é fã de shooters e está procurando por uma aventura divertida no mundo da realidade virtual, Gazzlers é uma escolha excelente para sua próxima jornada. Então, pegue seus controles, prepare-se para desafios emocionantes e embarque nessa jornada inesquecível com Gazzlers no PlayStation VR 2.

  • Journey to Foundation – altos e baixos na aventura narrativa do PSVR2

    Journey to Foundation – altos e baixos na aventura narrativa do PSVR2

    Hoje compartilho com vocês minha experiência ao explorar Journey to Foundation aventura narrativa do PSVR2. Como fã do universo de Asimov, não pude resistir à oportunidade de vivenciar esta jornada. Vamos analisar os destaques e desafios desta experiência virtual única.

    Pontos Fortes: Narrativa bem adaptada e dublagem impecável

    Um dos pontos mais atrativos do jogo é a sua habilidade em adaptar de maneira envolvente a rica narrativa original de Asimov. Os desenvolvedores capturaram com maestria a essência do material, proporcionando uma experiência cativante para os fãs. A pesar de se basear no mesmo material a narrativa aqui é diferente da série de TV disponível na Apple plus. A dublagem (em inglês), que abrange todos os personagens, enriquece ainda mais a imersão na trama.

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    Dentro da nave com a tripulação – Playstation VR 2
    Primeira Impressão: Altos e baixos em relação a qualidade visual

    Infelizmente, a minha primeira impressão foi marcada por desafios visuais notáveis. As cenas com paisagens e objetos distantes deixaram a desejar, evocando lembranças do primeiro PlayStation VR e do Samsung Gear VR. No entanto, destaco que os personagens e ambientes internos, como naves e edificações, mantêm uma qualidade visual satisfatória, de alguma forma os personagens me lembram o excelente “The Walking Dead Saints & Sinners”.

    Controles: Desafios Notáveis na Interação

    Os controles, em alguns momentos, deixaram a desejar, seja devido a problemas de tracking ou ao design do jogo. Houve ocasiões em que o jogo interpretou erroneamente minhas escolhas, especialmente quando minhas mãos estavam descansadas no colo durante o jogo sentado. A seleção de diálogos, ficava na parte inferior da tela, resultando em escolhas involuntárias. O feedback no headset e nos controles dualsense aparecem mas não são memoráveis.

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    Combate: Adequado, mas poderia ser melhor

    O combate em “Journey to Foundation” é bem mediano, uma única arma cujas características mudam com os chips inseridos. Contudo, a sensação é de que as mudanças na arma não têm um impacto significativo na experiência de jogo. Coletar os chips em baús ou obtê-los de NPCs é uma dinâmica interessante, mas a variedade me parece limitada.

    Puzzles: Simples, porém monótonos

    Os puzzles apresentados no jogo são relativamente simples, mas por conta da repetição se tornam monótonos rapidamente. A forma de hackear sistemas por exemplo é interessante, ter que conectar cores numa espécie de cubo 3d. Embora a mecânica seja boa, a falta de diversidade na solução dos desafios pode deixar os jogadores desejando por mais variedade.

    Impacto das Escolhas: Moldando Sua Própria Jornada

    Um aspecto que merece destaque em Journey to Foundation aventura narrativa do PSVR2 é a dinâmica das escolhas do jogador, que têm um impacto no desenrolar da história. Diálogos com NPC ou uma decisão tomada ao longo da jornada molda a experiência de jogo de alguma maneira, oferecendo múltiplos caminhos e desfechos. A liberdade para influenciar o rumo da história adiciona uma camada de replayability, incentivando os jogadores a explorar diferentes opções e testemunhar as diversas nuances que o enredo tem a oferecer.

    Conclusão: Recomendado, mas com cautela

    Em conclusão, “Journey to Foundation” é uma escolha sólida para entusiastas de jogos narrativos e do universo de Asimov. Apesar dos deslizes visuais e de controle, a experiência global oferece uma imersão satisfatória para os apaixonados pela obra. No entanto, é importante ressaltar que, atualmente, o preço cobrado na loja da Playstation, R$214,90, é elevado, o melhor é aguardar uma promoção.

    Há outros jogos narrativos no PSVR2 como Before Your Eyes e The Last Worker, mas Journey to Foundation é o que mais se arriscou fora da proposta narrativa e infelizmente nas outras áreas o desempenho foi irregular e nem sempre satisfatório. Prontos para embarcar nessa jornada única? A decisão é sua.

  • Barbaria pancadaria e estratégia se encontram no PSVR 2

    Barbaria pancadaria e estratégia se encontram no PSVR 2

    A Playstation Store recebe hoje um game com uma proposta diferente, a Stalwart Games uniu em Barbaria pancadaria e estratégia no PSVR 2. Apenas degolar inimigos e triturar esqueletos não é o bastante. Para se dar bem é preciso uma boa dose de estratégia para montar e equipar seu reino contra os ataques dos invasores do modo multiplayer. O game que estreia hoje no PSVR2 por R$104,90, também está disponível em outras plataformas: Steam, Meta Quest 2 e Quest 3.

    Ao entrar em Barbaria você encarna um semideus bombadão e é acompanhado por um Globin que te apresenta como as coisas funcionam ali. É ele que vai introduzindo as diversas partes do game de forma competente e gradativa. E quando você se dá conta já está executando coisas bem diferentes. Como deixar momentaneamente o controle de seu campeão no meio da batalha para usar um dos poderes especiais de um semideus. E isso isso é feito com uma visão área e estratégica do campo de batalha.

    Clash of Clans encontra Swordsman VR ou Gorn

    O combate é parte essencial do game e me lembra um pouco do Swordman VR, só que de forma mais simples. Enquanto o visual está mais próximo de Gorn. A pancadaria é brutal e em primeira pessoa utilizando os controles de movimento do PSVR2. Você pode socar seus inimigos, o que é sempre uma delicia em VR. Mas pode também usar diversas armas disponíveis como machado, espada, marreta e arco e flecha. Além disso, os campeões possuem especiais diferentes e usa-los bem e no momento certo pode definir o curso de um ataque.

    A outra parte essencial é a criação de seu reino e a forma como você estrategicamente organiza suas defesas. Aqui você entra no modo Deus e vai conectando peças de reino e adicionando defesas como seu campeão, canhão, armadilha e outros monstros que se juntaram ao seu exército num esquema que lembra um jogo de tabuleiro. Cada uma dessas peças tem um custo e você tem um limite de pontos para gastar e garantir que seu reino possa se defender dos ataques que virão enquanto você estiver longe do headset.

    Barbaria conta com um modo multijogador assíncrono, a lá Clash of Clans, sempre online. Isso significa que você invadirá outros reinos mas os oponentes não estarão lá com o headset para garantir a defesa. O mesmo serve para quando seu reino for atacado outro jogador, isso só acontece quando você já tirou seu PSVR 2 e não pode participar da pancadaria, só restando a sua estratégia para defender seu reino.

    Só mais uma raid pra eu conseguir o upgrade

    Barbaria conta com muitas opções de melhorias que podem vir nos baús após os ataques ou adquiridas com os vendedores da sua fortaleza em troca de “violência” a única moeda do game. Há inúmeros itens para desbloquear, modos diferentes de batalha, armas, desafios, campeões, skins, leaderboard e muito mais.

    E é por aqui que o jogo te fisga, depois do momento introdutório você entra no loop de conseguir fazer aquele upgrade que “vai garantir” sua vitória contra os invasores. Ou ainda conseguir aquele item que você viu no replay do ataque do inimigo que o outro jogador tinha e você ainda não adicionou a sua coleção.

    Eu nunca havia me imaginado jogando esse tipo de jogo, mas confesso que esse looping que envolve obter itens e recursos na força bruta e depois usar estratégia para fazer frente aos outros oponentes é externamente viciante e novo pra mim. Não me recordo de uma proposta similar, nem no primeiro Playstation VR o que é um baita ponto para a desenvolvedora por se propor a unir em Barbaria pancadaria e estratégia no PSVR 2.

    Visual, áudio e texto

    O game não se leva muito a sério em relação a história e ambientação. O seu Goblin guia não perde uma oportunidade de dizer que ele está surpreso com sua vitória já que a expectativa sempre foi realmente muito baixa. O combate tem um lance meio exagerado e cômico as vezes. E tem ainda a surpresa na hora de customizar as cores do monstro da equipe. Ele literalmente desfila pra você ver aos olhares atentos do estilista goblin e com música de passarela tocando, completamente fora do contexto e eu adorei, 10/10.

    O game está disponível apenas em Inglês e apesar de achar que isso não irá comprometer a experiência como um todo, já que há pouco texto. As mecânicas do game são introduzidas via texto e isso pode gerar alguma frustração ao empacar em algum “tutorial” caso você não tenha nenhum conhecimento do idioma. As músicas são ótimas e de estilos variados, mas infelizmente não há dublagem.

    Conclusão

    Barbaria não só inova na proposta como entrega o que promete e por isso eu o recomendo. O game é do tipo que te dá a sensação de que é possível atingir / conquistar algo em uma sessão curta de jogo. Por isso consigo me ver visitando Barbaria por muito tempo, mesmo nos dias em que só tenho 20 minutos pra jogar. Ou ainda para intercalar entre as longas sessões de Gran Turismo 7, Saints & Sinners ou Resident Evil.

    Agradeço ao estúdio Stallwart Games pelo envio da chave do jogo para avaliação.

  • Drone Striker no Playstation VR

    Drone Striker no Playstation VR

    Dá para ser feliz com um game mediano?

    Drone striker é um rail shooter lançado para o Playstation VR e PC há quase cinco anos atrás. E o meu encontro com o este game se deu num contexto especial. Sabe quando você não quer pensar em nada, tá com a cabeça cheia e só quer fazer algo que te mantenha concentrado apenas no que está fazendo ? Então, esta noite decidi matar a saudade da Aim Controller do Playstation VR e dei o play neste game que eu ainda não havia jogado.

    Eu ainda acho meio estranho usar a primeira geração do headset de realidade virtual da Sony depois de ter me acostumado com o PSVR2. Um dos últimos jogos que finalizei nele foi o Eagle Flight, antes de o novo VR do Playstation chegar. No entanto, bastaram alguns minutinhos dentro do jogo para eu me sentir super familiarizado com o controle de mira e mergulhar de cabeça na jogabilidade.

    On-rails shooter

    Este é aquele estilo de jogo em que você não controla o movimento do personagem pelo cenário, apenas mira os tiros para derrotar inimigos ou para alguma interação com o cenário. Quem define sua movimentação no mapa é o vídeo game e por isso é comum usarem o termo “rail” (trilhos), uma vez que seu personagem irá sempre passar por um caminho pré determinado.

    Gameplay de Drone Striker no Playstation VR
    Vale a pena?

    A história no jogo é bastante genérica, a dublagem (em inglês) é aceitável, os gráficos são honestos, e a gameplay é divertida. O game conta com uma boa dose de ação, especialmente na segunda metade. A tela tende a encher de inimigos que quando derrotados outros assumem seus lugares pouco tempo depois.

    Em um dia comum eu diria que Drone Striker no Playstation VR é um game razoável, mas nas condições em que eu joguei ele caiu como uma luva. Foi mais ou menos como assistir aquela boa série ruim, sabe? Me diverti, foquei minha atenção em algo simples, fechei o game e ainda matei a saudade da aim controller, que é uma delícia.

    Drone Striker é relativamente simples em sua gameplay e tem curta duração (aproximadamente 1 hora). Comprei na atual promoção de inverno da ps store por apenas R$12,50 ( com desconto de assinante da ps plus) e valeu a pena. Além de matar a saudade de um dos meus controles favoritos, consegui desopilar com sucesso e de quebra me diverti um bocado, recomendo.

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    Imagem da ps store asiática de Drone Striker para PSVR no PS4
  • Eagle Flight – Playstation VR

    Eagle Flight – Playstation VR

    Voar e explorar uma Paris diferente na pele de uma águia

    Que tal voar como uma águia para explorar e conquistar uma Paris diferente? A natureza reclama de volta seu espaço na capital francesa após a extinção humana. Esta é a proposta do jogo Eagle Flight, desenvolvido pela Ubisoft Montreal para o Playstation VR e PC VR.

    Preciso confessar que adiei por um bom tempo jogar esse game, porque descobri que a gameplay era basicamente controlar o voo da águia com a minha cabeça. E isso me fez lembrar de algumas experiências super frustrantes com o google carboard há anos atrás. Agora que o Playstation VR 2 está bem perto de chegar, decidi olhar para os games que ainda não tinha visitado no atual headset da Sony. E como o Eagle Flight da Ubisoft faz parte do catálogo da ps plus extra, nem precisei desembolsar dinheiros para experimentar esse jogo no PSVR.

    Felizmente economizar não foi a melhor surpresa relacionada à Eagle Flight. Me alegrou um bocado constatar que eu estava completamente enganado sobre o pré julgamento relacionado a “gameplay simplista” de Eagle Flight. O video game é muito divertido e não se parece em nada com minhas antigas experiências desagradáveis no google cardboard. Para contrariar minha expectativa inicial, o seu controle com a cabeça apesar de simples é bem feito, responsivo e confortável e portanto ,isso ajudou demais em minha imersão.

    A campanha de Eagle Flight – Playstation VR

    Como cheguei tarde para a festa, o jogo saiu em 2016, não aproveitei o multiplayer. Ao contrário dos modos de voo livre e história que me deixaram satisfeitos com a experiência nos céus de Paris. E é nele que você acompanha uma pequena águia desde seu nascimento até a conquista desta nova Paris. 

    Ao longo de cinco capítulos você deve executar missões como escoltar outras águias feridas as protegendo de corvos e urubus. Coletar penas na região do Louvre ou de Notre Dame. E também, voar por construções abandonadas ou túneis de metrô parcialmente destruídos o mais rápido possível.

    gameplay de Eagle Flight – Playstation VR

    Eagle Flight vair bem em outra áreas a começar pelo fato de estar completamente localizado e conta com dublagem em português do Brasil, pontos pra Ubisoft! E a trilha sonora é excelente, condiz com o universo proposto pelos desenvolvedores.

    Eu gostei do meu tempo jogando, voar por Paris no Playstation VR foi confortável, entender os controles foi rápido e o desafio foi dosado adequadamente para não te frustrar, apenas umas poucas missões me prenderam por mais tempo. Eagle Flight surpreendeu positivamente e pode render ótimos momentos para veteranos e novatos em realidade virtual.